O Brasil no jogo de tabuleiro mundial do petróleo, por Marco Aurélio Cabral Pinto

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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A Petrobras se preparou para implementar ousado projeto de expansão da produção de petróleo, no qual as exigências de conteúdo nacional levariam à formação de nova geração de empreendedores industriais brasileiros. O projeto, contudo, foi negado por ação de interesses norte-americanos e da elite financeira brasileira

por Brasil Debate

O Brasil no jogo de tabuleiro mundial do petróleo

por Marco Aurélio Cabral Pinto

Conteúdo especial do projeto do Brasil Debate e SindipetroNF Diálogo Petroleiro

A aritmética do petróleo é bem simples e fácil de entender. Em 1995, o Brasil estava fora do clube dos grandes produtores. A Petrobras era estritamente empresa com investimentos em P&D em águas profundas. Uma espécie de NASA brasileira, com aumento histórico de reservas proporcional à profundidade alcançada nas explorações off-shore. Porque a tecnologia, majoritariamente nacional, avança gradualmente, o ritmo de incremento na produção não vinha sendo historicamente explosivo. Por isso, a empresa (e o país) não participavam, nos anos 1990, dos jogos de poder do topo do sistema mundo.

O objetivo do presente artigo é rever muito brevemente as estratégias adotadas pelos países que protagonizam os jogos de poder sobre o tabuleiro do petróleo e avaliar as virtudes e os perigos da inserção brasileira desconectada de um projeto para o país.

1.Quanto às reservas de hidrocarbonetos

A descoberta de petróleo no pré-sal foi anunciada em 2006. Desde então, as reservas estimadas variam entre 50 e 100 bilhões de barris, o que situa o Brasil entre os 10 maiores em reservas. Na Tabela 1 encontram-se dados sobre aumentos de reservas por país entre os últimos vinte anos (1995-2015).

tabela hidrocarbonetos

O crescimento de reservas no Brasil nos últimos 20 nos foi sem precedentes, bastante acima de Venezuela (Bacia do Orinoco), Cazaquistão e Angola, que aproximadamente quadruplicaram o patrimônio físico no período. O Brasil multiplicou a riqueza em “ouro negro” por cerca de 12 vezes em vinte anos.

Enquanto o aumento no consumo próprio significa maior vigor industrial, indica igualmente evolução no bem-estar social, na forma de consumo mais intensivo de energia. Portanto, o crescimento no consumo próprio de hidrocarbonetos é totalmente compatível com projeto de universalização no consumo com inovação (resíduos e poluentes etc.).

Se o crescimento no consumo de hidrocarbonetos pelo Brasil for gradual, ainda que possa ser acelerado, torna-se viável a formação de nova geração de empreendedores industriais-tecnológicos no país com competências para atender ao esforço de aumento na oferta.

O aumento acelerado nas exportações, ao contrário, imporá ao país a necessidade de importação de sistemas, máquinas e equipamentos, o que diminuirá os excedentes líquidos exportados. Ao mesmo tempo em que inibirá a formação de burguesia industrial-tecnológica nacional, o aumento de importância dos garimpeiros estrangeiros na formação do pacto político brasileiro tenderá a aumentar com o tamanho da produção.

Neste sentido, somando-se aumento mais que proporcional da presença chinesa no Brasil nos últimos 10 anos, é possível antecipar-se longo período de instabilidade política. Esta instabilidade tem como causa aumento esperado na rivalidade entre os EUA e a China no tabuleiro internacional. Nesta perspectiva, o Golpe de 2016 apenas reflete historicamente uma reação norte-americana a um projeto de país que viu na China e na Rússia aliados na geopolítica internacional do petróleo.

Por estas razões, cada país apresenta estratégia distinta quanto a relação entre reservas e produção. Cumpre-se conhecê-las.

2.Quanto ao ritmo de produção (consumo próprio e exportações)

Os EUA são os principais consumidores (21 MM b/d) e fazem uso de expressivas reservas (55 Bi barris 2015) para atender à demanda. Apesar de elevado volume de produção (cerca de 12,7 MM b/d), os EUA importam quase 40% das necessidades (cerca de 8 MM b/d).

As reservas no território norte-americano durariam somente oito anos se cortado o suprimento externo, já incluso incremento de 20 bilhões de barris disponíveis na camada de Xisto. Se consideradas as reservas do Canadá, as reservas estratégicas norte-americanas durariam cerca de 30 anos sem qualquer suprimento externo.

A importação maciça de óleo cru, contudo, é complementada mediante importações de derivados (refino16 MM b/d). Em síntese, para os EUA, é crucial a manutenção de influência política sobre os territórios que lhe garantem fornecimento, ainda que as flutuações de preços alterem a pulsação, o ritmo de acumulação das firmas industriais-petrolíferas norte-americanas. Perdas de curto prazo são mais que compensadas pelos ganhos de longo prazo.

A segurança político-militar norte-americana mobilizada no Oriente Médio faz com que o petróleo na região tenha custos ocultos acrescidos. Portanto, considerando-se a influência norte-americana desde a proclamação da República brasileira, pode-se concluir que as reservas no Atlântico Sul encontram-se entre as mais seguras (e mais baratas) para os “irmãos do norte”.

A China seguiu, até o presente momento, estratégia de busca de autossuficiência. Apesar de detentora de reservas comparativamente elevadas (cerca de 20 bilhões de barris), o elevado crescimento no consumo próprio (1,8x entre 2005/15) tem mobilizado os chineses a buscarem fontes de suprimento no exterior, o que coloca o Brasil como uma das poucas áreas de expansão com perspectivas de longo prazo.

Em 2015, a produção, o refino e o consumo atingiram patamar de cerca de 12 milhões de b/d na China. No entanto, a estratégia de autossuficiência não poderá ser mantida durante muito tempo face ao esgotamento de reservas próprias, esperadas para antes de meados do século.

A Rússia dispõe de reservas de cerca de 100 bilhões de barris, o que confere ao vizinho chinês recursos mais que suficientes para barganha de alianças de longo prazo na Ásia. Tradicionalmente supridora de energia para a Europa, a Rússia tem sofrido pressões e embargos no mercado europeu, o que também motiva alinhamento com a China.

A Rússia possui parque de refino (~5,8 MM b/d) inferior à produção (~11,0 MM b/d), contudo maior que o consumo (~ 3,1 MM b/d). A Rússia recebe hidrocarbonetos do Cazaquistão em condições historicamente favoráveis e adiciona valor industrial com a finalidade de exportação.

Complementar à Rússia, o Cazaquistão possui reservas relativamente modestas, sendo que boa parte foi descoberta nos últimos 10 anos (5 para 30 bilhões de barris). A produção alcançou em 2015 cerca de 1,7 milhão de b/d, porém com consumo dez vezes menor. Ou seja, com população de cerca de 17 milhões de habitantes, metade dos quais de origem eslava, e com um “presidente vitalício” apoiado por Moscou, na prática o Cazaquistão é sócio minerador na cadeia produtiva de combustíveis e derivados russos.

A Venezuela está entre os países com maior aumento de reservas nos últimos 10 anos, com as descobertas na Bacia do Orinoco (80 para 300 bilhões de barris). A produção (2,7 MM b/d) encontra-se em patamar bastante superior ao consumo (0,68 MM b/d), o que mostra que a Venezuela desempenha, frente aos EUA, papel comparável ao do Cazaquistão frente à Rússia. Ambos são funcionalmente supridores das necessidades dos dominadores externos.

3.Quanto ao futuro do Brasil

A urgência na extração de riqueza do pré-sal não é apenas da sociedade brasileira, mas também dos fabricantes internacionais e dos países importadores de petróleo: EUA, China, UE e Japão. Os dois últimos, praticamente sem produção e diante de dificuldades para crescer, não disputam espaços apertados no tabuleiro do petróleo internacional.

Desde 2011, os preços em dólares do barril de petróleo têm caído dramaticamente, o que não contribui como incentivo para aumentos na produção. A única exceção tem sido os EUA, que investem pesadamente em ampliação da produção nos últimos cinco anos. Entende-se que os EUA antecipam novo ciclo de aumento nos preços de óleo e derivados, fruto possivelmente de conflitos militares antecipados no Oriente Médio para o próximo ciclo político (2017-2021).

Não obstante quase todos os países, com exceção dos EUA, terem adiado projetos de expansão da produção desde 2011, a Petrobras brasileira se preparou para a implementação de ousado projeto de expansão da produção, no qual as exigências de conteúdo nacional (SETE Brasil etc.) levariam à formação de nova geração de empreendedores industriais brasileiros.

Mesmo na contramão dos “mercados”, que indicam excesso de oferta de petróleo após 2008, o Brasil apostou fichas junto com os EUA no aumento dos preços futuros. Caso implementado, o projeto brasileiro permitiria ao país inserção superior na cadeia produtiva do “ouro negro”.

O projeto dos brasileiros foi, contudo, negado pela ação coordenada entre interesses norte-americanos e um grupo de representantes políticos da estreita elite financeira brasileira, conforme a história pouco a pouco se incumbe de mostrar.

Marco Aurélio Cabral Pinto – É professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense, mestre em administração de empresas pelo COPPEAD/UFRJ, doutor em economia pelo IE/UFRJ. Engenheiro no BNDES e Conselheiro na central sindical CNTU

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

11 Comentários

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  1. O Brasil….

    Por que o Brasil precisa ter preços de combustíveis maiores que os internacionais? Por que precisam ser iguais? Somos grandes produtores de combustiveis tanto minerais quanto renováveis. Outros países com nosso potencial economico e populacional são importadores. Nossa renda per capta é menor que todos eles. Por que os combustiveis não são muito mais baratos, o que alavancaria toda a cadeia produtiva? Por que não somos soberanos nem na condução da nossa politica economica? Tabuleiro de Xadez é uma descrição precisa do Brasil. Mesmo nascido Rei ou Bispo, insiste em ser peão ou cavalo.

      1. Vassalagem

        Os possíveis “reis” do pais, preferem se “avassalar”, do que tomar as redeas da nação. A postura da elite paulista é insuportável. Sindrome de vira latas, somada a “macaquice aos costumes americanos.  

        1. Elite paulista?  Há decadas o

          Elite paulista?  Há decadas o controle do petroleo brasileiro está em mãos cariocas e nordestinas, não tem paulista nessa area, nem Ministro de Minas e Energia, nem Petrobras, nem Furnas, nem Itaipu, nem Chesf, nem Transpetro.

    1. o….

      “Um mendingo sentando num baú de ouro” foi a descrição dada ao México. Imagina o Brasil? “Rei e Bispo”, somos todos nós, é o Brasil. Maior produtor de ouro do séc XVII, financiou a Revolução Industrial Inglesa. Nossa mina de ouro, 3 séculos depois, é o petróleo e outras centenas de possibilidades e riquezas naturais, faremos a mesma cosa. Que evolução!!! Todo este potencial, toda esta riqueza será administrada por interesees estrangeiros mantendo a estrutura das nossa elites, enquanto se perpetua o país no atoleiro do atraso e da miséria. Enquanto continuamos nas nossa discussões rasas nos enganado, fantasiando inimigos ilusórios, crendo ser isto democracia.  

  2. taxa de consumo x taxa de geração

    É inegavel que esta “pausa” no consumo do petroleo tem origens geopoliticas e resultante da crise de 2008 que ainda não foi superada. Mas existe outro fator que o leitor deve levar em consideração:

     

    – Quimicamente dizendo, o tempo para gerar produzir e acumular uma certa quantidade de energia sustentável  é infinitamente menor do que o tempo para liberar a energia que e o uso do petroleo oferece. A energia no petroleo é uma energia que foi acumulada durante bilhoes de anos tendo como supridouros o Sol e a energia nuclear do centro da Terra, ou seja, são enormes acumuladores que foram carregados durante bilhões de anos.

     

    – A rápida velocidade com que a humanidade expandiu foi por causa do uso destas economias, desta poupança. Queimamos em 100anos aquilo que demorou bilhões de anos para ser acumulado. 

     

    Para ter-se uma idéia deste desbalanceio basta imaginar um avião a jato comercial (peso  x potencia) e um avião com o topo de tecnologia usando energia solar. O avião a jato comercial leva centenas de pessoas e toneladas de carga a atravessar o Atlantico em algumas horas enquanto o avião solar mal consegue carregar o seu próprio peso e de mais um piloto e fazer a viagem em. digamos, dias.

     

    -Pela razão exposta, os pacifistas e ecologistas podem pensar ingenuamente que a humanidade substituirá o uso do petroleo por energias sustentáveis sem grande mudanças sociais mas, é pura inocencia. Sem uma mudança RADICAL na forma de vivermos estaremos fadados á extinção!

     

    1. Parte do que vc diz em um gráfico

      Lembre que a exploração mundial do petróleo já passou de seu ponto máximo. Existem poucas grandes reservas a explorar. Brasil entrou no jogo. Olhe agora o gráfico e imagine o que pode acontecer com a população mundial em mundo onde o petróleo será escasso. 

  3. Debate importante para o futuro próximo do Brasil.

    O assunto petróleo no Brasil foi interditado pelas forças impulsionadoras do golpe de 16. Entretanto não deixou de ser crucial para nosso futuro. Os governos Lula e Dilma apostaram que a descoberta do pré-sal pudesse implementar crescimento econômico através do incentivo a nacionalização de bens da indústria, e do controle da crescente produção através do braço governamental representado pela Petrobras, e ainda pela direção dos recursos gerados majoritariamente dirigidos a educação e saúde. Vencido o governo, os atuais dirigentes se preparam sem discussão apropriada cancelar todas as iniciativas anteriores e dirigir a exploração para forças do mercado internacional, com mínimo controle, atendendo imposições de um neoliberalismo radical. Direções políticas antagônicas que não deveriam ser tomadas sem consentimento do povo. Se pensarmos em democracia, talvez esta venha ser a agressão mais violenta que poderemos assistir.

  4. Proposta de misturar Sistemas de Partilha e Concessão

    Caro Nassif

    Se forem feitos aperfeiçoamentos no Sistema de Partilha fazendo-o um misto de Partilha e Concessão creio ser possível fazer com que [1] o Patrimônio Líquido da Petrobrás refletisse contabilmente um valor mais próximo do real fazendo a relação Dívida Líquida/EBITDA retratar a situação real da empresa e revertendo o seu atual baixo grau de crédito pelo mercado; [2]seja minimizada a possibilidade de judicialização durante a operação dos consórcios; [3] em um contrato de 30 anos haja interesse de todas as empresas consorciadas a manter a operação sem interrupção e mantendo o fluxo de caixa resultado da extração para cada uma das empresas, inclusive para a Petrobrás/Petrosal desde o início até o final da exploração contratual; [4] seja contornada a discussão ideológica por o novo modelo ser justo para a Petrobrás e empresas consorciadas em cada campo; [5] o PL 4567 seja retirado de pauta para substituí-lo por outro que preveja que a União ceda a Cessão Real de Uso à Petrobrás/Petrosal de 100% das reservas e que em cada licitação 70% sejam direitos da Petrobrás e 30% licitado e previsão contratual de que 50% da produção fique com a Petrobrás e 50% divididos proporcionalmente de acordo com a participação de cada consorciada nos direitos aos 30% das reservas.

    A título de exemplo, com a cotação de hoje 28 de setembro de 2016 da taxa de câmbio (3,247 R$/US$):

    O Patrimônio Líquido da Petrobrás passaria a ser de 1,235 trilhão de Reais (347 bilhões de Patrimônio Líquido atual somado ao valor de 70% das reservas de 46 bilhões de barris de óleo equivalente, ou seja, somado a 46×0,7×8,5×3,247 = 888,7 bilhões de Reais); e o valor dos 30% das reservas para uso das petroleiras consorciadas seria hoje de 117,3 bilhões de dólares que poderiam, após rateados conforme a participação de cada consorciada nos 30% licitados, ser somados ao patrimônio líquido de cada uma.

    A política de conteúdo nacional pode ser aperfeiçoada, e deve ser, tendo como exemplo a maneira como foi feito na área de equipamentos de geração de energia eólica.

    A substituição dos royalties por um mecanismo de repasse para os entes federados e municípios poderia partir dos valores com data base definida por negociação e tendo uma trajetória decrescente ao longo do tempo e flexível ao ponto de contemplar a receita tributária ligada a empresas da cadeia de fornecedores de equipamentos da indústria de óleo e gás.

    Creio que o esboço acima é um esqueleto, um boneco, a ser avaliado.

    A pressa em aprovar na Câmara dos Deputados o PL 44567 é, no mínimo , um risco muito alto considerando o que está em jogo; uma oportunidade única de desenvolvimento [área atual do pré-sal de 1.523 km²; 136 poços perfurados sendo 79 em produção e 57 de exploração; produção de 2,2milhões de barris por dia]

     

     “Se a Exxon produz 2,1 milhões de barris de petróleo por dia, a Petrobras já está produzindo 2,2 milhões. Se a Exxon tem 25, sei lá, 30 bilhões [de barris de petróleo de reserva], a Petrobras vai ter 46×0,7=32,2”.

    Engenheiro José Bráulio

  5. No final do depoimento do

    No final do depoimento do Eike Batista, ( aquele incriminando o Guido Mantega)na altura de 47:35 até 48:50, o Eike Batista declara que tem informação de um executivo da Shell que o petroleo do pré sal custa apenas U$ 7,00 o barril, e não os U$ 30,00 propagados por todo mundo.

    Esta parte do video tem que ser divulgada!

    O pré sal vai ser doado como foi a Vale!

  6. Caro Luis Nassif 
    No segundo

    Caro Luis Nassif 

    No segundo semestre de 2014, fui convidado pelo vereador Paulo Bearari de Birigui a dar uma palestra sobre energia para os filiados do partido. Preparei-a com dados do Sistema Elétrico Paulista com dados e fotos das UHEs e Sistema de Transmissão em várias tensões e com as SEs principais e , após esta introdução passei ao Sistema Integrado nacional do qual o Sistema CESP é parte para, afinal, falar sobre a Petrobrás.

    Tive oportunidade de explicar o que havia sido a base da dinamização da economia na minha visão (criação de empregos com carteira assinada, política de valorização do Salário Mínimo e investimentos do PAC e Petrobrás). Para o futura falei da importância do Pré-Sal, e das indústrias ligadas diretamente com a exploração do petróleo e gás, aliada àos BRICS e seu Banco de Investimento e Fundo de Reservas para uso dos componentes dos BRICS quando necessário, e enfatizei que nada disso era de interesse dos Estados Unidos da América, pelo contrário, representava um perigo para a grande potência do Norte, insisti na possibilidade dos EUA fazerem tudo ao seu alcance para evitar o conjunto acima.

    Uma assessora de deputado federal por São Paulo, passou por mim no final e disse, vim por saber que você iria explorar fundo o assunto.

    Hoje vejo que não estava errado na previsão [não se trata de genialidade, longe de mim querer dar esta impressão a mim mesmo], são anos de leitura, estudo e trabalho como engenheiro eletricista. Para isso fui, aos poucos, montando uma bibçioteca de uns 4 mil bons livros de todas as áreas e sempre lendo e estudando tudo que se mostrava necessário aprender para seguir em frente fechando lacunas.

    Mas o GOLPE tem origem em ações de corporações com interesses e objetivos identicos aos, ou “testas e mãos de ferro”, do Departamento de Estado norteamericano e origem interna ao Brasil em suas instituições/corporações e nos 3 poderes. Creio que esses dois vetores partiram para o ataque com um meio de campo eficiente com a MÌDIA oligopolizada  [PiG como nominada pelo Paulo henrique Amorim] e com movimentos prontos e treinados: o MBL, o Vem pra Rua e Revoltados Online e similares

    Com os erros da minha querida esquerda inviabilizando-lhe a força e as condições para se defender, após não ter ido para o ataque também, o jogo só surpreendeu pelo resultado tão fácil (pois facilitado) como o 7 a 1 da seleção alemã sobre a fraqueza canarinha apesar de alguns craques. Política e futebilisticamente perdemos por erros parecidos ou que guardam uma analogia que pode se estender ao tabuleiro de xadrez.

    Estou com quase 64 anos e vou para o sétimo neto. Como você acha que poderemos começar uma nova partida se as peças do centro e do flanco esquerdo estão cambaleando desnorteadas?

    engenheiro José Bráulio

     

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