Itália também resistia ao confinamento, e hoje é País com mais mortes por coronavírus

A julgar pelo cronograma da Itália, a situação no Brasil poderia ficar dramática a partir da segunda quinzena de abril

A equipe médica sai de uma barraca em uma das estruturas de emergência criadas para facilitar os procedimentos no hospital de Brescia, norte da Itália. CRÉDITO : Luca Bruno / AP

Jornal GGN – Jair Bolsonaro repete o erro das autoridades italianas ao resistir às medidas de supressão do coronavírus. No começo da crise, quando a Itália registrava alguns casos na região da Lombardia, o governo também achava exagero determinar o isolamento nacional e o fechamento de comércios e locais públicos.

O cenário mudou rápido e drasticamente, e hoje a Itália é o país que mais tem mortes por coronavírus no mundo, com 7,5 mil óbitos.

A primeira morte na Itália ocorreu em 21 de fevereiro, quando o País tinha apenas 17 casos. Somente 17 dias depois é que o País decidiu fazer valer a quarentena para seus 60 milhões de habitantes. Àquela altura, o número de mortes subira para 400.

Dez dias depois do isolamento nacional, em 19 de março, o número de mortos na Itália já superava a China. No dia 21 de março foi o dia do pico de mortes, com 793 óbitos em 24 horas.

No Brasil, a primeira morte por coronavírus ocorreu em 17 de março. Oito dias depois, em 24 de março, Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional, defendendo que o País retorna à normalidade, e que apenas os idosos e pessoas de saúde debilitada, que fazem parte do grupo de risco da doença, fiquem em casa.

A julgar pelo cronograma da Itália, a situação no Brasil poderia ficar dramática a partir da segunda quinzena de abril.

Redação

2 Comentários

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  1. E algo que pode trazer maior gravidade para o Brasil é que seja possível que os primeiros casos de infecção aqui, tenham sido “importados” logo em seguida e vindos com pessoas que estiveram na própria Itália. É que em meados de fevereiro teve no país a mundialmente famosa Semana de Moda de Milão. Uma das primeiras pessoas que narrou no Brasil via instagram, sobre seu exame positivo, foi uma influencer digital que havia estado no evento. O primeiro caso relatado na Bahia, por exemplo foi também de uma mulher que esteve na Itália (Milão e Roma). O que resta aos brasileiros é que devido às nossas condições mais precárias. não tenhamos taxas de letalidade altas como as atuais da Itália, que já passa de 10% dos casos positivo notificados e mesmo a Espanha que se aproxima disto. Basta considerar nossos baixos números de leitos. No rico estado de SP, cidades com cerca de 250 mil habitantes, tem um número médio de 50 leitos de UTIs para atender sua região. Basta um acúmulo de pessoas a precisarem de oxigenação suplementar e como o tempo médio de internação por covid-19 é de 15/20 dias, este é um fator que pode contribuir para provocar caos se houverem muitos casos em mesmo período. Dai a importância de medidas como o isolamento social, que a doida família a preocupar o país, combate.

  2. O primeiro caso brasileiro foi em 26 de fevereiro e não em 17 de março como o artigo declara. Façam as contas. A coisa aqui poderá ser pior! Retifiquem o erro, por favor.

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