Positividade de testes de Covid subiu de 3% para 37% em janeiro, mostra Fiocruz

Em dezembro de 2021, a cada 100 análises, 3 davam positivo. Em janeiro, até o dia 24, a cada 100 testes analisados, 37 deram positivos para covid.

Agência Brasil

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou ontem, dia 1, o aumento do número de positivos em testes RT-PCR para covid-19 analisados em seus laboratórios. Para se ter uma ideia, em dezembro de 2021, a cada 100 análises, 3 davam positivo. Em janeiro, até o dia 24, a cada 100 testes analisados, 37 deram positivos para covid. A Fiocruz processa 35% de todas as amostras para RT-PCR recolhidas no SUS.

Os sobre os testes feitos na rede pública e analisados pelos laboratórios da Fiocruz são consolidados pelo Escritório de Testagem da Fiocruz, com base em fontes como o Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial do Ministério da Saúde (GAL) e as Centrais de Grande Processamento da Fiocruz, no Rio de Janeiro, Ceará e Paraná.

As três centrais registraram aumento na quantidade de testes positivos. A base do Rio de Janeiro, que processo o próprio estado mais Rio Grande do Sul e Minas Gerais, saiu de 2% de testagem positiva em dezembro, quando foram processados 52 mil exames, para 37% até 24 de janeiro de 2022, com 88 mil amostras testadas.

No Ceará, que analisa amostras do próprio estado mais Santa Catarina e São Paulo, o percentual foi de 4%, em 13 mil testes, para 40%, em 58 mil. Já no Paraná, onde somente as do estado são processadas, o índice foi de 4% para 35%, com 65 mil testes em dezembro e 120 mil até 24 de janeiro.

Dezembro apresentava uma tendência de queda. Na primeira semana foram feitos 41 mil testes e, na última, caiu para 22 mil. No entanto, janeiro mostrou um aumento acentuado até chegar a 121 mil testes apenas na terceira semana epidemiológica, que foi de 16 a 22 de janeiro, um aumento de 195% na comparação com a média das oito semanas anteriores.

Nesta pandemia, a Fiocruz já processou mais de 9,5 milhões de exames RT-PCR em apoio ao Ministério da Saúde, atendendo 23 unidades da federação.

Para Erika de Carvalho, coordenadora-geral da Unadig, as confraternizações de fim de ano colaboraram muito para este cenário, além do relaxamento das medidas de isolamento social após o avanço da vacinação. Isso fez com que a Ômicron expandisse e contaminasse uma quantidade tão grande de pessoas. Sabemos que ela é uma cepa cujo contágio é mais fácil e isso explica bem os números”, disse a pesquisadora à Agência Fiocruz de Notícias. 

Redação

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