Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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O que esperam, bostinhas? Quem sabe faz a hora, não espera acontecer, por Rui Daher

O que esperam, bostinhas? Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

por Rui Daher

A hora aconteceu. O governo ilegítimo está caindo de podre. Deveria estar escrevendo minha coluna sobre agropecuária e suas integrações para ser publicada no site de CartaCapital, terça-feira. Desisto. Quem sabe amanhã estarei menos furioso e, cinco da matina, cumprirei minha obrigação com os editores? As ideias sobre a repercussão dos prejuízos da paralisação sobre meus negócios são claras, mas no momento o político é claríssimo e vital para o futuro do país.

Desde 2016, quando do impeachment de Dilma Rousseff, leio e ouço companheiros de esquerda a chafurdar a fossa da impotência. Quem de vocês, no estopim dos transportes, prolonga os fatos para derrubar o governo golpista?

Artigos racionais, ponderados, meio que fora do contexto em que as manifestações se reproduzem, me parecem uma forma de omissão. Sei, grandes scholars, pré-candidatos à Presidência, sem Lula, parecem, todos, com medo de se manifestar. Quem sabe de seus umbigos, se não eles mesmos.

Porra, o que esperam para ocupar Paulista, Cinelândia, espaços de protestos em todo o Brasil, a favor de quem já engatilhou as AK-47 para nós?

Ô Chico, Ana Cañas, Jânio de Freitas, Luís Nassif, Chico César, toda a intelectualidade, montem seus palanques. Chauí, explique nossa covardia, pois eu não aguento mais ficar em casa discutindo se amanhã haverá combustível para eu ir ao trabalho.

O buraco é mais embaixo. Trata-se de desconstituir o governo ilegítimo.

Nesses últimos cinco dias, onde está Moro nos holofotes? Voltarão a falar dele, quando os caminhoneiros abriram todas as verdadeiras vulnerabilidades do País?

O que poderão fazer os lábios grossos de Gilmar, Mirian e FHC, diante do momento social? Sim, por que não me venham com papo de Federações e peleguismo? Pouco valeram, para a democracia social.

Lido com eles diariamente. Trabalham para caralho! Minhas cargas estão retidas no porto de Santos e para o interior do Brasil. Foda-se! Mais do que isso, não posso fazer. Em nome de um País nacional desenvolvimentista, mais não posso fazer. Estou com quem luta contra uma economia produtiva engessada pelas franjas do rentismo. E vocês, aí, discutindo legalidade, ouvindo Jungmann em sua imbecilidade exposta no pudor do Partidão, que até ele, como o caquético Roberto Freira, traiu?

Espero que saibam bem usar o estopim caminhoneiro, seja lá suas razões, politicamente ou não, deram o estopim para a nossa revolta.

Sua inviabilidade é a mesma do que a nossa.

Apoiem-nos nas ruas e nos textos anódinos. A Globo está feliz. Vocês, também?

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

31 Comentários

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  1. Xará, o problema não é a deposição do Temer, é o seu substituto

    Derrubar o Golpista e colocar quem eu seu lugar?

    As coisas estão do jeito que o Diabo gosta. Ruim com Michel, péssimo sem ele.

     

    Enquanto isso, o ‘nosso objetivo é gerar valor para os acionistas no médio e no longo prazo’ e não abastecer o país.

  2. é pouco!

    “O buraco é mais embaixo. Trata-se de desconstituir o governo ilegítimo.”

    Realmente, sr. Rui o buraco é mais embaixo. Desconstituir o desgoverno golpista é POUCO!

    Tem que vir acompanhado da imediata libertação do Lula. E do Dirceu. Fora disso nada muda.

    Demorou para as oposições parlamentares RENUNCIAREM à farsa golpista e vir para rua liderar o povo.

    O que estarão esperando? Que a 4ª frota e a globo o façam?

  3. O que….

    A inteligência retornou. Dar ouvidos a quem tem a cultura, mas também a bagagem, a rodagem, aquilo que se adquiriu com Andanças Capitais. Nada mais sensato. Caro sr., é fim do Getulismo, esta excrecência que tirou o Poder do Povo, levando a um Estado Abolsutista de Eleições Obrigatórias. Como estamos vendo, eleições que nada representam. Ditadura de Federações, onde repugnantes OAB’s da vida sempre navegaram. Agora TCU quer fiscalizar OAB? Septuagenário atraso, não é mesmo? OAB não é CBF? Não enxergam? Sabemos. Não enxergaram, também,  o Tsunami de Caminhões que arrastava o Povo Brasileiro junto. Os tais ‘Representantes do Povo’ correm feitos baratas tontas (como dizia minha sábia avó). De nada adianta. Já foram atropelados. E não venham com estória de contra-golpismo, que Academicismos e Ilusões Esquerdopatas, também nunca foram a solução. Esqueçamos a farsa das Refinarias para Gasolina e Diesel. Álcool, que agora virou Etanol que é mais barato que produzir pinga. Quem tem alambique ou já viu um, sabe muito bem. Num país como o Brasil, deveria se lavar carro com Álcool. De tão barato que custa pra produzir. E Cardeal sabe o que Coroinha fala. É o tomate que vive a 50 ou 80 centavos o quilo. E quando chega a 6 reais, por algum contratempo, vira uma Calamidade Nacional. O normal e histórico é não ter preço algum. O Álcool nas Usinas do interior de SP ou PR é isto. Mas como vira tamanha extorsão como Diesel, Gasolina ou Gás de Cozinha?  Tendo que SUSTENTAR os 4. 500 reais de todos Auxilios da Elite Pública mais o Auxilio-Moradia do Judiciário sobre os 26.000 reais de Salário-Base dos Representantes do Povo. E mais 57.000 Vereadores e toda Corja Parasitária de Assessores, que tal Constituição Cidadã colocou sobre o ‘leite das crianças’, sobre o Diesel e Álcool. O acrescimo do Combustível tem que sustentar os 1,7 bilhão (Hum bilhão e setecentos milhões de reais) que será distruibuido aos Partidos Políticos, “para nos representarem” nas Eleições/2018. Sai do preço dâs tarifas de ônibus, do feijão e da gasolina os 550 milhões (R$550.000.000,00) de reais para esta eleição. E todas restantes a cada dois anos. 40 anos farsantes só aumentaram este absurdo. Canalhice se fingindo de Redemocracia. Pobreza é Politica de Estado. Quem desceu no Aeroporto da Anistia de 79, não venha agora fingir que é parte da solução. Na Anistia de 70, a Petrobrás era 100% Nacional. E a ditadura e falta de representatividade a raiz de todos nosso problemas. Também sabemos.      

  4. Também estou passada com o

    Também estou passada com o falta de reação do PT, dos progressistas, dos intelectuais, das frentes disso e daquilo e do diabo a quatro. Poxa vida, não tem como tirar o Pais do buraco com esse comodismo e o medinho do golpe militar. Então, a direita vai sempe fazer seus golpes e a esquerda ficar se fazendo de vitima sem ir verdadeiramente à luta ^porque “os militares podem dar um golpe”. E o golpe do rentismo e da privatização que estamos vivendo???

  5. Sonhei que o povo invadia

    Sonhei que o povo invadia Brasilia e destruia tudo o que existe por lá, a começar pelo poder judiciário. Em seguida a sede do poder era transferida de volta ao Rio de Janeiro, de onde nunca deveria ter saído, com todo mundo novo nos três poderes.

  6. Por uma questão de

    Por uma questão de princípios, a esquerda não vai defender nunca que uma tropa armada (civul ou militar) invada o palácio do planalto e tire o vampirão à força do cargo. Já a direita não tem nenhum problema em sugerir isso.

  7. Greve Geral já

    Parar o restante do Brasil agora é sopa no mel.

    Parar tudo e politizar o movimento que tá aí prontinho, é só ir pegar, ampliar e apontar direção.

    O governo golpista está por um fio, falta um esbarrão que se esborracha e não levanta mais, e a globo perdeu o tempo, por todos os motivos, até por ser “cumunista”, é odiada.

    “Ah, mas será o caos, os militares podem tomar o poder, e isso é aquilo….”

    Isso e aquilo e caos e milicos, já é.

    O bonde tá passando.

     

  8. A inexistência de liderança

    Neste contexto todo, ausente está a liderança política.

    Quem – entre todos os políticos e mesmo empresários – podem se dizer que tenha liderança necessária para lidar com este momento terrível que estamos atravessando?

    Podem dizer o que quiserem, Lula poderia reverter a situação, com diálogo, pois é o único líder ainda em nosso País, mesmo aprisionado por aqueles que buscam a alienação total de nossa soberania.

    A esquerda perdeu a sua voz, que se encontra detida,  para que pudessem tomar o nosso País.

    A esquerda não tem, como se vê líder.

    Talvez, uma palavra dele, Lula, neste momento poderia ser a solução para um impasse que está demorando para ser resolvido e que nos levará, sem dúvida, ao maior prejuízo à economia e ao povo brasileiro em todos os tempos.

  9. Caro Daher, o verdadeiro

    Caro Daher, o verdadeiro Brasil, demorou, mas saiu do armário. Infelizmente é o que se vê.

    A “esquerda”, boa parte dela caiu direitinho na farsa da Lava Jato, cujo combate à corrupção é “para inglês ver”.

    A ideia sempre foi tirar o PT do caminho e seus principais líderes. Agora fica o vazio. E um grande embrulho pela frente.

    Dessa vez nem os militares sabem o que fazer, o que pode ser bom por uma lado, mas uma verdadeira tragédia por outro.

    Viva a RedeGlobo, o Departamento de Estado e seus coxinhas amestrados.

  10. Não fale assim do stf…, coitado.

    É inapropriado, por mais razões que tenhamos, se referir ao stf como bost… Não.

    Façamos críticas mais gentís ainda que ele seja o maior responsável por tudo isso.

  11. Carta aberta a Rui Daher.

    Caro Rui, “eles venceram e o sinal está fechado para nós”, que nem somos tão jovens assim.

    Desculpe a intromissão prolixa e redundante, mas o tema é amplo e vasto.

    Vamos a ele:

    Desde que o capitalismo se olhou pela primeira vez no espelho, e seus donos se deram conta de si mesmos, eles entenderam a dramática contradição a que estavam expostos:

    – a desigualdade era motor da História da Humanidade e agora, do Capitalismo, e ao mesmo tempo, a sentença de morte de cada etapa evolutiva da História.

    Marx e sua categórica descrição da história como sendo a história das lutas entre as classes, podemos dizer, segurava esse espelho!

    Sabiam desde o começo que para postergar sua hegemonia, além de travar a luta intestina entre si pelo poder, suprimindo concorrentes, seja nas “guerras comerciais”, seja até nas guerras propriamente ditas, tinham que controlar TODOS os aspectos da vida social e da mediação política, uma vez que tais instâncias poderiam permitir aos trabalhadores e as classes não proprietárias manifestarem suas insatisfações e projetos alternativos de poder, e claro, ganhar o poder.

    De um lado e de outro, havia ainda as armas de natureza econômica, no controle das elites dos meios de produção e do valor das coisas e dos salários, e no outro lado, os trabalhadores respondendo com a paralisação das cadeias produtivas, negando ao capital a compra da força de trabalho, até então insumo principal no processo acumulativo.

    Sabemos que a busca por esse controle construiu as noções que temos de estamentos vários, os jurídicos, os de comunicação de massa, as instituições estatais ou não (escola, igreja), lazer, cultura etc.

    No entanto, havia um entrave aparentemente instransponível: a medida que avançavam na melhoria das condições gerais dos trabalhadores, mais e mais esses queriam melhores condições, e claro, poder político para determinar e subordinar os estamentos estatais e não-estatais aos seus  interesses coletivos.

    Assim como mesmo que levando a Humanidade a geração de riquezas de larga monta, mais e mais os capitalistas queriam mais e mais riquezas, cada vez nas mãos de um contingente menor de capitalistas.

    Claro que esses processos acima descritos nunca foram lineares, mas de certo modo, sabemos dizer que toda vez que essa mediação política chamada de “democrática” ou “representativa” não mais conseguia conter os anseios da classe trabalhadora, vieram rupturas ou golpes ou guerras.

    A escalada nazifascista é exemplo notório, assim como as revoluções russa, chinesa e cubana, houve uma fratura da aparência de normalidade, ainda que saibamos que normalidade é só uma aparência mesmo.

    As grandes guerras, idem.

    O fato é que diante da certeza de que as entranhas do capital pariam seu próprio fim, os capitalistas elaboraram um intrincado sistema capaz de atingir o âmago da resistência anti-capitalista, que de acordo com a maturidade histórica de cada sociedade envolvida, alcançou mais ou menos sucesso.

    A cada passo do capital rumo a globalização que assistimos hoje, mais e mais golpes foram dados na internacionalização da luta anti-capital, reduzindo-a a arquétipos como temos no Brasil, representado pelo PT e aliados.

    Os temas globais da luta anti-capitalista, como posse da terra/imóveis/território, fluxos de capitais, etc, todos eles foram transformados em dogmas inalcançáveis ao debate político ou a regulação estatal, e cada tentativa de apropriação ou disputa dessa agenda política sobre esses temas foram fragorosamente criminalizadas (como o MST) e derrotadas com intensa fragmentação.

    Assim também se deu com os partidos de esquerda e sua histórica relação com os movimentos dos trabalhadores.

    Não te parece engraçado, Caro Rui Daher, que nós mesmos passamos a condenar, aceitando o rótulo do “aparelhamento”, a transformação das lutas econimicistas trabalhistas em pautas mais amplas de caráter geral e político, confinando a luta dos trabalhadores a chamada “liberdade sindical”, quando é justamente isso que fazem os donos do capital com o movimento trabalhador, ou seja, se apropriam de tais movimentos negando-lhe sua essência política?

    Pois é.

    Esse processo não é novo, sabemos, mas o fato é que não bastou desmembrar as articulações entre movimentos econômicos-sindicais e os partidos políticos de esquerda, mas a medida que houve a sofisticação das formas de exploração, e os vínculos entre capital e trabalho ficassem mais rarefeitos (como hoje), foi necessária também uma atualização na forma de combater a luta dos trabalhadores, uma vez que o surgimento de partidos de caráter cada vez mais amplo e permeável aos anseios sociais (como o PT) poderiam reacender a chama da articulação trabalho e representação política.

    Foi assim que passaram a desmontar o PT logo lá em 89, quando ficou claro, ainda que formalmente derrotado, o potencial de sua mensagem.

    Desde então deram início ao projeto de industrialização da representação política e dos processos eleitorais, associado a rede de comunicação de massas (a a indústria do marketing político), o judiciário e a ação legislativa conservadora, e claro, a ditadura do pragmatismo.

    Primeiro aceitamos sem pestanejar a ideia de que haveria de ter uma justiça especial a tutelar o processo político: nasceu o monstro chamado justiça eleitoral.

    Passo a passo, a justiça eleitoral e suas normativas com força legislativa indevida (mas nunca questionada) deu contornos a segregação dos processos eleitorais dentro de estúdios de TV e o tempo de propaganda  (outra moeda de troca que passou a ter peso essencial nas disputas), retirando das ruas e dos partidos a inciativa de abordagem do eleitor e enfim, do debate pedagógico que é possível em eleições.

    Junto com isso, a agenda negativa da mídia achincalhando dia sim, outro também a ação política e os políticos.

    Combustível para criminalização estava pronto, faltavam meros detalhes. A lava jato não é ação inédita no mundo, nem é surpresa para quem observa de forma mais atenta.

    A diminuição os estagnação das representações parlamentares, apesar do aumento demográfico foi outro fator, gerando ou aumentando desproporções representativas da federação que já existiam.

    Faltava a adesão do PT.

    E o PT aderiu, não quando emitiu a Carta aos Brasileiros, nada disso.

    O PT se matou quando decidiu abolir seus processos internos de representação para adotar as eleições diretas internamente, castrando boa parte da vida política que pulsava dentro de si, e que se não eram ideais, sim tenho muitas críticas aos processo decisórios tocados dentro das “tendências”, o fato é que a mera transição de um polo ao outro sufocou o partido, pela “compra” da noção equivocada de que simples sufrágio “universal” é sinônimo de democracia (interna).

    Essa adesão concentrou ainda mais o poder, que saiu das mãos dos “capas das tendências” para quem detinha mandato ou cargo político, e que nem sempre, ou quase sempre, impunha uma lógica pragmática atendendo primeiro a necessidade de ter votos, ao invés de debater a melhor forma de influir politicamente na sociedade, e claro, ter votos.

    E mais:

    Sepultou o que restava de laço orgânico com os movimentos sociais, mormente os sindicais, transformando aquele imenso capital político e social em apenas intenções de votos.

    Esse processo foi o desenrolar de um atnigo debate (falso aliás) entre ser um partido de massas ou de quadros.

    Não raro os debates eram abortados quando um portador de mandatos ou votos (nem me refiro a Lula) interditava opiniões contrárias com o argumento de que aquele debate em si não resolvia nada, porque o que contava era ter voto e atender os anseios da comunidade.

    Só que atender os anseios virou se submeter a tais anseios e renunciando a qualquer disputa pela mudança desses anseios.

    Foi o início do fim.

    Eu lembro que “militante profissional”, aquele que tinha alguma merreca para se dedicar a ação política passou a ser xingamento, ofensa, um demérito da ética do mercado que foi assumida dentro do PT, e matando uma mão-de-obra que podia fazer aquilo que deixou de ser importante, e hoje se mostra crucial: fazer política.

    Como tolos, fazemos issso hoje de graça e FORA DOS PARTIDOS, e para alimentar os algoritmos daqui da rede, mas sem resultado algum na vida orgânica, ou quase nenhum!

    Estamos livremente presos!

    É a prisão na qual nos encontramos hoje, muito mais severa que a de Lula.

    Se em 1980, ou em 1990 poderíamos ainda sonhar com alguma interlocução com rodoviários ou caminhoneiros, ainda que de forma minoritárias nas “oposições sindicais”, hoje não temos nada!

    O PT e as esquerdas hoje são incapazes de qualquer movimento ou gesto que dê a pauta aos movimentos sindicais quando isso se faz urgente ou necessário.

    Exagerando eu posso dizer que talvez a FIESP esteja mais articulada aos movimentos sindicais hoje que nós, a esquerda. 

     

    Agora, quando o capitalismo e os capitalistas prescindem, ou quase prescindem das relações trabalho X capital como conhecemos, e como resultado direto disso, prescindem das formas representativas e chamadas “democráticas” de mediação política, ficamos “pendurados na brocha”, com cara de “cachorro que caiu da mudança”.

    Essa transição histórica, Caro Rui, nós perdemos.

    Quem sabe na próxima parada?

  12. Também me aflijo, Rui, e me

    Também me aflijo, Rui, e me angustio. Só consigo habilidade suficiente para aplacar esses sentimentos quando vou não num ashram Hare Krishna ou no templo budista de Monja Coen e sim às reuniões  públicas do PCB, às manifestações como a Marcha da Maconha, coisas que não passam na TV.

    Sei que há muito de subjetivo na impressão de que uma reação está sendo construída por “muita gente”, só porque nesses espaços há bastante gente. Mas não vejo outra forma de aplacar minha angústia. Além do que, estando nesses eventos já resulta em muita gente + 1, né? 😉

  13. Comentários…..

    GREVE GERAL

    em apoio aos caminhoneiros

    “..saibam usar o estopim…!” 

    A direita e os fascistas nadando de braçada

     

    1. Destruir a Amazônia em Barcarena dará prisão aos Noruegueses?

      Existem opiniões e visões da Nação que devem ser conhecidas e outras que não? 40 Redemocratas e não sabem por que chegamos a esta tragédia? O Brasil se explica. abs

  14. Cuidado com as ciladas e cascas de banana lançadas no caminho!

    São compreensíveis a indignaçao e revolta de Rui Daher. Entretanto a Esquerda Esclarecida, sobretudo suas lideranças, devem ser cautelosas para não escorregar nas cascas de banana e cair nas ciladas armadas pela direita golpista, oligárquica, plutocrata, escravocrata, cleptocrata, privatista e entreguista. Basta analisar o que ocorreu em 1954, 1961, 1963-1964 e 2013-2016, no Brasil, em 1973, no Chile, o que ocorreu em Honduras, Paraguai e  Argentina nesta década, o que ocorre na Colômbia e na Venezuela, as chamadas “primaveras árabes”, etc., para se constatar que há mais de uma década o Brasil vive sob guerra híbrida. Essa guerra teve início e 2005, com a farsa/fraude do chamado “mensalão do PT”, foi intensificada em 2013, nas chamadas “jornadas de junho” e levada e a termo a partir de 2014, com a TOTAL cooptação do sistema judiciário pelo alto comando internacional do golpe(que fica nos EEUU), a deflagração da Fraude a Jato, a derrubada do governo eleito por meio de um golpe midiático-policial-judicial-parlamentar, o qual levou ao desmanche do Brasil, que vemos se agudizar agora, com essa “greve/locaute” dos caminhoneiros e empresas de transporte.

    A Esquerda Brasileira JAMAIS foi ou é revolucionária. Como disse e escreveu Lênin, há mais de um século, não se faz revolução sem povo, sem armas e sem dinheiro/recursos materiais. Nem quando formalmente conquistou parcela do poder político nacional (a presidência da república) a Esquerda Brasileira teve, de fato, o comando e a simpatia do braço armado estatal; O Ex-Presidente Lula, a Presidenta Dilma, o PT, os líderes e parlamentares desse partido e de outros da Esquerda foram apenas tolerados pelos donos do poder real e pelo braço armado estatal. Se a presidenta Dilma tivesse a lealdade e o comando sobre as FFAA, não teria sido deposta da forma canalha como vimos.

    Essa “greve/locaute” dos caminhoneiros e transportadoras guarda muitas semelhanças com outras bombas semióticas e técnicas de guerra híbrida, usadas, pela inteligência dos EEUU, para derrubar governos, desmontar projetos de governo e de país, que não sejam alinhados e submissos aos interesses econômicos e geopolíticos estadunidenses, apropriando-se de riquezas e setores estratégicos dos países “invadidos” e dominados. É exatamente isso que ocorre no Brasil pós-golpe e mesmo antes, desde os governos neoliberais, privatistas e entreguistas de Fernando Collor e  FHC. A Esquerda Brasileira não tem maioria parlamentar, não tem recursos nem apoio das FFAA;sendo assim, como ela poderá se aventurar e instigar o povo a ir para a rua, enfrentar canhões, tanques, cavalaria, bombas de gás lacrimogênio, cassetetes, balas de borracha e reais? Se fizere/ssem isso, as lideranças de Esquerda cometerão/riam um  grave  erro, alimentando as feras, que desejam fechar o regime e cancelar as eleições. 

    Dois outros articulistas do GGN analisaram o problema com maior profundidade: Wilson Ferreira e Paulo Endo, cujo artigo pode ser lido em https://jornalggn.com.br/noticia/qualquer-movimento-que-se-dobre-a-um-pedido-sobre-intervencao-militar-se-desmoraliza-por-paulo-endo

  15. Não me leve a mal
    Rui, querido, compartilho de sua indignação mas o problema de a oposição ir às ruas é que há cansaço generalizado, não apenas das lideranças mas da população. O país vive em sequência do que chamarei de “traumas” desde 2013, quando o direito legítimo de manifestação, em que a confiabilidade em sua potência de transformação e em sua honestidade – em todos os sentidos da palavra -, foram frustrados pelo que resultou no Golpe.
    Está assim no mundo todo, onde manifestações intensas foram um tiro pela culatra: EUA dos Occuppy foi desocupado com o agente laranja Trump, no Egito da primavera árabe imerso num rigoroso inverno autoritário, na tradicionalmente rueira França com o MacroNeoliberalista, a ultradireita que se fortalece social e eleitoralmente em todo o mundo. O povo está cansado. A esquerda não tem projeto unificado a apresentar e se for às ruas para protestar, e só, pode desgastar ainda mais sua imagem diante de uma população incrédula e exausta.
    Objetivamente, nesse momento, como estamos na fase do golpe dentro do golpe em que há a possibilidade de se aproveitarem do caos para impedir eleições e fazerem um acordo dentro do Grande Acordo Nacional – assim como usaram Cunha e o abandonaram na cadeia, o Ilegítimo também já passou da validade para os interesses do golpe e arrisca o projeto de sua continuidade via um candidato da frente golpista – optar por tentar derrubar um desgoverno já acabado pode jogar água no moinho da centro direita que já se movimenta no Congresso.
    O que eu acho que deveria ser aproveitado o momento pela esquerda para atacar essa estratégia de disputa interna entre os golpistas é ir às ruas e às TVs e rádios – não têm direito a horário os partidos? – para explicar, didaticamente, o que o caos atual significa como resultado do golpe e para o futuro do país, e para reforçar na população a consciência e a confiança de que apenas eleições livres, diretas e justas podem nos tirar dessa situação. Assim, se enfraquece a possibilidade de que o golpe seja mantido e agravado com outras tentativas de minigolpes de intervenção militar, junta provisória eleita indiretamente por esse Cocôngresso – até aprovaram no senado uma medida com essa pretensão, ratos que não dormem no ponto – ou mesmo eleições de fachada, com o judiciário fazendo sua parte no Grande Acordo Nacional e impedindo candidatos que ameacem a persistência do golpe em andamento.
    Todos às ruas, concordo com você, por eleições livres, justas e diretas, com a participação de Lula e de todos os outros, e pela conscientização do povo sobre o que está em jogo, do que essa paralisação é só a ponta do iceberg e não pode se correr o risco de virar um novo 2013, um outono invernal sem fim.

    Com pressão popular para impedir medidas de pirataria de fim de feira – a liquidação de todos os ativos possíveis para fazer dinheiro, como o confisco do fundo soberano e as privatizações – esse desgoverno deve chegar ao fim no fim do ano, pois temo que qualquer tentativa de abrevia-lo agora seria na verdade a prorrogação do golpe pelas mesmas mãos invisíveis que mantiveram a camarilha no poder até agora.
    Nossa indignação e desejo de luta são como flechas que não podemos gastar deixando-se explorar ingenuamente por quem nos tem na mira enquanto sequer sabemos com exatidão quem são e onde estão para darmos o tiro de misericórdia.
    O cansaço e a descrença que se vêem agora são resultado do estresse por fadiga sobre a disposição de luta e de acreditar que apenas ir às ruas é suficiente para mudar um país pra melhor: infelizmente, as vezes em que isso aconteceu foi uma voluntária e vergonhosa operação cavalo de Tróia, cujo resultado é esse estado de desamparo, desespero, desabastecimento, não só de produtos, mas de energia para lutar com estratégia e confiança de que não seremos traídos no meio do caminho.

    Tenhamos fé e paciência para agir na hora e da maneira certa.

    Sampa/SP, 28/05/2018 – 14:11 (alterado às 14:16, 14:32, 14:44 e 14:50).

  16. Pois é, Rui. Fica para outro dia, outra hora. Quem sabe…

    Eu, por mim, e que seja só por mim mesmo, continuo nas ruas e nas estradas. A camisa vermelha, por enquanto, embaixo de uma outra qualquer, só por enquanto.

    Mais um Vandré

    [video:https://youtu.be/iKooxB0E7UQ%5D

    Pátria Amada Se é pra dizer adeusPra não te ver jamaisEu, que dos filhos teusFui te querer demaisNo verso que hoje choraPra te fazer capazDa dor que me devoraQuero dizer-te maisQue além de adeus agoraEu te prometo em pazLevar comigo aforaO amor demais Amado meuSempre seráQuem me guardouNo seu cantarQuem me levouAlém do céuAlém dos seusE além do maisAmado meu,Que além de mim se dáNão se perdeuE nem se perderá

     

     

  17. Linguagem de Boteco: Agora, eu Entendi…

    Grande Rui,

    Eu já imaginava que estava ficando ranzinza.

    O Brasil Explodindo, o Povão ferrado e, os Autores Progressistas redigindo como Candidatos à Academia ABL.

    Esse Comportamento tem Causas Profundas.

    Vai desde algum Rabo Preso ao Receio de Comprometer uma Imagem construída em Décadas.

    Estou redigindo enquanto escuto o Ciro no Roda “Morta”.

    Melhorou BEM.

    Continua falando na Linguagem do Povão e Aprendeu a dizer “Não sei” (Ainda)

  18. DESCULPAS,

    PRIMEIRO POR NÃO RESPONDER IINDIVIDUALMENTE A TODOS OS COMENTÁRIOS, MAS OS LI. SÃO EXTREMAMENTE ELUCIDATIVOS E, MELHOR, POLÊMICOS E TAMBÉM DIVERTIDOS.

    SEGUNDO, TALVEZ EXAGEREI NO “BOSTINHAS”, MAS FOI O TERMO MAIS LEVE QUE ENCONTREI PARA EXPRESSAR O QUE PENSO DO STF, MPF, PROCURADORES, EXECUTIVO, LEGISLATIVO, MÍDIA E, SIM, UMA ESQUERDA QUE ARREFECEU DEPOIS DA PRISÃO DE LULA E TEM NO “MOMENTO-CAMINHONEIRO”, TODOS OS MOTIVOS PARA APOIA-LOS E EXPANDIR O MOVIMENTO ATÉ A QUEDA DE TEMER. DIZEM: “MAS, AGORA, A APENAS QUATRO MESES DAS ELEIÇÕES?”

    SIM, JÁ! HÁ UMA CONSTITUIÇÃO QUE PREVÊ TAL FORMA DE SUCESSÃO. MEIRELLES SERÁ CANDIDATO.

    TERCEIRO: ESTOU APAVORADO COM A POSSIBILIDADE DE ELES ACABAREM COM A PETROBRAS. ATÉ AQUI, TODOS OS DANOS AO NOSSO PATRIMÔNIO ELES FIZERAM NUM ESPAÇO DE TEMPO MUITO CURTO. SÃO RÁPIDOS OS CANALHAS. PRECISAMOS TAMBÉM SER RÁPIDOS. NÃO IMPORTA SE RODRIGO MAIA, CÁRMEN, NELSON JOBIM, JUNTA CIVIL-MILITAR, – ESTES TERÃO QUE PARAR TUDO E NÃO TOMAR MEDIDAS DE GRANDE IMPACTO ATÉ AS ELEIÇÕES – O QUE NÃO SE PODE É DEIXÁ-LOS LIVRE, LEVE E SOLTOS. 

    ABRAÇOS

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