Agência Xeque: Alexandre Garcia divulga informações falsas sobre pandemia na Suécia

Na classificação global, entre 214 países, a Suécia foi o 24o país em maior número de óbitos per capita, acima de todos os demais países nórdicos.

Há erros conceituais e factuais em sua afirmação.

O erro conceitual é imaginar que toda a estratégia da Suécia repousou na minimização da pandemia. Pelo contrário, o governo sueco montou uma vasta campanha de conscientização da população sobre os riscos da pandemia, confiando na responsabilidade individual de cada uma.

No Brasil, pelo contrário, o presidente da República minimizou a doença, criticou até o uso de máscaras e estimulou as aglomerações, sendo responsável por várias delas.

Os países que foram bem sucedidos no combate à pandemia, sem recorrer ao lockdown foram os que montaram sistemas de testagem e de isolamento das pessoas contaminadas.

No Brasil de Bolsonaro, os testes ficaram abandonados, sem uso, nos galpões.

Do ponto de vista factual, Garcia errou na avaliação dos resultados per capita da Suécia.

Na comparação com outros países nórdicos, a Suécia foi o país com maior número de óbitos per capita: 64,73 mortes por 100.000 habitantes, contra menos de 10, por exemplo, da Finlândia, Islândia e Noruega.

Na classificação global, entre 214 países, a Suécia foi o 24o país em maior número de óbitos per capita, acima de todos os demais países nórdicos.

Em relação ao número de casos per capita, a Suécia também ficou no grupo superior de países nórdicos.

Luis Nassif

5 Comentários

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  1. Viajo a trabalho periodicamente pelos 03 estados do sul. Os comentários do Garcia são repetidos em pelo menos 90%, se não todas as rádios destes estados. Sempre com o viés de direita, ou ultra direita. Consegue colocar argumentos justificando até a destruição do meio ambiente, da Amazônia. Seus comentários são construídos, falsos ou distorcidos, com eficácia. Convence a massa.
    Talvez por isso nesses estados há cada vez mais fascistas e o presidente continua praticamente com o mesmo apoio da época das eleições.

  2. não existe um conselho regional e federal do jornalismo para avaliar o vies etico que esse elemento produz e parar de funcionar como chapa branca do governo

  3. Nassif, Nassif, é meridianamente claro que entre os 70, 80 e 90 houve uma TREMENDA limpeza ideológica na mao desses Garcias, Kamels, Mervais, Leitões, Sardenbergues, etc. Tudo o que eles acusam nos outros .

    É só fazer um exercício simplezinho: eles te tratam cono iguais? Se a resposta é “nao”, logo, para, pelo amor de deuxxx, de “respeitar demais o adversário”, né?

    Qual é a dificuldade de entender isso?

  4. O livre arbítrio permite a cada ser humano fazer da sua vida, da sua história e do seu currículo, o que bem entender e quiser. Penso que a estupidez do estrago que atinge a outros, e a si mesmo, tem um potencial de destruição muito maior quando acontece na terceira idade, que, para alguns, deveria ser a idade da sabedoria e não de bajulação e hipocrisia.

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