Tentando se livrar da crise de aliados, Temer nomeia Marun e Baldy

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
Mudanças atendem a interesses do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Centrão, para aprovar projetos
 

Foto: Planalto
 
Jornal GGN – O presidente Michel Temer decidiu renovar a equipe ministerial para assegurar o apoio que necessita para finalizar seu mandato. A cerimônia de posse de Alexandre Baldy e Carlos Marun está marcada para ocorrer na tarde desta quarta-feira (22).
 
Atendendo a interesses do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Temer nomeou o deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO) para o Ministério das Cidades. O nome do parlamentar já saiu na publicação do Diário Oficial da União de hoje. 
 
Amigo pessoal de Maia, o novo titular do Ministério das Cidades foi a maneira que o peemedebista encontrou para romper a crise do presidente da Câmara com o seu governo. Com a indicação na pasta, Temer espera conseguir do padrinho apoio suficiente para aprovar projetos de interesse no Congresso Nacional.
 
Até o início da manhã de hoje, não se sabia se a mudança prometida por Temer ocorreria efetivamente nesta quarta-feira. A reação de Maia foi imediata: cobrou que o mandatário anuncie a decisão, afirmando que das nomeações dependia o Congresso para seguir com as funções legislativas.
 
“A indicação é decisão do presidente Michel Temer. O que eu acho é que, independente do que vai ser feito, precisa ter uma decisão. Se não vai mexer, anuncia. Eu acho que é um caminho. O que não podemos é ficar paralisados esperando uma decisão”, disse Maia, na manhã de hoje.
 
Até tomar consciência de que o nome de seu apadrinhado saiu no Diário Oficial. De acordo com o blog de Andréia Sadi, Baldy, que deixou o Podemos para recentemente anuncir que irá se filiar a uma das maiores bancadas do Centrão, o PP, é mais próximo do mandatário do que se imagina: segundo a jornalista, ele é promo do marqueteiro de Temer, Elsinho Mouco.
 
O segundo nome a ser anunciado para a reforma ministerial de Temer em troca de apoio na crise vivenciada pelo governo peemdebista foi o de Carlos Marun (PMDB-MS), outro nome representativo do antigo Centrão e um dos aliados restantes de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara. 
 
Marun comandará a Secretaria de Governo, substituindo o tucano Antonio Imbassahy. O deputado federal era da tropa de choque de Cunha e migrou para a defesa incansável do mandatário peemedebista no Congresso. Fiel escudeiro para assumir o posto no primeiro escalão, chegou a s comprometeu a não disputar a reeleição para deputado federal em 2018.
 
O objetivo, além de manter figuras de confiança dentro do governo, é mais uma vez tentar aproximar aliados para aprovar a reforma da Previdência. Isso porque, com o distanciamento do PSDB, os aliados do PMDB e do Centrão cobravam de Temer a demissão do tucano e um nome da bancada para fortalecer apoios. 
 
O Palácio do Planalto irá realizar a cerimônia de posse de ambos às 17h.
 

3 Comentários

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  1. Ah! “Seo” Nassif ….

    Precisa transmitir ao vivo, para que possamos ver de novo a “performance” do dançarino, ao vivo. kkkk

    Desculpe a brincadeira, mas não resisti !

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