José Jorge fez “malabarismo” com motivação política para condenar Pasadena, diz Gabrielli

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, em artigo publicado nesta sexta-feira (30), saiu mais uma vez em defesa da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Gabrielli atacou o que classifica como “motivação política” do ministro José Jorge, do Tribunal de Contas da União.

O magistrado declarou que a compra da refinaria pela Petrobras causou prejuízo de US$ 792 milhões, e persegue a punição dos responsáveis por autorizar o negócio. Entre eles, Gabrielli, que presidia a estatal em 2006, época do início da transação com a Astra Oil.

Segundo Gabrielli, o relatório de José Jorge é falho por fazer “manobras” com os números com o objetivo final de declarar a compra de Pasadena um prejuízo à Petrobras. Em 2014, ao longo da CPI da Petrobras no Congresso, a atual presidente Graça Foster revelou que Pasadena passou a dar lucros naquele ano e a pagar os tais prejuízos que obteve com cláusulas no contrato que foram ocasionalmente desfavoráveis à empresa.

Para Gabrielli, José Jorge não levou em conta uma série de fatores que o conduziriam aos números certos sobre a compra de Pasadena. O ministro também teria ignorado as explicações minuciosas da Petrobras e da própria equipe do TCU que analisou o negócio antes dele, e o declarou legítimo.

No texto, Gabrielli ainda destaca que José Jorge foi ministro de Fernando Henrique Cardoso e também atuou na Petrobras. Em junho de 2014, ele foi alvo da CPI da Petrobras em função de outro negócio da empresa que foi parar na Justiça. Trata-se da de uma bilionária operação de troca de ativos feita pela Petrobras com a petroleira hispano-argentina Repsol-YPF durante o governo FHC. A investigação de José Jorge pela CPI foi tratada pela mídia como uma “retaliação” governista.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. 2 pesos 2 medidas

    Realmente é muita cara de pau desse sujeito do TCU tentar dar uma de entendido em administração. Se querem problemas e escândalos por que não investigam a época do desgorverno FHC onde a Petrobras quase foi doada por um valor 7 vezes menor do que o atual e onde o tucano Paulo Costa foi colocado em cargos de direção? Por que não investigam o rombo de 8 bilhões no mau negócio da REPSOL dessa mesma gestão tucana? CANSAMOS DE SER ENGANADOS!!!

  2. Ministro José Jorge por José Jorge.

    Trata-se do Tribunal de Contas da União.
    Um tradicional reduto do PDS e do PFL.
    Um tradicional centro de resistência ao desenvolvimento do país, desde que passou a ser  governado por Lula e Dilma.
    No caso abaixo , os dois juízes que anunciam que vão boicotar o projeto do trem-bala foram do PDS e do PFL, dois baluartes da Democracia.
    O Ministro José Jorge, como se sabe, foi o notável Ministro do Apagão, no Governo do Farol de Alexandria. E candidato a vice na chapa Geraldo Alckmin devidamente derrotada por Lula em 2006.
    José Jorge é uma autoridade em fracassos. A começar pelo capítulo Energia…
    Veja como votam e “julgam” os dois “juízes” pefelistas:

    Fala do Ministro José Jorge, do TCU, comentando acórdão que aprovou o 1º estágio do processo de desestatização das BRs 262/ES/MG e BR-050/GO/MG:

    (…) tem alguns projetos que são bem mais polêmicos. Eu lembro aqui, por exemplo, do trem bala. Esse trem bala é uma coisa que, aqui no Brasil, ninguém está pedindo esse trem. Vocês viram aí, teve desfile no Brasil inteiro e não teve uma placa a favor do trem bala. Ninguém é a favor desse trem bala. Isso surgiu na cabeça não sei de quem. Se fosse bala acho que tinha até gente a favor, mas trem bala, isso não tem … Porque se verifica que você tem sistemas de transporte urbano em quase todas as cidades do Brasil: em São Paulo, por exemplo, um trabalhador demora, em média, duas horas para sair do trabalho dele ou para sair de casa e chegar no trabalho e mais duas para voltar. Os metrôs, tanto do Rio quanto de São Paulo, e de outras cidades nem se fala, são mínimos. E ninguém … Esse trem bala eu não a quem vai beneficiar, porque para você ir do Rio para São Paulo você pode ir de ônibus, é uma viagem tranquila, confortável, e também pode ir de avião. Quer dizer, seria só gerar um sistema alternativo a mais. Caríssimo. Bilhões que nem os empreiteiros estão querendo. Serviço que empreiteiro não quer você já vê que… serviço de bilhões que ele não quer, já vê.Então eu acho que aqui, nós do TCU, nós temos a obrigação de, num processo feito esse, ser muito mais detalhado e pedir tudo aquilo que for possível. Inclusive ajudando a atrasar isso. Porque pode chegar o momento que alguém desista. Então quanto mais a gente puder ajudar a atrasar, para que se pense melhor, porque não é uma prioridade, enquanto isso se pode, evidentemente, priorizar a construção, a ampliação de metrôs, de sistemas de transporte coletivo. É só isso que eu gostaria de chamar a atenção. Que nem em todo processo nós podemos colaborar como estamos colaborando com esse [refere-se ao da desestatização] para agilizar. Não foi o caso? Vossa Excelência até pediu para votar primeiro. Exatamente eu imagino que é para agilizar, para que eles saiam correndo daqui e já possam lançar o edital. Eu acho que tem outros que a gente tem que colaborar para atrasar. Eu acho que esse do trem bala é um. Quer dizer, não há um consenso na sociedade, de que ninguém pede esse trem bala, ele surgiu não sei de onde, talvez por imitação, porque tem na China, tem na França, tem nos Estados Unidos. Acontece que esses países já resolveram essa questão de transporte urbano. Então, antes de resolver o transporte urbano, principalmente de Rio e São Paulo, é muito difícil que seja viável construir esse trem bala. Então eu acho que é isso que eu gostaria de ressaltar e parabenizar Vossa Excelência pela boa vontade, pela agilidade junto com o corpo técnico do Tribunal.

    Fala do Ministro José Múcio:

    Excelência, eu ia só cumprimentar a excelência do trabalho da equipe técnica do Tribunal, mas também preciso cumprimentar a competência da crítica do Ministro José Jorge. De repente eu me sinto assim no meio de uma passeata, fazendo os meus protestos, também aqui. Na verdade eu acho que é indiscutível que o sistema viário brasileiro acabou, e a gente sente, a despeito das simpatias partidárias ou ideológicas que isso está começando… os governos estão se sentindo… estão ficando impotentes para resolver. (…) Com relação ao trem bala, antevendo a visão aqui do Ministro José Jorge, parece que hoje o governo deu também um tiro no trem bala, porque os jornais anunciaram que ele deixou absolutamente de ser prioridade diante do caos que está havendo nas cidades não está mais nem preocupado em ligar Rio a São Paulo, mas resolver o problema urbano em todas as cidades.

     

    1. Os 2 comentários sobre o tal “trem-bala”, de fato o nome é

      Trem de Alta Velocidade ou TAV, “trem bala” é o nome dado ao TAV nas conversas de bar depois do 10º chope, são de uma imbecilidade sem par.

      Pagamos altos salários a uma cambada de idiotas de fala empolada e grotesca.

    2. É, e também quem o disse foi

      É, e também quem o disse foi o Fernando rodrigues. O jornalista da Falha foi flagrado pelo wikileaks informando à embaixada americana que o TCU é aparelhado pelos demo-tucanos. Algo que ele não publicaria no jornal, nem em lugar nenhum. Coisa para se sussurrar entre quatro paredes, ele e os americanos

      http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2011/10/wikileaks-mostra-fernando-rodrigues.html

  3. Poder Judiciário

    Engraçado, como é uma “casta” bem provida, os mesmos usam o “manto” negro da Justiça, não sei como se chama isso, como se fossem do poder judiciário, “julgam”, “condenam”, aplicam “penas”, como se fossem um quinto ou sexto poder, já nem sei mais, pois temos: Executivo, Legislativo, Judiciário, “ministério público”, “Imprensa” e agora os “Tribunais de Contas”, sendo que o da União é o mais espalhafatoso de todos, pois são chamados de Ministros, como se fossem do mesmo “parentesco” dos ministros do Supremo. Está ficando uma coisa ridícula isso, ainda mais que são apenas e tão somente: ÓRGÃO AUXILIAR do PODER LEGISLATIVO, mas hoje em dia tem um poder, que não foi outorgado pelo Povo, maior que dos senhores e senhoras Congresistas. E assim vão se criando as cobras, claro, para picar os inimigos.

  4. o pior é que essa versão

    o pior é que essa versão política pefelista de josé jorge

    foi assumida como verdadeira pela grande mídia golpista

    e será difícil mudar isso, já que basta a essa gente incriminar

    e criminalizar o pt, que estará tudo bem para eles.

    essas versões servem não como um indício,

    mas como uma condenação, já que é aceita como

    prova pelo judiciário tb conluiado com esse tipo de interesses.

    esse é o processo recorrente usado por esse

    conluio criminoso  nos últimos doze anos de governo progressista.

    e eles têm a cara de pau de ainda acusar o pt de aparelhar o estado.

  5. O ex-presidente da Petrobrás

    O ex-presidente da Petrobrás pode ser inocente ou culpado pelos desvios e corrupção na Petrobrás. Ficará a cargo das instâncias responsáveis avaliar e decidir acerca disso. Se foi um bom gestor à frente da mesma ou um aventureiro, até o momento os dados e fatos ainda são inconclusivos e até mesmo controversos.

    Entretanto, essa imputação de parcialidade a esse ministro do TCU, um político de carreira(e não um técnico que eventualmente se tornou político), ex-PDS(que por sua vez foi o sucedâneo da ex-ARENA-partido da ditadura), ex-PFL  e ex-candidato à vice-presidência da República em 2006 na chapa PSDB-PFL, formando dupla com Geraldo Alckmin, merece ser acolhida exatamente por esse histórico.

    Uma das maiores, se não mesmo a maior, excrescência na arquitetura institucional-administrativa do país é se fazer do vital Tribunal de Contas da União uma espécie de “asilo” celestial para políticos e politiqueiros aposentados. Um vício que implica na perda do mais importante ativo de um órgão da espécie: a imparcialidade. Jamais esses políticos cortarão os cordões umbilicais com os seus patronos. 

    Se queremos ser honestos devemos dar ao ministro José Jorge o mesmo benefício da dúvida dado a Gabrielli visto que não há – ainda – nada conclusivo sobre esse caso Pasadena. Meu comentário centra na possível parcialidade desse ministro do TCU. Ou, o que dá no mesmo, que há razões fundadas para desconfiar da sua isenção.

    1. Não foi

      Não foi ela, junto com Dilma, que se apressaram em dar razão à “grande” mídia e à oposição, aceitando sem discutir a versão errada, desde que elas duas não fossem responsabilizadas? Colocaram gasolina na fogueira sem necessidade e deram a partida em todo o escândalo bem aproveitado, ampliado e repercutido por todo o mundo da oposição, aí incluidos também os vazadores seletivos da justiça, MPF, PF etc. Se incompetência doesse…

  6. Cerco

    Sinto que o governo federal está cercado por opositores de todos os níveis. Para piorar, aqueles que deveriam defender a atual administração não o fazem, acovardando-se. Temem o que?

  7.  
    …’Fala do Ministro José

     

    …’Fala do Ministro José Jorge, do TCU, comentando acórdão que aprovou o 1º estágio do processo de desestatização das BRs 262/ES/MG e BR-050/GO/MG:…”

     

    Esta peça paratidária da tukanolândia, José Jorge, é uma topeira que não tem tamanho. Pela degravação da merda que falou (trecho acima), não dá para aceitar uma coisa dessas como algo sério. Como pagamos uma fortuna para mander uma porqueira desse porte, ficalizando as contas públicas.Êita elite de merda de lascar.

     

    Orlando

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