Lava Jato, trair a Pátria não é crime? Vender o país não é corrupção?, por Roberto Requião

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Foto O Globo

Lava Jato, trair a Pátria não é crime? Vender o país não é corrupção?

por Roberto Requião

O juiz Sérgio Moro sabe; o procurador Deltan Dallagnol tem plena ciência. Fui, neste plenário, o primeiro senador a apoiar e a conclamar o apoio à Operação Lava Jato. Assim como fui o primeiro a fazer reparos aos seus equívocos e excessos.

Mas, sobretudo, desde o início, apontei a falta de compromisso da Operação, de seus principais operadores, com o país. Dizia que o combate à corrupção descolado da realidade dos fatos da política e da economia do país era inútil e enganoso.

E por que a Lava Jato se apartou, distanciou-se dos fatos da política e da economia do Brasil?
Porque a Lava Jato acabou presa, imobilizada por sua própria obsessão;

obsessão que toldou, empanou os olhos e a compreensão dos heróis da operação ao ponto de eles não despertarem e nem reagirem à pilhagem criminosa, desavergonhada do país.

Querem um exemplo assombroso, sinistro dessa fuga da realidade?

Nunca aconteceu na história do Brasil de um presidente ser denunciado por corrupção durante o exercício do mandato. Não apenas ele. Todo o entorno foi indigitado e denunciado. Mas nunca um presidente da República desbaratou o patrimônio nacional de forma tão açodada, irresponsável e suspeita, como essa Presidência denunciada por corrupção.

Vejam. Só no último o leilão do petróleo, esse governo de denunciado como corrupto, abriu mão de um trilhão de reais de receitas.

Um trilhão, Moro!

Um trilhão, Dallagnoll!

Um trilhão, Polícia Federal!

Um trilhão, PGR!

Um trilhão, Supremo, STJ, Tribunais Federais, Conselhos do Ministério Público e da Justiça.

Um trilhão, brava gente da OAB!

Um trilhão de isenções graciosamente cedidas às maiores e mais ricas empresas do planeta Terra. Injustificadamente. Sem qualquer amparo em dados econômicos, em projeções de investimentos, em retorno de investimentos. Sem o apoio de estudos sérios, confiáveis.

Nada! Absolutamente nada!

Foi um a doação escandalosa. Uma negociata impudica. 

Abrimos mão de dinheiro suficiente para cobrir todos os alegados déficits orçamentários, todos os rombos nas tais contas públicas.

Abrimos mão do dinheiro essencial, vital para a previdência, a saúde, a educação, a segurança, a habitação e o saneamento, as estradas, ferrovias, aeroportos, portos e hidrovias, para os próximos anos.

Mas suas excelentíssimas excelências acima citadas não estão nem aí. Por que, entendem, não vem ao caso…

Na década de 80, quando as montadoras de automóveis, depois de saturados os mercados do Ocidente desenvolvido, voltaram os olhos para o Sul do mundo, os governantes da América Latina, da África, da Ásia entraram em guerra para ver quem fazia mais concessões, quem dava mais vantagens para “atrair” as fábricas de automóveis.

Lester Turow, um dos papas da globalização, vendo aquele espetáculo deprimente de presidentes, governadores, prefeitos a oferecer até suas progenitoras para atrair uma montadora de automóvel, censurou-os, chamando-os de ignorantes por desperdiçarem o suado dinheiro dos impostos de seus concidadãos para premiarem empresas biliardárias. 

Turow dizia o seguinte: qualquer primeiroanista de economia, minimamente dotado, que examinasse um mapa do mundo, veria que a alternativa para as montadoras se expandirem e sobreviverem estava no Sul do Planeta Terra. Logo, elas não precisavam de qualquer incentivo para se instalarem na América Latina, Ásia ou África. Forçosamente viriam para cá.

No entanto, governantes estúpidos, bocós, provincianos, além de corruptos e gananciosos deram às montadoras mundos e fundos.

Conto aqui uma experiência pessoal: eu era governador do Paraná e a fábrica de colheitadeiras New Holland, do Grupo Fiat, pretendia instalar-se no Brasil, que vivia à época o boom da produção de grãos.A Fiat balançava entre se instalar no Paraná ou Minas Gerais. Recebo no palácio um dirigente da fábrica italiana, que vai logo fazendo numerosas exigências para montar a fábrica em meu estado. Queria tudo: isenções de impostos, terreno, infraestrutura, berço especial no porto de Paranaguá, e mais algumas benesses.

Como resposta, pedi ao meu chefe de gabinete uma ligação para o então governador de Minas Gerais, o Hélio Garcia. Feito o contanto, cumprimento o governador: “Parabéns, Hélio, você acaba de ganhar a fábrica da New Holland”. Ele fica intrigado e me pergunta o que havia acontecido.

Explico a ele que o Paraná não aceitava nenhuma das exigências da Fiat para atrair a fábrica, e já que Minas aceitava, a fábrica iria para lá.

O diretor da Fiat ficou pasmo e se retirou. Dias depois, ele reaparece e comunica que a New Holland iria se instalar no Paraná.

Por que?

Pela obviedade dos fatos: o Paraná à época, era o maior produtor de grãos do Brasil e, logo, o maior consumidor de colheitadeiras do país; a fábrica ficaria a apenas cem quilômetros do porto de Paranaguá; tínhamos mão-de-obra altamente especializada e assim por diante.

Enfim, o grande incentivo que o Paraná oferecia era o mercado.

O que me inspirou trucar a Fiat? O conselho de Lester Turow e o exemplo de meu antecessor no governo, que atraiu a Renault, a Wolks e a Chrysler a peso de ouro e às custas dos salários dos metalúrgicos paranaenses, pois o governador de então chegou até mesmo negociar os vencimentos dos operários, fixando-os a uma fração do que recebiam os trabalhadores paulistas.

Mundos e fundos, e um retorno pífio.

Pois bem, voltemos aos dias de hoje, retornemos à história, que agora se reproduz como um pastelão.

O pré-sal, pelos custos de sua extração, coisa de sete dólares o barril, é moranguinho com nata,, uma mamata só!

A extração do óleo xisto, nos Estados Unidos, o shale oil , chegou a custar até 50 dólares o barril;
o petróleo extraído pelos canadenses das areias betuminosas sai por 20 a 30 dólares o barril; as petrolíferas, as mesmas que vieram aqui tomar o nosso pré-sal, fecharam vários projetos de extração de petróleo no Alasca porque os custos ultrapassavam os 40 dólares o barril.

Quer dizer: como no caso das montadoras, era natural, favas contadas que as petrolíferas enxameassem, como abelhas no mel, o pré-sal. Com esse custo, quem não seria atraído?

Por que então, imbecis, por que então, entreguistas de uma figa, oferecer mais vantagens ainda que a já enorme, incomparável e indisputável vantagem do custo da extração?

Mais um dado, senhoras e senhores da Lava Jato, atrizes e atores daquele malfadado filme: vocês sabem quanto o governo arrecadou com o último leilão? Arrecadou o correspondente a um centavo de real por litro leiloado.

Um centavo, Moro!

Um centavo, Dallagnoll!

Um centavo, Carmem Lúcia!

Um centavo, Raquel Dodge!

Um centavo, ínclitos delegados da Policia Federal!

Esse governo de meliantes faz isso e vocês fazem cara de paisagem, viram o rosto para o outro lado.
Já sei, uma das razões para essa omissão indecente certamente é, foi e haverá de ser a opinião da mídia.
Com toda a mídia comercial, monopolizada por seis famílias, todas a favor desse leilão rapinante, como os senhores e as senhoras iriam falar qualquer coisa, não é?

Não pegava bem contrariar a imprensa amiga, não é, lavajatinos?

Renovo a pergunta: desbaratar o suado dinheiro que é esfolado dos brasileiros via impostos e dar isenção às empresas mais ricas do planeta é um ou não é corrupção?

Entregar o preciosíssimo pré-sal, o nosso passaporte para romper com o subdesenvolvimento, é ou não é suprema, absoluta, imperdoável corrupção?

É ou não uma corrupção inominável reduzir o salário mínimo e isentar as petroleiras?

Será, juízes, procuradores, policiais federais, defensores públicos, será que as senhoras e os senhores são tão limitados, tão fronteiriços, tão pouco dotados de perspicácia e patriotismo ao ponto de engolirem essa roubalheira toda sem piscar?

Bom, eu não acredito, como alguns chegam a acusar, que os senhores e as senhoras são quintas-colunas, agentes estrangeiros, calabares, joaquins silvérios ou, então, cabos anselmos.

Não, não acredito.

Não acredito, mas a passividade das senhoras e dos senhores diante da destruição da soberania nacional, diante da submissão do Brasil às transnacionais, diante da liquidação dos direitos trabalhistas e sociais, diante da reintrodução da escravatura no país…. essa passividade incomoda e desperta desconfianças, levanta suspeitas.

Pergunto, renovo a pergunta: como pode um país ser comandado por uma quadrilha, clara e explicitamente uma quadrilha, e tudo continuar como se nada estivesse acontecendo?

Responda, Moro.

Responda, Dallagnoll.

Responda, Carmem Lúcia.

Responda, Raquel Dodge.

Respondam, oh, ínclitos e severos ministros do Tribunal de Contas da União que ajudaram a derrubar uma presidente honesta.

Respondam, oh guardiões da moral, da ética, da honestidade, dos bons costumes, da família, da propriedade e da civilização cristã ocidental.

Respondam porque denunciaram, mandaram prender, processaram e condenaram tantos lobistas, corruptores de parlamentares e de dirigentes de estatais, mas pouco se dão se, por exemplo, lobistas da Shell, da Exxon e de outras petroleiras estrangeiras circulem pelo Congresso obscenamente, a pressionar, a constranger parlamentares em defesa da entrega do pré-sal, e do desmantelamento indústria nacional do óleo e do gás?

Eu vi, senhoras e senhores. Eu vi com que liberdade e desfaçatez o lobista da Shell, semanas atrás, buscava angarias votos para aprovar a maldita, indecorosa MP franqueando todo o setor industrial nacional do petróleo à predação das multinacionais.

Já sei, já sei…. isso não vem, ao caso.

Fico cá pensando o que esses rapazes e essas moças, brilhantíssimos campeões de concursos públicos, fico pensando…..o que eles e elas conhecem de economia, da história e dos impasses históricos do desenvolvimento brasileiro?

Será que eles são tão tapados ao ponto de não saberem que sem energia, sem indústria, sem mercado consumidor, sem sistema financeiro público, para alavancar a economia, sem infraestrutura não há futuro para qualquer país que seja? Esses são os ativos imprescindíveis para o desenvolvimento, para a remissão do atraso, para o bem-estar social e para a paz social.

Sem esses ativos, vamos nos escorar no quê? Na produção e exportação de commodities? Ora…..

Mas, os nossos bravos e bravas lavajatinos não consideram o desbaratamento dos ativos nacionais uma forma de corrupção.

Senhoras, senhores, estamos falando da venda subfaturada –ou melhor, da doação- do país todo! Todo!

E quem o vende?

Um governo atolado, completamente submerso na corrupção.

E para que vende?

Para comprar parlamentares e assim escapar de ser julgado por corrupção.

Depois de jogar o petróleo pela janela, preparando assim o terreno para a nossa perpetuação no subdesenvolvimento, o governo aproveita a distração de um feriado prolongado e coloca em hasta pública o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, a Eletrobrás, a Petrobrás e que mais seja de estatal.

Ladrões de dinheiro público vendendo o patrimônio público.

Pode isso, Moro?

Pode isso, Dallagnoll?

Pode isso, Carmem Lúcia?

Pode isso, Raquel Dodge?

Ou devo perguntar para o Arnaldo?

À véspera do leilão do pré-sal, semana passada, tive a esperança de que algum juiz intrépido ou algum procurador audacioso, iluminados pelos feéricos, espetaculosos exemplos da Lava Jato, impedissem esse supremo ato de corrupção praticado por um governo corrupto.

Mas, como isso não vinha ao caso, nada tinha com os pedalinhos, o tríplex, as palestras, o aluguel do apartamento, nenhum juiz, nenhum procurador, nenhum delegado da polícia federal, e nem aquele rapaz do TCU, tão rigoroso com a presidente Dilma, ninguém enfim, se lixou para o esbulho.

Ah, sim, não estava também no power point….

É com desencanto e o mais profundo desânimo que pergunto: por que Deus está sendo tão duro assim com o Brasil.

Roberto Requião é senador da República no segundo mandato. Foi governador de estado por 3 mandatos, 12 anos, prefeito de Curitiba, secretário de estado, deputado, industrial, agricultor, oficial do exército brasileiro e advogado de movimento sociais. É graduado em direito e jornalismo com pós graduação em urbanismo e comunicação.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

13 Comentários

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  1. De onde tiraram que a lava

    De onde tiraram que a lava rato era para combater a corrupção?

    A lava rato foi um sucesso retumbante e que está sendo efusivamente comemorado na Noruega, França, EUA, Canadá, até na China!

    Esta operação atingiu 100% dos seus objetivos que eram principalmente derrubar um governo minimamente nacionalista, perseguir os políticos deste partido implacavelmente e, se possível, destruir este partido, destruir a concorrência de empresas brasileiras com as congêneres do exterior, destruir a Petrobrás e, claro, embolsar algum também, afinal, ninguém é de ferro.

    1. Exatamente isso… E ainda

      Exatamente isso… E ainda vão de bônus a Amazônia, o aquífero Guarani e a base de Alcântara. O pré-sal já foi…

  2. Para que serve as Forças Armadas Brasileiras? Para nada.

    Comentário postado pelo internauta Antonio no blog Vi o Mundo

    http://www.viomundo.com.br/politica/requiao-a-lava-jato-que-assiste-passivamente-a-venda-do-brasil-por-um-governo-corrupto-essa-negociata-nao-e-corrupcao-veja-video.html

     

    Exmo. Comte do Exército, por este meio indago de V.Sas qual a real finalidade da arma e das forças armadas.
     

    Constitucionalmente teriam por obrigação defender a soberania do país e ao que parece não cumprem sua missão.
     

    Comprovadamente uma quadrilha assumiu o poder por meio de um golpe jurídico e as forças armadas batem continência ao seu comandante que é um comprovado informante de país estrangeiro.
     

    Batem continência a um chefe de quadrilha que está vendendo a soberania e o futuro do país.
    O general que atua como cão de guarda do mandatário apoia a venda das hidrelétricas, por ignorância ou má fé desconhece que nos EUA país que admira são controladas e operadas por oficiais e soldados enquanto aqui um anão narcisista embriagado de poder vende a preço de banana.
     

    Não fosse suficiente, entrega a Base de Alcântara e a área em torno ao domínio de país estrangeiro e as FFAA convidam soldados e oficiais americanos para exercícios na Amazônia, fato nunca ocorrido anteriormente. Como se não fosse suficiente pretendem uma base comum com os militares americanos.
     

    Sem falarmos na prisão do Almirante Othon e abandono da construção dos submarinos nucleares, programas conjuntos com outros países do BRICS, agora RICS porque o atual mandatário e seus asseclas, na prática, retiraram o país do que será em alguns anos o maior bloco econômico do mundo, tanto econômico quanto em população.
     

    Para que servem o exército e as forças armadas brasileiras?
    Reprimir, prender, bater torturar e matar brasileiros. Servem apenas para isso! Pois essa tem sido a relação histórica das forças armadas com a população deste país.
     

    Acompanhando a postura dos militares que batem continência ao seu comandante supremo que é informante de país estrangeiro, um general preocupado com o MST enquanto grupos fascistas, nazistas, homofóbicos a soldo de organizações estrangeiras violam não só a constituição, mas o Código Penal, pergunto: – Qual a finalidade do exército e das forças armadas?
     

    Caminham para serem uma força de segunda linha, gendarmes dos senhores e coiotes dos EUA.
     

    As forças armadas brasileiras são motivo de vergonha e asco para qualquer um que conheça o significado amplo da palavra SOBERANIA!

  3. Santa Inocência. Sérgio Moro

    Santa Inocência. Sérgio Moro e Deltan Dellagnol foram recrutados e treinados por gringos nos EUA para satisfazer interesses gringos no Brasil. É óbvio que eles estão satisfeitos com o resultado do trabalho deles. De fato, eles agora só querem uma coisa: receber prêmios em dólar.

  4. dúvidas

    O senador Requião não conhecia a reputação dos cidadãos do seu estado que integram a tal Força Tarefa?

    Não acha meio irresponsável já ir dando apoio inicial à operação, sabendo que os personagens já integravam quadrilhas de funcionários públicos que gostam de perseguir adversários políticos, em outras oportunidades?

    É algum alienado da história política do país, em que sempre se usa a hipocrisia do discurso contra a corrupção para esconder as próprias mazelas?

    Não conhecia o banditismo dos Temeres e Cunhas, integrantes do seu próprio partido?

    Não tinha obrigação de alertar o PT de que, sabendo do caráter de quem comandava o PMDB, só poderia ser vítima de traição?

    Não deveria ter disputado a liderança do seu partido para afastá-lo de ser uma organização criminosa?

    Por que ainda está filiado a esta merda de partido? Se equipara a ela?

    O Senador é alguma donzela inocente?

  5.  
    Lava Jata  a mais

     

    Lava Jata  a mais importante organização criminosa operando no Brasil – a partir de Curitiba – contra o Brasil, contra nossa soberania e independência internacional.

    Matéria acima (discurso do Senador Requião ontem 06/11/2017 no Senador Federal) reforma mais a ainda forte convicção do fim criminoso da Lava Jato e sua organização criminosa

    Vale repetir comentários anteriores:

    “A máfia é forte porque se infiltra no Estado”, diz Vito Lo Monaco presidente do CENTRO STUDI PIO LA TORRE, Instituto Italiano responsável pelo Projeto Educativo Antimáfia.

    É a Justiça o menos transparente dos Poderes do Estado e, portanto, um campo fertil para infiltrações dessa natureza.

    ***

    Avoluma-se, dá-se consistência à hipótese de que Sérgio Moro, os membros da Força Tarefa do MPF e de parte da PF de Curitiba, como “uomini d’onore” – envolvidos na direção, condução e execução da denominada operação Lava Jato – integram uma organização criminosa – estruturada nos moldes da Mafia italiana – objetivando vantagens pessoais em benefício próprio ou de parceiros  políticos/partidários e internacionais com a destruição, entrega e dilapidação do patrimônio nacional.

    Essa hipótese de existência de uma organização criminosa integrada por esses indivíduos vem reforçada pela entrevista acima.

    Urge sejam, assim, representados às autoridades policiais, persecutórias e administrativas competentes. É o que se aguarda.

    ***

    A MÁFIA E SÉRGIO MORO

    1. MÁFIA. COMO É:

    A MÁFIA é uma organização criminosa constituída em pirâmides e redes (cosca)  de execução, proteção e chefias, tendo como característica particular a sua adaptação à sociedade, circunstâncias e tempo.

    – Uma dezena de homens de honra (uomini d’onore) formam uma família

    – Diversas famílias formam uma circunscrição de atuação estabelecendo territórios (mandamento)

    – Diversas circunscrições elegem um chefe (capo)

    2. SEUS AGENTES SÃO:

    2.a – criminosos comuns  (soldati) arregimentados para a execução de ações delituosas comuns ou violentas. Compõem a “linha de frente” da rede.

    2.b – homens de (aparente) honra, insuspeitos (uomini d’onore) não são criminosos comuns mas, ao contrário, sofisticados. São encarregados das relações institucionais e sociais da rede criminosa, revestindo-a de legalidade e insuspeitas, como também em dar proteção à “cosca” (rede mafiosa) e aos seus agentes. Estão infiltrados nos Governos, nos Parlamentos, nas Magistraturas, nos Ministérios Públicos, nas Polícias, nas Igrejas, nas mídias, nas Empresas Privadas e Públicas, nas Organizações Sociais… nem o Vaticano e a administração da Santa Sé se imunizaram a essa infiltração…

    “I’ uomini d’onore è il centro di un piccolo universo”

    2.c – dirigentes de circunscrição territorial chefes de comando regional e que escolhem o chefe geral (il capo)

    2.d – chefe geral (capo) da organização

    3. MORO. Participação no esquema: elementos visíveis de convicção dectados:

    – PROTEÇÃO. Aparente legalidade. Força (pública e social) do cargo, insuspeito.

    – ATUAÇÃO PROCESSUAL (inadequadas a quem tem a função de julgar) – persecutória, parcial, direcionada, estigmatizante  e política de um lado; de proteção, de outro lado, –  corrosiva, desconectada de (elementares) princípios constitucionais,  de direito material e processual fartamenente noticiada, comentada e analisada.

    – COMPORTAMENTO (pessoal) PÚBLICO midiático e social impróprios a um Magistrado como o seu relacionamento, por exemplo, com (a) imprensa comercial simpatizante formadora de opinião; (b) agências e corporações internacionais, tudo à saciedade noticiados e comentados.

    – RESULTADO. Consequente desmonte da indústria de base e tecnológica de ponta nacional; desemprego; desnacionalização de empresas, produção e serviços; diminuição da força produtiva do pais e da consequente arrecadação fiscal federal, estadual e municipal; corrupção dos princípios de direito universalmente aceitos. Esse resultado, a quem aproveita?…

     

  6. Mais do mesmo

    O que afirma Josimar no seu comentário deste post é a pura verdade: “A lava jato foi um sucesso retumbante e que está sendo efusivamente comemorado na Noruega, França, EUA, Canadá, até na China!”. O tal  “combate à corrupção”, por ter sido (e continuar sendo) profundamente seletivo, deu nisso. A dominação do Brasil pelo grande capital internacional, com total ausência  de compromisso com o país e seu povo. E, em consequência, o  retorno do Brasil à situação do início do século XX, econômica e socialmente. Isso não preocupa nem um pouco os “combatentes”, nas suas sinecuras muitíssimo bem pagas. Com não reagem, parece que, ideologicamente, até gostam.

  7. Triste presente e futuro

    Triste presente e futuro desse país.

    Parabéns Senador Requião por chamar atenção das autoridades embevecidas pelos holofotes. 

    Mas…como dizem: não vem ao caso.

  8. O corpo desses entulhos tá aqui mas a mente deles tá nos EUA

    Fico cá pensando o que esses rapazes e essas moças, brilhantíssimos campeões de concursos públicos, fico pensando…..o que eles e elas conhecem de economia, da história e dos impasses históricos do desenvolvimento brasileiro?

    Sabem muito de economia. O Dallagnol investe em imóveis do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, para a população de baixa renda e investe em ações quando suas cotações estão altas, só não vendendo na baixa para não atrair suspeitas.

    A gente poderia pegar essas Otoridades e pô-las no meio da população faminta e enfurecida, vítima de suas omissões e de suas ações deletérias.

    Esses ratos morrerão impunes, como os Torturadores que assaltaram o poder em 64 a mando e sob a batuta do Tio Sam?

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