
Jornal GGN – Em seu último dia à frente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) analisa se abrirá ou não a um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro.
A possibilidade foi endossada neste final de semana, após uma sequência de movimentos de seu partido, a possibilidade de Arthur Lira (PP-AL) vencer a eleição na Câmara, com o apoio de Bolsonaro e de metade do DEM, em um gesto que foi considerado pelo parlamentar como uma traição.
Logo na manhã desta segunda (01), o candidato Lira iria anunciar o apoio oficial do partido. Mas o presidente da legenda, ACM Neto, impediu que a ala pró-Lira concretizasse o gesto. Caso ocorresse, esse anúncio representaria uma derrocada de Maia dentro de seu próprio partido, uma vez que o parlamentar apoia Baleia Rossi (MDB-SP) para a sucessão na Casa.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo da manhã de hoje, Maia estava “irritado” com a decisão do DEM de deixar o bloco de apoio a Rossi e voltado a dizer, neste domingo (31), que estaria com parecer preparado para acatar a um dos pedidos de impeachment de Bolsonaro.
“Segundo três pessoas próximas ao deputado, Maia afirmou que tem em mãos um parecer jurídico favorável ao processo e que pode ser usado pelo parlamentar para embasar uma eventual decisão nesse sentido.”
Segundo a colunista Andreia Sadi, do G1, entretanto, a medida seria arriscada, uma vez que com a possível vitória de Lira na Casa, o pedido seria imediatamente arquivado.
“No Planalto, fontes ouvidas pelo blog avaliam que a abertura no último dia de gestão seria ‘casuísmo’. Elas contam com o arquivamento de um eventual processo por Lira, se o parlamentar for eleito nesta segunda.”
Nesse sentido, o parlamentar estaria sendo sugerido por seus aliados a não tomar a decisão e evitar mais desgastes.
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