Grupo de extrema direita invade palestra sobre 100 anos de Revolução Russa da UERJ

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Jornal GGN – Um professor do curso de pós-graduação em História da UERJ (Universidade Estadão do Rio de Janeiro) denunciou ao GGN a invasão de uma aula especial sobre os 100 anos de Revolução Russa, ministrada pela professora Maria Teresa Toríbio Brites Lemos. A intervenção hostil foi feita por um grupo de extrema direita que gravou e divulgou as imagens do ato premeditado na internet.

No vídeo abaixo, um dos organizadores da invasão aparece interrompendo a aula no momento em que os docentes comentavam sobre a ditadura militar brasileira. Ele ergueu-se e afirmou categoricamente à professora Maria Teresa que o que houve no País foi, na verdade, um “regime democrático militar”, que salvou a sociedade dos “comunistas”. Ele também criticou a UERJ pela “doutrinação” de jovens com o pensamento socialista.

Em mensagem à redação, o professor André Azeredo relatou que “a professora foi insultada, bem como os organizadores do evento. A UERJ foi tratada como ‘antro de comunistas’ no dizer desses criminosos. Balançando uma bandeira do infausto movimento desses arruaceiros e com gritos de acusação, conseguiram inviabilizar um evento acadêmico e intelectual da maior importância organizado por historiadores vinculados a UERJ. Não satisfeitos, postaram vídeos em algumas instâncias da internet, se vangloriando do ato bárbaro que propenderam contra a comunidade de historiadores da UERJ que, repito, invabilizou o encerramento do evento.”

Num site de ultra-direita, os chamados “intervencionistas” divulgaram as imagens da invasão e escreveram: “É revoltante e preocupante observar e constatar, que as faculdades do nosso país na grande maioria, estão dominadas por comunistas.”

Assista a partir dos 8 minutos.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

39 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Se não punir, vai piorar.

    Aí você vai lá no Youtube assistir o vídeo e percebe que tem mais uns pelo menos,  115 idiotas fascistas imbecis que aprovam esta estupidez do débil mental. 

    Se não houver uma reação dentro do que permite a lei contra esta súcia, eles irão se sentir cada vez mais à vontade para praticar estes atos bárbaros.

    Parece ser verdadeiro o que andam dizendo nas redes sociais: O excesso de tolerância como intolerantes favorece o fascismo, uma hora vai chegar em que os intolerantes vão nos oprimir abertamente, se é que já não o fazem.

  2. O excesso de frouxidão dos militantes progressistas deu nisso…

    No final de 2015 sofri um acidente, fiquei dois meses internado e sofri cirurgias para colocar várias próteses, desde então tenho evitado participar de qualquer ato político onde tenha multidão, justamente, para evitar entrar na porrada com este tipo de gente .

     

    1. Será mais um Balta ?

      Para dificultar a indentificação, um boné cobrindo a testa e sempre fugindo de filmagens muito próximas.

      Com apenas dois tabefes descobririam rapidinho se o provocador é agente do gal.Chechegoyen .

        

  3. Pessoal fica abaixando a

    Pessoal fica abaixando a cabeça pra fascistinha, com isso eles só crescem pra cima de nós. Não tinha nenhum homem ou mulher no evento disposto a barrar a ação deles? Só há uma forma de lidar com gente assim, e não é na conversa.

  4. Snowflakes de direita fazendo

    Snowflakes de direita fazendo aquilo que snowflakes de esquerda fazem há muitos anos… Ouvir gente que discorda de você saiu de moda.

  5. Tropa fascista deve ser tratada no tapa.

    Imitando seus antecessores dos “camisas negras” do fascismo e das “seções de assalto” do nazismo, grupelhos de extrema-direita tentam interditar o direito de reunião ao invadir assembléias de grupos de esquerda.

    Conhecem apenas a linguagem da violência. Não podemos ter ilusões em relação a parlamentar com essa gente. Depois de intimidar reunião, vão partir para o linchamento de pessoas sozinhas vestidas de vermelho nas ruas.

    Militantes de esquerda devem estar preparados para a autodefesa contra tais vagabundos. Os mais frágeis fisicamente devem aprender artes marciais para não serem surpreendidos por delinqüentes fascistas.

    A postura deve ser de expulsar no tapa quem invadir reuniões de grupos democráticos e de esquerda.

    Colocar os vagabundos para correr.

  6. Esses imbecis são ligados à

    Esses imbecis são ligados à Universidade? Alunos? Não seria o caso de medida disciplinar?

    Pendurar esses cretinos em postes é violação dos direitos humanos? 

  7. Se não se prepararem, vão voltar

    É a tal história. O pessoal já esqueceu que a autodefesa é importante. Se não se prepararem, os fascistas voltam Para bater.

  8. É lógico que as Universidades

    É lógico que as Universidades brasileiras estão “infestadas de comunistas”. Somos infinitamente mais inteligentes do que esses muares da direita perversa que parasita o país. São burros feito portas. Uuniversidade de primeira linha não é lugar pra esses cuzões.

     

    AGora, vem cá: quando é que a esquerda vai entender que tem que descer o cacete nesses vagabundos da direita, heim???

  9. A pior tática para o

    A pior tática para o enfrentamento de bizarrices da espécie é, de cara, dar ao provocador status que ele não possui, a exemplo de “fascista”, “reacionário”, “nazista” etc. Tais epítetos estão muito além, mas muito além mesmo, da capacidade cognitiva dos mesmos. Em português mais claro: são na realidade idiotas inúteis manobrados e teleguiados por outros num degrau um pouquinho acima deles.  

    O que deveria ser motivo de estudos mais acurados seria as razões de termos chegado a tal estágio de involução. 

    1. Assino em baixo.

      Eu iria postar um comentário, mas ao ler o seu descobri que vc escreveu o que eu iria dizer, daí só acrescentar o seguinte. Como esses idiotas não conseguem sequer  perceber que não passam de uns babacões prestando serviços aos espertalhões salafrários que estão incrustrados na mídias principalmente que  os aliena  e manipulam, também não conseguem perceber o tanto que o mundo mudou. Será que eles conseguem pelo menos imaginar quantos milhões visitam hoje o Vietnan que colocou os valentões norte americanos pra correr com o rabo entre as pernas? Ou a China onde existem milhares de brasileiros trabalhando em multinacionais? Continuam acreditando que o paraíso se chama Miami, e onde acham  “chic”  lavar as latrinas para os americanos do norte.

  10. Um bando de marmanjo que
    Um bando de marmanjo que poderiam estar fazendo qualquer coisa de mais produtiva e preferem encher o saco. Se gostam tanto de uma ditadura militar, deveriam ter chamado os seguranças pra dar umas porradas nele. A história já ensinou que com fascista não tem conversa.

  11. A situação vai chegar a tal

    A situação vai chegar a tal ponto que os fascist as irão abrir fogo dentro de uma sala de aula.Cuidado e comece a pensar em se defender.

  12. Jumentos em ação
    É tanta besteira sendo regurgitada por minuto, que chega a ser inacreditável. De onde eles tiram tanta besteira ? Como podem ser tao ignorantes ? O que recheia a caixa craniana dessa gente ? Como essas amebas conseguiram usar um celular ? Em que esgoto estavam escondidos até agora ? Pior que de onde vieram esses deve ter ninhadas. Que voltem para o buraco de onde vieram e continuem chafurdando na lama da ignorância. Repararam que no começo do video o muar fala “tiquevara” ? Só por aí a gente já vê o nível do quadrúpede

  13. Preocupante

    Preocupante é ver como estes idiotas estão organizados e sabendo de todos os eventos que interessam a pauta deles,  da idade da pedra. Devem receber dados de serviços de informação de alguma natureza. Este e outros grupos também devem ser orientados a atuar em certas áreas que gerem debates que desviem a atenção, como exposições ou peças polêmicas, de grandes eventos políticos como o julgamento de Temer e os Leilões do Pré Sal por exemplo. 

    1. Já, para mim a preocupação é

      Já, para mim a preocupação é outra: Como é que num país como está este Brasil, neste momento, sob este governo “pessoas inteligentes, intelectuais, professores, etc.” SE MANTÊM TÃO DESPREPARADOS!!???. Num caso desses assim e outros que têm acontecido, neste Brasil afora, era para essa gente “<esclarecida>” está TOTALMENTE, preparada!!!. Com seguranças eletrônicas, seletivas, guardas (defesa pessoal), tudo em ponta de bala PARA DISPARAR…, não tem como ou nos organizamos para nos manter vivos ou eles nos devorarão!!!.

  14. A solução, os anarquistas norte-americanos já estão …..

    A solução, os anarquistas norte-americanos já estão executando.

    Os movimentos de extrema direita nos USA são fortes e violentos, porém os chamados antifas, baseados em movimentos anarquistas norte-americanos já acharam uma solução. Quando ele veem que haverá algum ato da extrema direita eles convocam democratas, solcialistas, comunistas, movimento negro, LGTB, feministas e demais pessoas que respeitam o direito da fala dos outros (isto é o básico) e chegam dispostos a intervir contra os fascistas, se reunem via redes sociais, totalmente descentrealizado (como um bom anarquista gosta) sem liderança e aguardam os fascistas, se estes se comportam bonitinho nada acontece, porém se começam a desrespeitar todos os demais o pau desce. Qual o resultado disto? A maioria das manifestações de direita tornam-se pacíficas e quando saem dos eixos sofrem a violência que eles pregam, ou seja, um mero ato de reação a intolerância e não de agressão.

    1. O tal Jardim das Aflições

      “Os movimentos de extrema direita nos USA são fortes e violentos, porém os chamados antifas, baseados em movimentos anarquistas norte-americanos já acharam uma solução. Quando ele veem que haverá algum ato da extrema direita eles convocam democratas, solcialistas, comunistas, movimento negro, LGTB, feministas e demais pessoas que respeitam o direito da fala dos outros (isto é o básico) e chegam dispostos a intervir contra os fascistas, se reunem via redes sociais (…) Qual o resultado disto? A maioria das manifestações de direita tornam-se pacíficas e quando saem dos eixos sofrem a violência que eles pregam, ou seja, um mero ato de reação a intolerância e não de agressão.”

      Uma boa organização de um grupo não anula outra boa organização de outro. Para que os antifas consigam fazer também atos de violência, e na sua teologia, como toda teologia, seus atos de violência são muito bem justificados diante de uma causa maior, não há nada errado em ser violento, e fazer da própria imagem um santo. Sua fala me passaria despercebida, se não houvesse esse outro evento, em contra mão, para contradizer a lógica do seu raciocínio. Se todos os movimentos supracitados respeitam o direito de fala do outro, como ocorre coisas como o impedimento uma violenta reprimenda e o impedimento de pessoas assistirem a um filme de alguém como Olavo de Carvalho? Existe ai uma severa insídia, uma severa falta de estrutura lógica, e especialmente, um tremendo furo na Teologia de salvação do seu pensamento. O que veio se mostrando é algo completamente contrário: uma reafirmação generalizada de si em concordância com a reafirmação do outro.  Adotar uma postura reafirmativa ao mais alto grau do absurdo é mesmo a melhor opção? Qualquer pura reafirmação (como a exposição Queer, que em si possui forte caráter ideológico, como veio a o raciocínio do que é Queer) pode sim sofrer contestação de parcelas descontentes, o que inevitavelmente obriga os agentes a repensarem atitudes de uma forma ou de outra ao verem o inimigo batendo à porta. Se a reafirmação do outro, como houve nos 100 anos da revolução russa na UERJ, lhe afeta, afetar-se-á também o contrário, e a disputa é inevitável. A forma de lidar com essa reafirmação, ou melhor, a pura existência desse tipo de reafirmação de si ignóvel, dessa teologia onde existe o Bem e o Mal, que não passa de puro edonismo, impede qualquer tentativa de diálogo. 

       

      https://twitter.com/odiodobem/status/924049799921496064/photo/1

      http://sensoincomum.org/2017/10/27/filme-jardim-aflicoes-olavo-carvalho-ufpe/

  15. A esquerda deve rapidamente entrar em cursos de artes marciais!

    Hoje tenho 64 anos e já tive um infarto, porém se estiver em boas condições sei derrubar um imbecil deste com facilidade, simplesmente porque já trenei Judô, Muai-Thay e Boxe e não tenho medo de entrar num enrosco, o pessoal deveria no lugar de correr com um cachorrinho no parque fazer algumas aulas de Muai-Thay ou quem for menos violento de Aikidô, que só trabalha na defesa.

  16. Dá nisso!

    Anos de massacre midiática, da Globo, de Hollywood, dos noticiários, das manchetes, dos jornalistas “colonistas”, da alienação e bombardeio midiático que sofre América latina depois da revolução cubana.

    Mal aconteceu a revolução, no final de 1959, e rapidamente o império agiu na América Latina, evitando que “a moda pegasse”. Pelo lado cultural/musical, para evitar que aumentasse a influência de Violeta Parra ou de gente como Geraldo Vandré, foi feita uma turnê pela AL com Paul Anka e Brenda Lee (verão de 60). Criaram o movimento Nueva Ola, notadamente na Argentina e Chile (aqui no Brasil chamado de Jovem Guarda), idiotizando à juventude com cantores tupiniquins com novo nome “em ingrés”. Nunca vi, no Chile, tanto cantante com nome estranho. Aqui no Brasil todos sabem a história. Até que enfim, no verão de 62 nascem os Beatles (e outros) que por qualidade própria conseguiram continuar com a tarefa de alienar a juventude e subtraí-la de valores culturais próprios. América Latina teve freada qualquer tentativa de caminhar, culturalmente, na direção cubana, quando tudo começou.

    No lado econômico Kennedy assinou a “Aliança para o Progresso”, com países da América Latina. Os EUA ficaram puxando o saco destes países como se fosse Dória candidato à prefeitura de São Paulo, e com o mesmo desdém. No aspecto político, escolheram no Chile a Democracia Cristiana para colocar freio ao Allende e a esquerda. Aqui no Brasil apoiaram a criação dos tucanos. Implantaram o neoliberalismo, posteriormente.

    Nos tempos atuais, vivemos apenas a consequência da dominação cultural da América Latina, onde as grandes mídias geraram verdadeiras fábricas de alienados e de coxinhas, que se empanturraram com filmes de Rambo e outras bobagens. As supostas “elites” brasileiras sonham com Miami, como final da sua vida, e utilizam o Brasil apenas como trampolim para ganhar dinheiro, principalmente em forma desonesta.

    Jovens brasileiros alienados agem como um grupo de riquinhos de São Paulo que viajam de férias para o Nordeste, por curta temporada. Agem com o mesmo pouco cuidado e responsabilidade de quem mora em casa alugada; se relacionam com gente local como quem passa por cima de gente inferior; enfrentam relacionamento com o outro sexo em forma predatória e não por comunhão de sentimentos ou fins matrimoniais futuros; acham tudo “baratinho meu”; movimentam o comércio local com cerveja e futilidades, e saem deixando ruínas, morais e físicas. Assim agem os coxinhas brasileiros, dentro do Brasil, fazendo tudo sem o menor respeito, sabendo que o seu futuro está em Miami e não mais no Brasil.

    A mídia global conseguiu criar esses monstros, que hoje chamam de comunista a qualquer um que queira abrir a sua cabeça na procura de verdade e de raciocínio próprio. São tão despreparados que ainda acham que o Roberto Freire é comunista (hoje o PPS é o antigo PC).

    O que Brasil e América Latina desejam é liberdade e a concretização do sonho de Simón Bolívar, mas, ao invés de se opor concretamente a isso, a mídia confunde a cabeça das suas hostes alienadas com bandeiras tangenciais, de comportamento familiar ou sexual ou, pior ainda, enquanto vendem o patrimônio nacional a preço de banana, agem como se eles fossem os defensores da pátria, acusando de comunistas e “bolivarianos” exatamente a quem hoje defende a economia nacional.

    A única saída, embora lenta, é de educação popular, em todos os sentidos, criando uma nova geração de brasileiros lúcidos e civicamente preparados para construir uma nação autônoma. 

  17. Este evento antecipa o clima

    Este evento antecipa o clima que teremos nas eleições do ano que vem. Quando reunem Gilmar Mendes, Gal. Etchegoyen, Raul jungman e Torquato Jardim para “combater fake news e crime organizado nas eleições”, podemos esperar uma tempestade de arbitrariedades.

  18. Respost d Comissao Organizadora d Evento (Nassif, junte ao post)

    UERJ RESISTE E ENFRENTA QUADRILHA FASCISTA

     

    O Brasil e o mundo têm enfrentado uma conjuntura adversa nos últimos anos, com o 

    retorno de atos totalitários, de ódio e intolerância. Na noite do dia 25 de outubro de 2017, na comemoração dos 100 anos da Revolução Bolchevique, um grupo de vândalos marginais invadiu um espaço acadêmico de debates para fazer culto à ditadura e hostilizar os presentes. Isto aconteceu na Pós-Graduação em História da UERJ – campus Maracanã.

     

    O grupo estava à paisana e adentrou o recinto vestindo blusas em alusão ao militarismo, com bonés e escondendo os rostos nas fotos, ao mesmo tempo em que eles mesmos filmavam e tiravam fotos.

     

    Durante a Conferência da Professora convidada, um deles levantou a voz e gritou “a senhora é comunista”. Visivelmente alterados e com gestos de intimidação, o grupo tentou tumultuar o evento. A segurança foi acionada e dezenas de estudantes que estavam em salas e nos corredores correram para o local, em solidariedade ao evento.

    Um professor da História levou a turma inteira ao local para reforçar a luta da Universidade contra aqueles vândalos. 

     

    A UERJ resistiu e enfrentou os fascistas neoliberais. A coordenação do evento “100 

    anos de Revolução Bolchevique: História e Memória”, militantes e entidades dos movimentos sociais REPUDIAMOS veementemente a invasão e agressão a que foram submetidos os participantes da Conferência de encerramento e a própria UERJ como Instituição.

     

    Consideramos graves os fatos, cujo objetivo é disseminar o ódio e a intolerância. Essas pessoas comportam-se como marginais, buscando, com métodos de intimidação, desencorajar iniciativas de debates ou reflexões sobre temas que talvez nem conheçam.

     

    O que ocorreu na UERJ no dia 25 de outubro, data marcante da Revolução de Outubro, é uma prova de que o totalitarismo bate à porta novamente. Não admitiremos essas práticas na sociedade, ainda mais dentro da Universidade que é o espaço do debate e da construção do pensamento crítico e autônomo.

     

    Essa atitude é um exemplo do que significou o regime ditatorial, persecutório e covarde. Temos certeza de que há militares que não comungam das mesmas ideias e práticas dessa camarilha insana. As Forças Armadas não são homogêneas, tal como não é a sociedade.

     

    Tomaremos as providências necessárias para que essas práticas não se repitam e os indivíduos sejam devidamente responsabilizados. Continuaremos realizando debates e conferências com intuito de estudar e compreender melhor as questões mundiais, sob os mais diversos matizes conceituais. Recusamos qualquer tipo de censura à Universidade e ao pensamento crítico.

     

    Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2017.

     

    COMISSÃO ORGANIZADORA DO EVENTO

  19. Invasão de aula na UERJ
    Ser marxista vai além de estar pronto apenas para o debate. É tempo de reagir com o vigor da violência revolucionária. Gostaria muito de estar lá pra receber esse pessoal adequadamente!

  20. Invasão de aula na UERJ
    REAGIR!
    PATÉTICO o papel do pessoal da esquerda enfrentando os fascistas com seus celulares. Marxismo não é para pacifistas, essa esquerda Soft dá desespero! Quem não aguenta deve sair do playground q a brincadeira vai começar. Sinto muito, mas as coisas q lemos agora vamos enfrentar.

  21. Uma vez eu presenciei o

    Uma vez eu presenciei o oposto disso na universidade.

    Era uma palestra sobre Ergonomia. E o palestrante mostrava num vídeo exemplos de como tornar o trabalho manual e repetitivo mais ergonômico, e explicava que, com uma mudança ergonômica um único funcionário poderia fazer o trabalho de dois.

    Isso despertou a ira de um aluno, que começou a criticar o capitalismo, a busca pelo lucro em detrimento de empregos, etc.

    Mas o palestrante, talvez já acostumado com esse tipo de reação, fez algo interessante. Quando um outro estudante resolveu debater com o revoltado, o palestrante disse: “não, deixe-o falar”. O revoltado falou por uns 5 minutos, em pé, cuspindo em todo mundo, e depois se sentou bufando. O palestrante simplesmente continuou o raciocínio anterior como se nada tivesse acontecido. Foi bonito de ver.

    Não estou fazendo juízo de valor entre as idéias do palestrante e do estudante revoltado. Só estou dizendo que o certo, contra quem resolve atrapalhar uma palestra, é simplesmente esperar até que se cale, e depois continuar a palestra. Tentar debater é pior.

    1. Ação planejada e coordenada

      Mas o grupo que invadiu a aula não foi para simplesmente discordar dos palestrantes. Foram para tumultuar o evento e terminar com ele. Foi uma ação pensada, planejada e coordenada. Não existe nenhum traço em comum com a reação solitária do jovem revoltado.

      E sair defendendo a ditadura militar é indefensável, sob qualquer ponto de vista.

       

      1. Como não existe nenhum traço

        Como não existe nenhum traço em comum? Existe sim. São radicais que não aceitam o contraditório, apenas de lados opostos. Os motivos do estudante revoltado que eu citei me pareciam corretos até, mas é porque eu estou “do lado de cá”, digamos assim.

        Mas o importante não é isso. O importante é o modo de lidar com a situação. O palestrante que eu citei soube lidar com a situação e a palestra continuou. Debater com quem está revoltado e nervoso é simplesmente inútil, seja de que lado se esteja.

        Claro que existem lados que não merecem respeito. Defensores de ditaduras, homofóbicos, racistas, etc. Nesse ponto você tem razão, mas meu exemplo não chegava até aí. 

        1. Isso é que se chama de extrapoção forçada

          Não é a mesma coisa, mesmo. Uma pessoa pode se lembrar de um fato e protestar e dizer o que pensa. Um indivíduo. Quanto junta mais com a mesma ação, já é uma organização ideologizada com o fim de militar sobre o motivo pelo qual se organizaram. Quando extrapolam, tendo como base não uma convicção que pode ser de momento, mas uma ideologia, como caça aos comunistas, aos infiéis, aos descrentes, aos ateus, aos artistas, são na verdade fanáticos com pouca capacidade de reflexão, mas de atuação para assediar moralmente ou fisicamente quem pensa diferente.

  22. Mariguelismo Neles !

    A esquerda brasileria está mais para Gandhi do que para Lênin!
    100 anos de Revolução Russa e a esquerda brasileira tratando milico fascista com verborragia?!
    Que falta faz um movimento mariguelista em tempos de enfrentamento. Manual escrito por Mariguela tem que sair do estante e produzir frutos. É uma questão de sobrevivência.
    Guardada as devidas proporções e na atual conjuntura, o livro Vermelho de Mao está para os chineses assim como o Manual de Mariguela está para o Brasil “pós-verdade”…

    A resposta é LUTA !

  23. Todos são discípulos de Olavo de Carvalho

    Não tem como pensar diferente, o Olavo foi plantando sua semente aos poucos, durante anos. Parece que a direita não tem quem pensa por eles, vácuo intelectual, então pegam qualquer um que pense como eles. Dá nesse troço daí.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador