Laura Capriglione é agredida em coletiva sobre escolas

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do Portal Imprensa

Jornalista é agredida em coletiva sobre reorganização das escolas; governo nega

Matheus Narcizo

A jornalista Laura Capriglione, do grupo independente “Jornalistas Livres”, foi agredida nesta sexta-feira (4/12) enquanto tentava ter acesso à coletiva de imprensa convocada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) no Palácio do Governo. A entrevista abordava a suspensão da reorganização das escolas no estado de São Paulo.

Segundo o próprio coletivo, a jornalista teve seu acesso barrado à coletiva após se apresentar como membro do “Jornalistas Livres” aos seguranças do Palácio. Além dela, repórteres da CartaCapital e do Jornal dos Professores tiveram entrada negada após o anúncio.

À IMPRENSA, Laura comentou a ação dos seguranças. “Cheguei ao Palácio e os seguranças pediram o meu certificado de acesso à coletiva. Disse que era do ‘Jornalistas Livres’ e eles afirmaram que eu não poderia entrar. Decidi filmar o ato. Foi quando o segurança ficou apertando a minha mão dizendo que iria quebrar o meu celular. Foi uma agressão. Além disso, me impediram de exercer a minha profissão”, comentou.

Ao comentar o caso, o coletivo criticou a forma como o governador lida com a imprensa. “Essa é uma clara demonstração de que Alckmin não aceita diálogo, tem conflitos com o exercício da imprensa democrática, da liberdade de expressão e de manifestação e está comprometido com veículos de imprensa da grande mídia”.

Posicionamento do governo

Após a publicação da nota, o governo do Estado de São Paulo entrou em contato com IMPRENSA alegando que a versão da jornalista é inverídica. Abaixo, segue a nota:

A coletiva do governador Geraldo Alckmin já havia acabado quando Laura Capriglione chegou à recepção do Palácio dos Bandeirantes acompanhada de Angela Meyer (presidente da Associação Paulista de Estudantes Secundaristas) e de Marcos Kauê (presidente da União Municipal de Estudantes Secundaristas de São Paulo).

Os horários não estão sujeitos à subjetividade. Estão comprovados pelos registros e pelo circuito interno de segurança do Palácio. Portanto, é mentira que foi impedida de participar da entrevista. Ela simplesmente não chegou a tempo.

A sra Capriglione se identifica à recepção interna às 13h25. A fala do governador foi iniciada às 13h20 e finalizada às 13h24, conforme evidencia transmissão ao vivo por emissora de televisão.

Atrasada, provoca dois funcionários da recepção, de uma empresa terceirizada, e um policial militar. Filma-os com seu celular, grita com eles e, ainda que a coletiva já tivesse terminado, simula uma obstrução que não ocorreu.

O policial da recepção, filmado com o celular da sra Capriglione, pede para não ser gravado. Ao ser ignorado, reage segurando o celular. A Casa Militar vai analisar a conduta do policial que abordou a sra Capriglione.

Estavam presentes na coletiva 63 profissionais de comunicação, incluindo da TV Brasil, do El Pais, da Agência Brasil, TV Globo, TV Gazeta, SBT, Globonews, TV Cultura, Rede TV, rádio Jovem Pan, rádio Bandeirantes, O Estado de S. Paulo, rádio CBN, Portal G1, Folha de S. Paulo e Diário de S. Paulo. Foto e vídeo comprovam essa informação.

Todos passaram pelo processo de identificação, inerente a qualquer cidadão que busque visitar o Palácio dos Bandeirantes.

Laura Capriglione conhece os procedimentos de identificação do Palácio dos Bandeirantes, onde já esteve em outras ocasiões, seja na condição de “jornalista independente”, na condição de representante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, de integrante de movimentos estudantis ou reunindo, em uma própria pessoa, todas essas identidades.

 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

27 Comentários

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  1. A TV Brasil mostrou como a

    A TV Brasil mostrou como a repórter foi hostilizada, ao ponto de ficar sem o celular, e os seguranças brecarem as filmagens com truculência. 

    Ficou muito claro que a atitude saudável, e muito eficaz, desses estudantes jovens, porém cheios de ideais, deram um grande recado ao Sr. alkmin: que ele não é Deus. Na verdade, até com Deus a gente fala em momentos de desespero, e para quem tem fé, sente-se acatada, e até vê resultados favoráveis às suas demandas. Por que, então, um governador, assistiu a toda sua tropa de psicopatas agindo de forma brutal contra meninos e meninas nas ruas, tal como se estivéssemos em tempos de guerra, não parou um minuto pra pensar no seu radicalismo. Começou mal, ou péssimo, quando ao determinar uma mudança radical na vida de tantas famílias, foi insensível a isso, na medida em que descartou o diálogo. Este teria que ser feito com a Secretaria de Educação e representantes desses alunos. Partiu pra igorância, viu-se em polcos de aranha porque a turma, sábia e altiva, a enfrentar o cacete, literalmente, e, assim, com os números caindo vertiginosamente nas pesquisas em razão de suas próprias medidas, enfim, o governador recuou. 

    As grosserias praticadas por esse governo contra o povo, e até contra jornalista, como vimos, já deu o suficiente para o povo enxergar o porvir, caso Alkmin venha a ser Presidente da República. Graças a Deus, as chances dele, que já não eram essas coisas, agora se mostram bem piores. Graças a Deus, mesmo.

      1. Data venia caro advogado do

        Data venia caro advogado do PT, eu apenas quero saber a verdade por isso quero ver o video que deve esclarecer o fato ocorrido, sem isso é impossivel saber se não é apenas um caso de vitimismo de ativista politico.

        Ambas as fontes não tem credibilidade, tanto o ativista politico como o governo de SP.

        Agora entender que isso é defesa do PSDB passa da minha “alçada”.

        1. Nhem nhem nhem
          Conversinha mole… Desculpas furadas… Mentiras… Disfarce… Mais mentiras…

          Conclusão de sempre: Defendendo os tucanos.

          Sempre…

          zzzz zzzzz zzzz

        2. Ora até o governo admite os fatos necessários, é só pensar (?)

          1) É incomum uma entrevista coletiva começar exatamente no horário, mas …

          2) Ainda que tenha começado, o tempo que levará não é “exato”.

          3) Após a fala, o normal é um tempo para perguntas e respostas, que não são “cronometradas”.

          4) A menos que os seguranças estivessem acompanhando o evento, não poderiam avaliar se 5 minutos de atraso não atrapalhariam o acompanhamento das perguntas e respostas (ou mesmo fazer perguntas pré-definidas). O reporter poderia ainda colher informações e impressões com colegas de imprensa presentes que não sairam “exatamente” 4 minutos depois.

          5) A própria resposta do governo mostra que na “assistência”, só havia míRdia favorável. Uma confissão!

          6) Nada justifica a truculência, sequer a filmagem no caso, já que se trata de uma jornalista em trabalho.

          Portanto, o problema de quem pensa com intestino de torcedor é que … intestino não pensa…

  2. Os Jornalistas da FOLHA

    outrora tão dingos e honrados, agora se curvam as ordens de um Governo tão de baixo nível como o de Geraldo Aidimim. E vão contra o povo.

    Fechar unidades de instituições importantes para o pov é prática comum a certos governantes paulistas. Jânio Quadro também para economizar fechou Postos de Saúde. 

  3. matando saudade

    Séculos q eu não logo aqui no Blog. Só entrei pra dizer q a resposta desaforada do governo á laura capriglione parece redigida pelo marcio Aith q é Ex Veja e trabalha pro Chuchu , hoje em dia. Quanta babaquice naquele último parágrafo.

     Abraços a todos

  4. Alkmin, após passagem tão

    Alkmin, após passagem tão deprimente no seu governo, parece ter dito a todos ser um tirano, favorável a atos de psicopatia pela sua tropa policial. A insensibilidade falou mais alto a partir do momento em que um sujeito, governador e médico de origem, esqueceu-se que para mudar o destino de tantas famílias o regime democrático estabelecido no nosso País, dava a todos eles o direito de darem suas opiniões antes de qualquer tomada de decisão. Infelizmente o homem, sentado confortavelmente no seu gabinete, assistiu a tudo como se fosse apenas um espextador. Precisou ver a mídia apresentar seu baixo índice de popularidade em razão desse triste episódio para recuar, e dizer que vai dialogar. 

    Muito radicalismo e brutalidade para com os estudantes de escolas públicas serviram até o momento ara desgastar um governo que já, de há muito, se mostra incompetente sempre que o diálogo é prioritário. Os casos são inumeros, todos no mesmo sentido. Bom pra quem não gosta de tucano, como eu – não o pássaro brasileiro -, porque o povo brasileiro vai saber distinguir melhor esse homem se ele vier a se candidatar a Presidente.

  5. Curiosa a postura do portal

    Curiosa a postura do portal Imprensa. Dá as duas versões – dos jornalistas livres e do governo – que são totalmente contraditórias. 

     

    Mas não nos oferece nenhuma avaliação independente. Acho que jornalismo deveria ser mais que apresentar os contraditórios sem ajudar o leitor a entender quem fala a verdade.

     

    Vamos descer dos muros.

  6. a tal da entrevista …

     

    era só jogo de cena, … as versões oficiais, assim como as perguntas que seriam formuladas, já haviam sido combinadas entre as redações da mídia corrompida e os assessores do governador bandido…   Então, os caras nunca iriam deixar entrar jornalistas que só tivessem compromisso com a verdade….  qualquer pergunta fora do script iria deixar o governador bandido e sua assessoria em apuros…

  7. Bem que se apure os fatos e

    Bem que se apure os fatos e se apresente o videol

    Se a dona moça chegou atrasada a única coisa que resta esclarecer é a conduta do policial que pode até nao gostar de ser filmado mas não pode em momento algum tentar impedir isso, pois ele é um agente publico e esta fazendo uma função publica em um lugar publico que como todos tem regras para acesso.

    O unico fato lamentavel até então foi essa ato tresloucado do policial, de resto é até entao apenas uma pessoa que chegou atrasada e devidamente não teve seu acesso autorizado…rs 

  8. É evidente que a jornalista

    É evidente que a jornalista chegou atrasada. Será que ela não sabia que o governador tem mais o que fazer do que gastar longos 4 minutos de sua extenuante agenda com informações? 

    Será que a jornalista também não sabia que o restante de seus “pares”se deram por satisfeitos com as explicações do governador e não fizeram nenhuma pergunta que exercitasse o contraditório?

    Assim não dá.Assim não pode!

  9. Aliança Liberal
    Esse é um

    Aliança Liberal

    Esse é um exemplo da “liberdade de expressão” defendida por essas pessoas. Cito Aliança Liberal porque, como maior defensor das ideias emananadas do Instituto Mises, é discípulo de Hans-Hermann Hoppe, o nazista-liberal, que em seus livros defende a supressão da liberdade de expressão para pessoas com ideias incompatíveis com a “sociedade libertária”.

  10. E a Carta Capital? Porque foi

    E a Carta Capital? Porque foi proibida? Dos 63 jornalistas presentes eu resumo assim, o pig e a TV Brasil. Fora esta, tratou-se então de convescote entre colegas

  11. Uma pergunta básica, que

    Uma pergunta básica, que qualquer jornalista de capacidade média deveria fazer é se ele pediria desculpas aos jovens estudantes que foram agredidos e espancados pela sua polícia. Com essa mída tucana, podre, impossível tal pergunta!!!

  12. Alckmin é membro do Opus Dei,

    Alckmin é membro do Opus Dei, a máfia formada indubitavelmente para restaurar o esplendor da nobreza e monarquia espanhola e todo o tipo de endeusamento que essa raça se julga no direito de ter… monarquia absoluta! Acham que o súdito com grandeza de Sua Alteza vai se humilhar a esses pés raspados cheios dessas ideias de democracia que sequer são dos Estados Unidos?

    Por que no te callas, jornalista Capriglione? Tienes al menos el curso Master de jornalismo?

  13. Fala-entrevista de quatro minutos???kkkk!!!!

    Quer dizer que a fala-entrevista durou quatro minutos…

    Foi pontual, nenhum atraso, mas foi fala ou foi entrevista?  Fala-entrevista, auto-entrevista, ninguém falou nada que, de fato, questionasse o chuchu tristeza…

    Olha, a julgar pelo andar da carruagem, a próxima coletiva dele vai ser ainda mais sem sal: se com 63 “profissionais” qualificadíssmos, a julgar pelas siglas que representam, não tiveram talento para fazer sequer uma pergunta a mais, como esperar que a jornalista soubesse de tanta incompetência e chegasse a tempo, ou melhor, não contasse com tamanha “eficiência”?

    Acho que esses profissionais trabalham naquela emissora paulista que faliu, qual era o nome mesmo? Cultura? Só havia fantasma?

    Caramba, acho que o tempo em que escrevi isso já superou a entrevista. 

    Imagino o quanto não deve ter sido difícil ensaiar essas perguntas: governador… e o impeachment… governador…. e o impeachment….?kkkkk!!!!

  14. Tá, mas e os outros jornais e

    Tá, mas e os outros jornais e revistas como, CartaCapital e do Jornal dos Professores?

    Também chegaram “atrasados”?

    Taí ó:

    Esse é o “geito” LIBERAL de lidar com os diferentes ou quem não comunga da mesma ideologia: PORRADA.

    Nen todo CANALHA é um LIBERAL, mas todo LIBERAL, certamente é CANALHA.

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