Pazuello diz à PF que não foi omisso em crise no Amazonas

O general, em Manaus na época do colapso do sistema de saúde, recomendou o uso de medicamentos sem comprovação científica no lugar de se mexer para providenciar ajuda à população.

Jornal GGN – Em depoimento à Polícia Federal, nesta quinta, 4, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello se empenhou em justificar a conduta do governo durante a crise da falta de oxigênio em Manaus, no começo de janeiro. O general detalhou ‘todas as ações realizadas e as que estão em andamento no Amazonas para atender a população e combater a covid-19’, adiantou o Ministério da Saúde no mês passado.

Pazuello é alvo de inquérito após ser acusado de omissão na tragédia ocorrida em Manaus. O general, em Manaus na época do colapso do sistema de saúde, recomendou o uso de medicamentos sem comprovação científica no lugar de se mexer para providenciar ajuda à população.

A oitiva do general foi no Hotel de Trânsito de Oficiais, em Brasília. Os policiais chegaram por volta das 14h30 e saíram no começo da noite, em mais de cinco horas de depoimento. Segundo informações da CNN, ao menos dois documentos usados por Pazuello foram fornecidos pelas Forças Armadas, que relatam o envio de 1.174 quilos de oxigênio para o Amazonas em 8 de janeiro. O estoque dos hospitais acabou no dia 14 do mesmo mês.

A investigação está sob sigilo e foi solicitação da Procuradoria-Geral da República. A empresa fornecedora de oxigênio na região, a White Martins, avisou o governo federal de que os níveis de oxigênio estavam baixos e a demanda subindo. As investigações englobam o governo do Amazonas e o atual e o ex-prefeito de Manaus.

O general também está às voltas com investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou não haver amparo legal para uso de recursos do SUS para a compra de cloroquina voltado para o tratamento de covid-19. Pazuello tem até dez dias úteis para dar explicações sobre o uso de medicamentos ineficazes contra a doença.

Com informações do Correio Braziliense.

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