Novo ensino médio sem golpe e sem temer: experiências do Chile, do Canadá e de Portugal, por Paulo Fernandes Silveira

A flexibilização dos currículos e a criação dos percursos formativos foram experiências adotadas em países que não passaram por nenhum golpe

Johnny Hooker e Liniker se beijam em show de 2017. A frase “amar sem temer” aparece na linda canção “Flutua”:  https://www.youtube.com/watch?v=mYQd7HsvVtI

Novo ensino médio sem golpe e sem temer: experiências do Chile, do Canadá e de Portugal

por Paulo Fernandes Silveira

A pressão contra o governo Lula e contra o ministro da educação Camilo Santana pela revogação do Novo Ensino Médio costuma evocar a situação política brasileira quando da arbitrária promulgação da Lei Nº 13.417, em 2017, por Michel Temer: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei-13415-16-fevereiro-2017-784336-publicacaooriginal-152003-pl.html

A referência a esse período temeroso, que sucedeu o golpe contra Dilma Rousseff e antecedeu a ascensão da extrema direita no Brasil, sustenta muitas narrativas em defesa da revogação.

Ocorre que a flexibilização dos currículos e a criação dos percursos formativos, fundamentos do Novo Ensino Médio, foram experiências adotadas no Chile, no Canadá e em Portugal, países que não passaram por nenhum golpe.

Uma tese de doutorado defendida por José Costa na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), sob a orientação de Vinício de Macedo Santos, ex-diretor da FEUSP, faz excelentes análises das experiências internacionais com a incorporação dos percursos formativos:   https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-06122011-162114/pt-br.php

Nesse mesmo sentido, as pesquisadoras Ana Laborne, Alexandre Marini, Liliane Silva e Vanda Duarte elaboraram um relatório para os institutos Natura e Unibanco comparando diferentes experiências internacionais com a flexibilização dos currículos e com a incorporação dos percursos formativos: https://www.institutonatura.org/wp-content/uploads/2022/11/implementacao-de-reformas-no-ensino-me%CC%81dio.pdf

Espera-se que o debate político e acadêmico sobre o Novo Ensino Médio tenha a seriedade de analisar os pontos positivos e negativos de todas as propostas educacionais que possam combater a evasão escolar nos meios populares.

Paulo Fernandes Silveira (FEUSP e IEA-USP).

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4 Comentários

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  1. Que texto canalha. Mal escrito, desonesto intelectualmente e completamente fora de qualquer razoabilidade sobre o tema …

    além de um viralatismo doente. “Foi adotado no canadá e em portugal” … que ótimo para eles … se não consegue ver a diferença entre os sistemas de educação lá e cá … deveria se abster de entrar na discussão.

  2. Relatório sobre flexibilização do currículo escolar feito para os institutos Natura e Unibanco? Em que pesem as devidas diferenças, isso me fez lembrar os tantos estudos “científicos” sobre substâncias medicamentosas que já foram encomendados pela indústria farmacêutica.

  3. Eu acho ótimo esses textos. Será que se deu ao trabalho de ver nas publicações do MEC a ordem de grandeza da carência de professores? E isto nas disciplinas já tradicionais.

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