
Jornal GGN – A CPI da Covid no Senado vai convocar o funcionário terceirizado do setor de logística do Ministério da Saúde, Rodrigo de Lima, para esclarecer a informação de que haveria “gestores” cobrando propina para negociar vacinas contra o novo coronavírus com as empresas fornecedoras.
A revelação foi feita nesta sexta (25) durante a oitiva do servidor Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM), que decidiu colocar a boca no trombone e delatar aos senadores as suspeitas de corrupção na compra da Covaxin.
Segundo o servidor Miranda, Rodrigo teria lhe relatado que soube de pessoas que “vendem vacinas” que “gestores” estariam cobrando “propina” em negociações envolvendo os imunizantes. A informação ficou registrada em uma mensagem que o servidor de carreira enviou ao deputado Miranda por aplicativo de celular. A mensagem foi lida e entregue à CPI.
Os irmãos Miranda são pivô da crise instalada no seio do governo em torno do Covaxingate. Eles revelaram pressão incomum para a importação da Covaxin, vacina sem autorização da Anvisa, a única que foi contratada com uma empresa atravessadora, a Precisa Medicamentos, que representou a fabricante indiana Bharat Biotec.
A Precisa Medicamentos tem como sócio o empresário Francisco Maximiano. Ele também é dono da empresa Global, que é investigada por ter dado um golpe no Ministério da Saúde no governo Temer, quando Ricardo Barros era o ministro. Barros é autor da emenda que viabilizou a compra da Covaxin.
Para a senadora Eliziane Gama, é preciso puxar o fio da Madison Biotec, uma offshore que foi apresentada pela Precisa como a receptora do pagamento que seria feito, antecipadamente, pelo Ministério da Saúde.
O senador Humberto Costa, ex-ministro da Saúde, disse que a Precisa é uma “empresa VIP”, “queridinha do governo”, e que é necessário investigar quem foi que indicou a Precisa para representar a fabricante indiana de vacinas. “Isso foi alguém que botou um jabuti aí”, disparou.
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