Água distribuída em Itu precisa de cuidados extras antes do consumo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Jornal GGN – Água distribuída em Itu não é boa para o consumo sem um tratamento mínimo que pode ser feito pelo morador da cidade. A matéria do Estadão diz que um teste aponta que a água distribuída é imprópria para beber, mas pode ser sim utilizada caso o morador ferva ou mesmo faça o que é mandado nos centros de distribuição. A situação da cidade já não é fácil, com falta de água grave desde fevereiro deste ano, e agora colocar a matéria desta forma parece que estão sim condenados à morte, e isso não dá para aceitar. A cidade já está sendo penalizada há anos, por não ter captação de água ou tratamento de esgoto, e agora colocam o tema desta forma, sem cuidado com o consumidor. Leia a matéria do Estadão.

do Estadão

Teste aponta que água distribuída em Itu é imprópria para beber

CHICO SIQUEIRA – ESPECIAL PARA O ESTADO

100% das amostras coletadas apresentaram contaminação por coliformes totais, fecais e bactérias resistentes à temperatura

ARAÇATUBA – Análises científicas feitas pela ONG Caminho das Águas e Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp) comprovaram que é imprópria para consumo humano a água coletada por moradores de Itu (SP) em bica de poço artesiano e reservatórios públicos espalhados por cinco pontos da cidade.

As amostras foram coletadas nos dias 29 de outubro e 4 de novembro em pontos públicos de distribuição, como as caixas de 20 mil litros distribuídas pela Defesa Civil e instaladas na Praça 14 Bis, Praça dos Exageros e Jardim Novo Itu. Também foram coletadas amostras da bica do poço artesiano do bairro Santa Terezinha e do sistema de distribuição por bolsões do Centro de Lazer 1° De Maio.

ÁGUA EM ITU

Hélvio Romero/Estadão – Análises científicas feitas pela ONG Caminho das Águas e Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio comprovaram que é imprópria para consumo humano a água coletada por moradores de Itu em bica de poço artesiano e reservatórios públicos espalhados por cinco pontos da cidade

O relatório cita a diarreia, a esquistossomose, o cólera e os vermes intestinais como as doenças mais comuns causadas pelo consumo de água contaminada

Segundo o relatório, as doenças, no entanto, podem ser evitadas com o tratamento adequado da água antes do consumo

Amostras foram coletadas nos dias 29 de outubro e 4 de novembro em pontos públicos de distribuição, como as caixas de 20 mil litros distribuídas pela Defesa Civil e instaladas na Praça 14 Bis, Praça dos Exageros e Jardim Novo Itu

A cidade passa por racionamento de água desde o início do ano e é uma das mais afetadas pela crise hídrica no Estado de São Paulo

Os resultados dos exames feitos no laboratório da Ceunsp revelaram que 100% das amostras coletadas em 29 de outubro apresentaram contaminação por coliformes totais (resultante de decomposição orgânica), coliformes fecais e bactérias resistentes à temperatura.

“O resultado preliminar desta pesquisa aponta índices de 100% de contaminação bacteriológica (…) sendo inapropriada para consumo humano sem nenhum tipo de tratamento prévio, tais como o processo de fervura ou desinfecção da água com hipoclorito de sódio”, diz o estudo.

O relatório cita a diarreia, a esquistossomose, o cólera e os vermes intestinais como as doenças mais comuns causadas pelo consumo de água contaminada, mas que “podem ser evitadas com o tratamento adequado da água recolhida nestes pontos de distribuição emergencial antes do consumo”, conclui o relatório.

O responsável pelo monitoramento, Carlos Diego de Souza Rodrigues, esclarece que a intenção “não é analisar a água distribuída à população pela concessionária Águas de Itu”, mas sim de mostrar que a água distribuída emergencialmente nesses pontos públicos pode chegar contaminada às casas dos moradores e que eles devem fazer o tratamento da água. O objetivo do estudo Conversando com as Águas é se chegar a um kit alternativo, de R$ 25 que pode ser usado pelos moradores de Itu para fazer o tratamento em casa. “Esperamos que em 2015, os moradores já possam fazer uso deste kit”, afirma.

A próxima coleta deve ocorrer nesta quarta-feira, 12, em outros três pontos da cidade. No total serão seis coletas até dezembro. Por enquanto, Rodrigues pede que os moradores façam o tratamento caseiro antes de usar a água desses pontos, como ferver a água de cinco a 10 minutos. “A água deve ser consumida logo após o resfriamento. É eficiente em destruir todas as classes de germes aquáticos”, diz ele. Outra sugestão é adicionar duas gosta de água sanitária sem alvejante por litro de água para garantir o mínimo de potabilidade da água, ou então fazer a cloração, pingando 2 gotas de cloro para cada litro e deixar em repouso por 30 minutos antes de consumir água.

Respostas. A prefeitura de Itu informou que exige, através da Agência Reguladora de Itu, que a qualidade da água distribuída na cidade seja comprovada através de laudos e que detalhes seriam dados pela concessionária Águas de Itu.

A Concessionária Águas de Itu enviou nota dizendo que “atesta, com base em análise de seus laboratórios e de terceiros, acreditados pelo Inmetro e fiscalizados pela Agência Reguladora de Itu, a qualidade da água despejada nos reservatórios instalados emergencialmente em espaços públicos”.

A nota ressalta que a concessionária pede a colaboração dos moradores para “manter as mangueiras penduradas nos suportes elevados, a fim de evitar qualquer tipo de contaminação”.

“No que diz respeito à bica da Santa Terezinha, a água tem origem em poço artesiano e é monitorada diariamente pela concessionária e, inclusive, todas as análises são encaminhas para a vigilância sanitária municipal e estadual”, conclui a nota.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

6 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

      1. Obrigado pela informação

        Obrigado pela informação Pedro A. Espero que agora os moradores destas cidades reflitam em quem foi que votaram. Assim espero.

  1. Quando o Senhor governador

    Quando o Senhor governador Alkmim solicitou 3,5 bilhão ao governo federal é NECESSÁRIO concluir que:

    1 – Não há dentro da SABESP visão ESTRATÉGICA DA GESTÃO DA ÁGUA, ainda que fosse alertada para o problema, omitiu e distribuiu lucros sem levar conta este cenário.

    2 – Essa solicitação é CONFISSÃO DE DESGOVERNO.

    Baseado nas premissas acima, ORGÃOS COMPROMETIDOS com o cidadão paulista DEVERIAM abrir processo contra a SABESP e seus responáveis, que em última estância seria o GOVERNADOR.

    Como não é isso que se vê e que uma inferância desta é SIMPLES chega-se a conclusão que: O governo de Sp fará o que quiser sem qualquer contestação, isso é pior que ditadura é TOTALITARISMO.

  2. Ora! Ora! Essa deve ser a

    Ora! Ora! Essa deve ser a agua de esgoto prometido pelo governo em sua fala na qual mostrou ser um homem de grande visão pois nada mais prometeu do que fazer o que nas ‘oropas’ já se faz. Isto é modernidade! Isto é futuro! O pessoal é que não quer entender. Em Itu está apenas antecipando o que acontecerá em São Paulo como um todo. Grande futuro!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador