Prudência pragmática na defesa da democracia

“É indispensável que as lideranças progressista estejam muito atentas à importância de não fornecer justificativa para repressão”
 
 
Resposta ao post “Xadrez da volta das vivandeiras dos quarteis
 
Por MAAR
 
Todos os indícios de riscos e retrocessos elencados no artigo em tela evidenciam ainda mais a necessidade urgente de clamar por prudência na defesa da democracia.
 
É indispensável que as lideranças e a militância progressista estejam muito atentas à importância da condução cautelosa de todas as atividades, com o objetivo expresso e eficaz de não fornecer justificativa para repressão. E para isto urge garantir que toda iniciativa popular seja pautada pelo rigoroso respeito aos direitos individuais e à legislação.
 
Neste sentido, fica claro que ações que envolvam bloqueios de vias, ocupações de órgãos públicos e confrontação de indivíduos, grupos ou instituições devem ser amplamente repudiadas e desestimuladas, de modo que sejam realizadas apenas as manifestações e atividades estritamente regidas pelos princípios democráticos.
 
Além disso, é indispensável que as instituições representativas da sociedade civil organizada manifestem veemente repúdio a todos os abusos da repressão policial.
 
Urge promover a ampla conscientização acerca da necessidade extrema de exigir transparência na investigação das graves denúncias de ilícitos praticados por agentes de segurança na repressão de manifestações democráticas.
 
E é indispensável também estar atento às ações de indivíduos e grupos infiltrados em manifestações de esquerda para praticar provocações e vandalismo, a fim de evitar o favorecimento dos interesses vinculados à construção do caos, para impedir a repetição de tragédias tais como aquelas vivenciadas na Ucrânia, na Líbia e na Síria…
 
Por outro lado, é essencial não perder de vista a certeza de que a solução para a crise institucional responsável pelo golpe do impixe só será viabilizada pela via eleitoral, através da construção de alternativas políticas que possuam efetivo compromisso com os princípios democráticos e com um projeto de nação moderno e inclusivo.
 
Assim, sem prejuízo da continuidade da reivindicação de busca efetiva de solução judicial para o absurdo impixe, imposto de maneira inconstitucional, é imprescindível promover o desenvolvimento de mecanismos de debate democrático e de construção da consciência coletiva, pois é no mundo das idéias e dos ideais que se trava a luta mais decisiva, que é aquela que busca, através da informação, conquistar corações e mentes.
 
As perguntas para as quais a população de buscar respostas sustentáveis são referentes à definição de quem serão as pessoas que deverão ser eleitas para substituir os deputados e senadores que fizeram o impixe; quais devem ser as propostas a serrem votadas pelo futuro congresso para resgatar a legalidade e restaurar a democracia, quais as reformas adequadas para reestruturar as instituições estatais com vistas à garantia da estabilidade democrática e do crescimento econômico com inclusão social, quem serão as pessoas e grupos que serão habilitadas para compor um governo que possua efetivo compromisso com a democracia e com a ampliação dos direitos sociais.

26 Comentários

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  1. Discordo.A guerra a
    Discordo.

    A guerra a democracia já foi declarada.

    Não revidar vai apenas atiçar o desejo de sangue dos terroristas de direita.

    Ninguém respeita pacifistas e homens prudentes em tempo de guerra.

    1. LUTA PELA PAZ

      Há muitas maneiras de lutar numa guerra.

      Eu prefiro e defendo a luta epistemológica, filosófica e ideológica, que se faz através do uso dos meios democráticos, do diálogo e da persuasão.

      E vale lembrar que foi a tenacidade pacífica da resistência liderada por Gandhi contra a repressão brutal do império britânico que libertou a Índia do colonialismo, bem como que foi o pacifismo perseverante de Luther King que tornou inevitável o avanço dos direitos da população afrodecendente nos EUA, e foi a militância política e diplomática inspirada por Nelson Mandela que venceu o apartheid na África do Sul.

      Além disso, fato é que a violência física é recurso limitado daqueles que não possuem a força dos argumentos da lógica, da verdade e da dignidade humana.

      Por outro lado, lado urge ressaltar, com máxima ênfase, que aqueles que clamam por sangue, e apelam pelo uso da força, prestam um grave desserviço à causa da democracia e favorecem, deliberadamente ou não, aos vís interesses vinculados ao patrimonialismo indecoroso, ao capitalismo selvagem e ao imperialismo predatório.

      Ademais, há muito se sabe que a espada vence mas não convence, do mesmo modo que se conhece a noção de que, desde o século XX, o cinema e os meios de comunicação de massa passaram a constituir o arsenal mais importante da disputa pela hegemonia, na qual a vitória duradoura depende da conquista de corações e mentes.

  2. GREVE GERAL

    Desobediência civil.

    Seria uma forma pacífica de pressão. 

    Estamos preparados para isso ? A população daria apoio ? Ela tem consciência da força que tem uma greve geral ? 

    ou vamos ficar rezando pela ressureição do Mahatma Gandhi ?

     

  3. Não entendo sta postura de

    Não entendo sta postura de defender uma atitude pasiva em relação aos crimes da policia. Como se isto fosse normal. Quem tem de dar satisfação e instruir melhor os funcionarios publicos da PM é o governador e não o contrario. Nos deveriamos e intencificar a revolta enquanto esta policia trabalhar para o PSDB. A PM esta completamente aparelhada pelo PSDB e não tem imparcialidade em sua atuação.

    Nos que devemos nos comportar? Mais ainda?

    Quem foi atras de confronto com a policia?

    Assim, respeitando os bandidois de azul, chegamos aqui.

     

    1. MILITÂNCIA PROGRESSISTA DEMOCRÁTICA

      Pois é. Esta correlação de forças desigual no parlamento é o grande desafio que a militância progressista tem diante de si. Todavia, o caminho a trilhar é o da política democrática e do movimento popular pacífico, voltado para o trabalho colegiado de construção da consciência coletiva e de um projeto de nação justo e inclusivo.

  4. Ora, ora, desde quanto a polícia e a direita procurou motivos…

    Ora, ora, desde quanto a polícia e a direita procurou motivos para reprimir.

    Este discurso parece de colunista da Globo, a polícia e a direita nunca esperou motivos para reagir, sempre FABRICOU motivos para ter como pretexto para reprimir.

    Esta visão que as minifestações tem que se comportar como um bando de freiras ou dando a outra face ou correndo como galinhas da polícia é completamente equivocado.

    A única reação que a esquerda teve objetiva e direta contra a esquerda foi a Revoada das Galinhas Verdes, quando toda a esquerda unida com outros democratas partiram para o confronto com a Aliança Integralista Brasileira que com a ajuda da polícia tentava projetar no país o movimento fascista.

    Neste evento a polícia atirou com metralhadora contra a esquerda e depois de uma breve luta o movimento Integralista se confunou nos salões e ambientes fechados e não alçou mais seu voo.

    Ninguém está dizendo que se deva afrontar a polícia, mas sim reagir no momento que esta dentro de sua lógica de repressão parta para cima de manifestantes.

    1. ÓTICA E SEMIÓTICA

      Independente de fabricar motivos e de agredir mesmo quando inexiste motivo real ou fabricado, fato é que a direita utiliza da distorção de fatos e da produção de factóides para mistificar pretensas justificativas para a repressão da cidadania.

      E o próprio texto da série Xadrex que originou o comentário acima publicado na forma de artigo alerta para a existência de uma estratégia de retrocesso, que visa usar a atuação de grupos táticos tipo black block para acirrar a repressão.

      Ademais, creio que a leitura atenta do comentário acima erigido à categoria de artigo permite perceber a utilização de terminologias e conceitos bastante diversos dos que costumam caracterizar o padrão Globo. E a mensagem faz a defesa de abordagens e posicionamentos diametralmente opostos aos interesses da mídia hegemônica.

      1. Num mundo ideal você está

        Num mundo ideal você está certíssimo ( o Gandi também). Na vida cotidiana e real isso tudo é só discurso.

  5. Respeito as Leis? Que leis, a que derrubaram Dilma?

    Quando há um golpe algo tem que ficar claro, toda e qualquer ação dos golistas não podem ser consideradas legítimas! As leis foram as que derrubaram Dilma, não sou jurista nem penso em saber sobre leis, porém todas as leis foram utilizadas pelos golpistas para afastarem Dilma, logo não sei porque esta ânsia dos respeito as leis, eu pergutaria:

    Que leis?

    Inclusive o Fora Temer deveria vir junto pela anulação de toda e qualquer ação dos golpistas disfarçadas de legalidade. Por exemplo, deveremos retomar o campo de Petróleo roubado do povo brasileiro.

    1. LEGALIDADE VERSUS CAOS

      Sem o respeito às leis, o resultado inevitável é o caos, a barbárie e o extermínio.

      O objetivo maior da militância progressista é a defesa da democracia, que é o único sistema de governo apto a garantir a liberdade e os direitos da população trabalhadora.

      Por isto mesmo é que a reparação da ruptura institucional deve ser questionada e saneada pela via judicial, através do resgate da legalidade. E, neste sentido, vale lembrar que ainda não foi realizado o acionamento judicial relativo à inconstitucionalidade decorrente da inexistência de comprovação de crime de responsabilidade.

      Por outro lado, concordo com a opinião de que todos os atos do governo ilegítimo devem, em princípio, ser declarados nulos. E, em face desta convicção, defendo a construção perseverante de uma maioria parlamentar capaz de votar no congresso nacional a reparação dos danos que têm sido e que virão a ser gerados pelo impixe.

      Assim, a busca da restauração da democracia, do resgate da legalidade e da reestruturação do crescimento econômico com inclusão social precisa ir além da realização de protestos, de modo a priorizar a construção da consciência coletiva.

      Para tanto é preciso cultura política, firmada na ampla difusão do entendimento dos motivos pelos quais os direitos sociais e o bom senso devem pautar a evolução das instituições democráticas e o futuro da sociedade brasileira.

    2. LEGALIDADE VERSUS CAOS

      Sem o respeito às leis, o resultado inevitável é o caos, a barbárie e o extermínio.

      O objetivo maior da militância progressista é a defesa da democracia, que é o único sistema de governo apto a garantir a liberdade e os direitos da população trabalhadora.

      Por isto mesmo é que a reparação da ruptura institucional deve ser questionada e saneada pela via judicial, através do resgate da legalidade. E, neste sentido, vale lembrar que ainda não foi realizado o acionamento judicial relativo à inconstitucionalidade decorrente da inexistência de comprovação de crime de responsabilidade.

      Por outro lado, concordo com a opinião de que todos os atos do governo ilegítimo devem, em princípio, ser declarados nulos. E, em face desta convicção, defendo a construção perseverante de uma maioria parlamentar capaz de votar no congresso nacional a reparação dos danos que têm sido e que virão a ser gerados pelo impixe.

      Assim, a busca da restauração da democracia, do resgate da legalidade e da reestruturação do crescimento econômico com inclusão social precisa ir além da realização de protestos, de modo a priorizar a construção da consciência coletiva.

      Para tanto é preciso cultura política, firmada na ampla difusão do entendimento dos motivos pelos quais os direitos sociais e o bom senso devem pautar a evolução das instituições democráticas e o futuro da sociedade brasileira.

  6. Violência revolucionária em Glauber Rocha

    Certamente os tempos são outros. O último manifesto de Glauber Rocha foi a Estética do Sonho. A realidade transfigurada pela potência da imagem que transfigura e transcende estereótipos. Aqui, contudo, vai um fragmento do seu primeiro manifesto, Estética da Fome: “(…) Do Cinema Novo: uma estética da violência antes de ser primitiva e revolucionária, eis aí o ponto inicial para que o colonizador compreenda a existência do colonizado: somente conscientizando sua possibilidade única, a violência, o colonizador pode compreender, pelo horror, a força da cultura que ele explora. Enquanto não ergue as armas o colonizado é um escravo: foi preciso um primeiro policial morto para o francês perceber um argelino.

    De uma moral: essa violência, contudo, não está incorporada ao ódio, como também não diríamos que está ligada ao velho humanismo colonizador. O amor que esta violência encerra é tão brutal quanto a própria violência, porque não é um amor de complacência ou de contemplação mas um amor de ação e transformação.

    O Cinema Novo, por isto, não fez melodramas: (…)”.

    http://www.tempoglauber.com.br/t_estetica.html 

  7. E precisa?

    …fornecer justificativas para a repressão?

    Eles inventam ou forjam…

    Acho que MAAR tem toda razão, porém temo por uma certa ingenuidade. Nos anos 60 os estudantes foram “empurrados” para a luta armada depois do estreitamento dos canais democrátiocs de manifestação e protestos.

  8. Coordenação em manifestações
    Os osganizadores, tem de montar um plano, para que durante e depois da Manifestação, os organizadores e colaboradores se mantenham a postos. há uma sobrecarga nas estações do metrô, e linhas de ônibus nas imediações, e os riscos do efeito manada sempre poderá ocorrer. Foi o que o orreu na manifestação do dia 04/09, uma galera extremamente agressiva começou a gritar catraca Livre, um outro segurou a portinha de vidro , entrada para portadores de necessidades especiais, enquanto um outro orientava a multidão passar pelas catracas liberadas. Não fosse a prudência dos funcionar do metrô , uma tragédia teria acontecido, dado a fúria de alguns. Imagino que este tumulto se espalhou para fora, na tentativa de conter o tumulto na estação após a catraca. Porém quando a PM chegou somente pessoas comuns estavam passando pelas catracas, com crianças, alguns saindo do trabalho, aí começou o terror, com muito gás de Pimenta, muito mesmo.
    Repito se não houver coordenação a cada 50 metros da Manifestação, uma tragédia se desenhará no curto prazo. Na descida da Rebouças até o Largo da batata, faltou pouco pra RONCAN, perder a cabeça. O artigo está correto, pois o que presenciei, me deixou muito preocupado.

  9. Papo democrático para onde
    Papo democrático para onde não existe democracia.

    Democraticamente tratamos a imprensa, deu no que deu.

    Democraticamente nomeamos os ministros do STF e o PGR e deu no que deu.

    Democraticamente tratamos o congresso, deu que deu.

    Com a polícia do jeito que é, com a imprensa manipuladora, se quiser prudência que todos fiquemos em casa, ou façamos manifestações sentados nas poltronas dentro de teatros.

    Transformar a imagem das manifestações pacíficas em “baderna” e violência é muito mais fácil do que terem inventado os “crimes” que derrubaram Dilma.

  10. Problema é a equipada Tropa do Alckmin …

    Eles não querem paz. Querem guerra. Mesmo quando o outro lado não quer. Os manifestantes no dia 4 passado não queriam guerra. Queriam sim, depois do evento, ir para casa ou ir pro boteco tomar uma gelada.Pegar o metrô na paz e ir discutindo os rumos da política brasileira. A meninada queria ir pra casa, namorar, dar uns malhos no portão de casa ou no carro. Ou seja, missão cumprida com a Democracia!  Os manifestantes queriam só isso MAAR! Mas foram saudados com bombas. E serão daqui pra frente. Para que isso não aconteça só ficando em casa blogando aqui no Nassif, assistindo o JN ou a GloboNews. Não existe essa de PAZ. Acabou a Paz. Geraldinho e sua Tropa já deixaram isso bem claro.Eu sempre que posso vou pra rua. E continuarei fazendo. Claro, ninguém aqui tá pregando confronto de armas… sei lá,  ir pra uma passeata armado. Longe disso. Mas estilingue, pedra, ovo, tinta, garrafa podem sim… Mesmo pq com a forte armadura usada pela Tropa de Geraldinho, dificilmente um guarda será ferido. E se for jamais será a perda de um olho como aconteceu com a Deborah Fabri. Vejam os veículos Guardians israelenses comprados pela PM Paulista … O caveirão do Bope no Rio é fusca perto deles. E lá a PM lida com bandidos equipados com fuzis AK-47. Pra que o governo do Geraldinho investiu tanta grana? Precisa falar ? É pra guerrear MAAR. É para ir para cima de quem não concorda com o que está aí… Não justifica gastar R$ 30 milhões em 5 ou 6 viaturas.

    EM TEMPO: Claro que a PM tem e tinha competência para separar o joio do trigo. Se quisesse pegar só os arruaceiros, a turma da confusão, pegariam facinho facinho. Mas sabemos que não há interesse… mesmo pq a gente sabe que tem gente infiltrada no meio .. um monte de nóias da direita. Aí “não se sabe por que né” não existe interesse de investigar. De pegar os baderneiros, como eles dizem. É mais fácil taxar 100 mil pessoas de baderneiras e jogar bomba nelas…E ainda com apoio da Globo, da Band, da Folha, Estadão e Veja..É BICO!)

    PRA RIR OU PRA CHORAR?  meu filho de 17 anos diz: pai, logo logo vai ter jornalista da Globo e da Folha fazendo selfie com a Tropa de Choque!

  11. Enforcamento da democracia

     

    A Democracia está sendo enforcada. O crime, todos sabemos: colocar em risco a velha e decrépita desigualdade social escravista. 

    Diante disso, MAAR defende que “é indispensável que as lideranças e a MILITÂNCIA PROGRESSISTA estejam muito atentas à importância da condução cautelosa de todas as atividades, com o objetivo expresso e eficaz de não fornecer JUSTIFICATIVA PARA REPRESSÃO. Neste sentido, fica claro que ações que envolvam BLOQUEIOS DE VIAS, OCUPAÇÕES DE ÓRGÃOS PÚBLICOS […] devem ser amplamente REPUDIADAS e DESESTIMULADAS”.

    Penso que o cenário seja outro. A JUSTIFICATIVA PARA REPRESSÃO, já está evidente, é justamente a “MILITÂNCIA PROGRESSISTA”. Não deixemos que o “medo da repressão” dite as regras do jogo democrático.

    “Obstruir vias” e “ocupar órgãos públicos” são garantias do “Estado Democrático de Direito” ou, na pior das hipóteses (a que acredito), fazem parte da luta contra o “Estado de Exceção”.

    E nos dois casos (Democracia ou Ditadura), são ferramentas essenciais para a “militância progressista”. Quando chamamos nossos “direitos de cidadãos” de “justificativa para repressão”, corremos o risco de negá-los. E assim, por osmose, estaríamos justificando o GOLPE.

    É triste dizer isso, mas de Tiradentes a Saddam, último ato de protesto de um enforcado é chacoalhar as pernas. A democracia foi enforcada. Não deixemos que nos tirem o direito de “chacoalhar as pernas”. É o último que nos resta.

    1. EQUÍVOCOS OPINATIVOS EVIDENTES

      Não creio que espernear seja o último direito que nos resta, e considero que obstruir vias públicas e ocupar órgãos públicos não são garantias do Estado de Direito, pois são ações que violam direitos de terceiros, e podem acarretar graves danos.

      Ademais, não neguei em nenhum momento, nem pretendi desestimular, o direito de protesto contra o impixe inconstitucional e contra o governo ilegítimo. O que defendo com toda a clareza no artigo em tela, em muitos outros textos, é que os protestos sejam conduzidos com prudência, para não dar espaço para provocações e factóides.

      Portanto, a opinião estampada no comentário ora respondido interpreta de forma equivocada as afirmações contidas no artigo em tela, visto que em nenhum momento afirmei que o exercício de “direitos de cidadãos” seriam “justificativa para repressão”.

      O que afirmei e reitero é que há interesses voltados para a produção de factóides com o objetivo de precipitar o uso de violência na repressão policial, conforme sustentado no artigo de Luis Nassif intitulado Xadrez da Volta das Vivandeiras dos Quartéis, e no artigo de Luis Carlos Azenha publicado em 05/09 no site do VioMundo, onde se lê que: “Segundo organizadores, 400 pessoas foram destacadas para evitar a ação imprópria de manifestantes, o “vandalismo” que vem sendo destacado pelo Grupo Globo, a central do golpe que construiu a narrativa para justificar a derrubada de Dilma Rousseff.”; e também que: “Para as próximas manifestações a intenção é de organizar cordões de isolamento formados por parlamentares, personalidades e artistas”, disponível em http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/para-enfrentar-acao-articulada-alckmin-temer-organizadores-querem-cordao-de-parlamentares-personalidades-publicas-e-artistas.html.

      Donde se evidencia que o alerta e a recomendação de cautela que fiz no artigo em tela coincidem com alertas e preocupações externadas por jornalistas conceituados e por organizadores das manifestações de protestos.

    2. EQUÍVOCOS OPINATIVOS EVIDENTES

      Não creio que espernear seja o último direito que nos resta, e considero que obstruir vias públicas e ocupar órgãos públicos não são garantias do Estado de Direito, pois são ações que violam direitos de terceiros, e podem acarretar graves danos.

      Ademais, não neguei em nenhum momento, nem pretendi desestimular, o direito de protesto contra o impixe inconstitucional e contra o governo ilegítimo. O que defendo com toda a clareza no artigo em tela, em muitos outros textos, é que os protestos sejam conduzidos com prudência, para não dar espaço para provocações e factóides.

      Portanto, a opinião estampada no comentário ora respondido interpreta de forma equivocada as afirmações contidas no artigo em tela, visto que em nenhum momento afirmei que o exercício de “direitos de cidadãos” seriam “justificativa para repressão”.

      O que afirmei e reitero é que há interesses voltados para a produção de factóides com o objetivo de precipitar o uso de violência na repressão policial, conforme sustentado no artigo de Luis Nassif intitulado Xadrez da Volta das Vivandeiras dos Quartéis, e no artigo de Luis Carlos Azenha publicado em 05/09 no site do VioMundo, onde se lê que: “Segundo organizadores, 400 pessoas foram destacadas para evitar a ação imprópria de manifestantes, o “vandalismo” que vem sendo destacado pelo Grupo Globo, a central do golpe que construiu a narrativa para justificar a derrubada de Dilma Rousseff.”; e também que: “Para as próximas manifestações a intenção é de organizar cordões de isolamento formados por parlamentares, personalidades e artistas”, disponível em http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/para-enfrentar-acao-articulada-alckmin-temer-organizadores-querem-cordao-de-parlamentares-personalidades-publicas-e-artistas.html.

      Donde se evidencia que o alerta e a recomendação de cautela que fiz no artigo em tela coincidem com alertas e preocupações externadas por jornalistas conceituados e por organizadores das manifestações de protestos.

  12. Alguns se “infiltram” nas idéias..

    Esse texto repete a tese que a Globo, da Folha de São Paulo e toda a direita usa desqualificar os movimentos sociais e justificar a repressão a eles: ‘bloqueiam ruas’ e ‘ocupam prédios públicos’. A prudencia pragmática pregada no texto parece mais um defesa da repressão do que da ‘democracia’.

    Quando alguém reproduz as “ideias” do Globo da  Folha de São Paulo e da PM de São Paulo em nome da ‘esquerda’, fica dificil ‘vencer nas ideias’.

    Enifm, cada um se ‘infiltra’ onde pode.

    1. LEVIANDADE E INJÚRIA

      Tem gente que vê o que quer, e torce a argumentação alheia quando não é capaz de debater as idéias.

      A mensagem e a terminologia usada no artigo em tela evidenciam, para quem fizer uma leitura isenta, que o texto defende abordagens e conclusões muito diversas daquelas reproduzidas pela mídia hegemônica.

      E a leviana acusação feita contra mim no comentário ora respondido evidencia um ataque pessoal característico da tática de assassinato de reputação, tão utilizada por aqueles que não são capazes de manter um debate franco, por não contar com os argumentos embasados na realidade.

      1. Acusão leviana é o que há na sua resposta.

        Leviandade me parece é me acusar de ataque pessoal. Não o conheço, não sei seu nome e você usa um pseudonimo pra assinar o post e portanto não o assina como pessoa fisica. Falo de ideias e de ideias infiltradas na esquerda. Pessoas não são ideias, pessoas podem infiltrar ideias sem se dar conta do que fazem. Não há em nenhum momento no meu texto qualquer acusação a sua reputação pessoal, não ataco caracteristicas pessoais suas pois nem sei quais são, há uma discussão sobre posições politicas.

        E se voce toma o ”infiltrado’ como injuria, leviandade e ataque pessoal, voce também poderia sofrer a mesma acusação por qualificar no seu texto os movimentos sociais que ‘ocupam prédios publicos’ e ‘bloqueiam ruas’ como  infiltrados

        Leviano é acusar publicamente alguém de ter cometido um crime, como o de injuria, sem que a pessoa tenha sido julgada. Isso é o que fizeram com a Dilma.

        1. VEJAMOS OS FATOS

          Diálogo é o caminho para aclarar controvérsias. Então, vamos por partes.

          O seu comentário anterior, intitulado “Alguns se infiltram nas ideias” afirma, de modo infundado, que o artigo em tela, escrito por mim, seria uma reprodução das idéias defendidas por veículos da grande imprensa e pela polícia, “em nome da ‘esquerda’”, e conclui com a afirmação insidiosa de que “cada um se infiltra como pode”.

          Deste modo, a leitura literal do seu comentário acima referido evidencia a formulação de duas acusações graves e caluniosas. A primeira acusação é de que o artigo em tela traria uma reprodução dissimulada das idéias da direita.

          Tal acusação é claramente despropositada, visto que o artigo em tela assevera, de modo literal, que : “é indispensável que as instituições representativas da sociedade civil organizada manifestem veemente repúdio a todos os abusos da repressão policial”, e acrescenta que: “Urge promover a ampla conscientização acerca da necessidade extrema de exigir transparência na investigação das graves denúncias de ilícitos praticados por agentes de segurança na repressão de manifestações democráticas”.

          Portanto, as afirmações do meu artigo acima transcritas são diametralmente opostas a tudo que caracteriza o discurso da mídia hegemônica e dos órgãos de repressão, os quais não recomendam nenhuma mobilização da sociedade para cobrar responsabilidade pelos abusos da polícia. E, assim, resta evidenciada a ausência de fundamento da acusação, segundo a qual o artigo em tela faria uma reprodução de argumentos da direita, visto que defendi no texto abordagens e posicionamentos muito diversos das idéias direitistas.

          Já a segunda acusação contida no seu comentário supra referenciado revela a gravidade da injúria, pois ao afirmar que “cada um se infiltra como pode”, resulta patente a grave insinuação de um objetivo desonesto e inexistente no artigo, de introduzir, de maneira dissimulada, ideias da direita, travestidas de esquerdistas. Isto, para bom entendedor, significa uma acusação de falsidade ideológica e da prática de farsa política, quando não há nada no artigo em tela, nem em qualquer texto meu, que justifique tais acusações.

          E o seu novo comentário acima, objeto da presente tréplica, acrescenta nova acusação falaciosa, na medida em que distorce flagrantemente a interpretação do artigo em tela, ao afirmar que o meu texto teria (des) qualificado “os movimentos sociais que ‘ocupam prédios publicos’ e ‘bloqueiam ruas’ como  infiltrados”, quando, na verdade, o texto do artigo faz crítica às referidas táticas sem atacar a legitimidade dos movimentos, e traz ainda um explícito alerta aos organizadores de protestos acerca da necessidade de coibir “ações de indivíduos e grupos infiltrados em manifestações de esquerda para praticar provocações e vandalismo”. Alerta este que em nada deprecia os movimentos sociais, como afirma, de maneira infundada, o comentário objeto da presente tréplica.

          Ademais, o alerta e a recomendação que expressei no artigo em tela têm por base as informações contidas no valioso artigo de Luis Nassif, intitulado Xadrez da Volta das Vivandeiras dos Quartéis, que aponta a existência de interesses camuflados da direita, voltados para a produção de factóides com o objetivo de precipitar o uso de violência na repressão policial. E o meu artigo tem também o subsídio da clara reportagem de Luis Carlos Azenha, publicada em 05/09, no site do VioMundo, onde se lê  que: “Segundo organizadores, 400 pessoas foram destacadas para evitar a ação imprópria de manifestantes, o “vandalismo” que vem sendo destacado pelo Grupo Globo, a central do golpe que construiu a narrativa para justificar a derrubada de Dilma Rousseff.”; e também que: “Para as próximas manifestações a intenção é de organizar cordões de isolamento formados por parlamentares, personalidades e artistas” conforme texto disponível em http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/para-enfrentar-acao-articulada-alckmin-temer-organizadores-querem-cordao-de-parlamentares-personalidades-publicas-e-artistas.html, o que evidencia a preocupação das lideranças acerca do problema para o qual alertei.

          Por fim, vale acrescentar que o uso de pesudônimo é um direito legítimo das pessoas físicas, garantido pela legislação, e que tal direito é utilizado também em sua assinatura.

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