Omissão do Ministério da Saúde gerou caos em Manaus, diz Aziz

Presidente da CPI diz que posição do governo federal e recuo do governo estadual levaram ao colapso de falta de oxigênio no Amazonas

Da esq. p/dir: advogado Emerson Paxá Pinto Oliveira; empresário e ex-assessor do Ministério da Saúde, Airton Antonio Soligo; presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Jornal GGN – O Ministério da Saúde tinha conhecimento sobre o impacto da segunda onda de covid-19 em Manaus, e ela poderia ter sido evitada. A afirmação foi do presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD), durante o depoimento do empresário e ex-deputado federal Airton Cascavel.

“No dia 26 de dezembro, o governador do estado do Amazonas (Wilson Lima, do PSC) decreta o lockdown, e a maior oposição que ele teve foi do governo. Dias depois, acontece o colapso de falta de oxigênio no Amazonas. Então, era de conhecimento do Ministério da Saúde – Vossa Excelência mesmo está dizendo que sabia que lá tinha uma onda (de covid-19)”, disse Aziz.

“E o que acontece: o próprio presidente (Jair Bolsonaro), o filho do presidente ‘olha, já aconteceu lá, agora no Amazonas o povo tá revoltado’. Aí é omissão do Ministério da Saúde, que tinha a obrigação de dizer ‘não, peraí, nós temos dados aqui que vai ter o crescimento’. O que aconteceu: vocês todos cruzaram os braços”, disse Aziz. “Cruzaram como o (ex-ministro Eduardo) Pazuello, sem nenhuma falta de vergonha, perguntado sobre a questão da vacina, da coronavac, ele disse ‘é simples assim, um manda outro obedece’”.

O próprio presidente da CPI ressaltou que fez sucessivos contatos com Cascavel, e ressaltou que o ministério tinha dificuldades em mandar material para o Brasil inteiro. “O que eu estou dizendo é que aquela segunda onda, que começa e tem falta de oxigênio no estado do Amazonas, poderia ter sido evitada (…)”.

Segundo Aziz, o governador recuou do lockdown devido à pressão de deputados federais e do presidente, que levaram à manifestação da população, e ressalta que a obrigação do Ministério da Saúde era ter uma política sanitária para o país, e a falta dessa política gerou o caos no Amazonas.

“E quem fez esse recuo: deputados bolsonaristas, o próprio presidente da república, mais o ministério da saúde que não tinha autonomia porque o verdadeiro ministro estava dentro do Palácio do Planalto, (Pazuello) não mandava absolutamente nada (…) mas eu afirmo aqui que uma das maiores causas do estado do Amazonas foi o recuo no dia 26/12, quando o governador do amazonas recuou do lockdown – e isso graças a uma campanha feita pelo governo federal”, ressaltou Omar Aziz.

Redação

1 Comentário

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  1. Não é por nada não, minha gente. Mas, quem sabe, se, não apenas seguindo o rastro do dinheiro auferido ou por auferir em toda essa estranha manobra executada acerca de vacinas de existência obscura, a nobre CPI, num esforço hercúleo, como se dizia no passado, não dissipasse também a enorme nuvem de poeira erguida pelos soldados do diversionismo sobre a matéria e tentasse observar o reluzente brilho do ouro extraído da Amazonia, desde a posse do vociferante capitão até o presente. É muita gente da região amazônica envolvida na investigação de um produto típico de lugares distantes de nossa exuberante selva! E sobre o ouro, ninguém fala?

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