Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Estou virado no diabo 7, continuação. Por Rui Daher

Desde o início, o vigor do antipetismo, em São Paulo, cidade e estado, se mostrava evidente. Não é momento para discutir as causas, mas assim é.

Estou virado no diabo 7, continuação. Por Rui Daher

Afirmei, com apoio de toda a Redação do BRD, Mino Carta, e a revista CartaCapital, onde colaboro, que eu estaria virado no diabo até as eleições municipais paulistanas que ocorreram hoje, neste dia 15 novembro, quando em 1989, proclamamos a República do Brasil, 131 anos faz.

E daí? Depois de mais de um século, politicamente, e como cidadãos, o que somos, além de mais de 200 milhões de pessoas, que desfrutam de um território rico em favores e belezas naturais, mas amofinados por ignorância, covardia, manada manipulada ao gosto do Acordo Secular de Elites, e apoiado na mídia, sempre anódina, disfarçada ou a seu serviço.

Serei cruel depois de mais de trinta anos de opção, militância e voto, embora não filiado, ao Partido dos Trabalhadores (PT), quando me expus aos movimentos para derrubar a ditadura civil-militar, instalada em 1964, contra a democracia.

Serei claro, como o fui, meses atrás: caso não tenhamos um candidato progressista, de esquerda, no segundo turno das eleições paulistanas, a culpa será dos PT, Lula, Jilmar, e das soberbas e ignorâncias políticas. Paroquial burrice.

Desde o início, o vigor do antipetismo, em São Paulo, cidade e estado, se mostrava evidente. Não é momento para discutir as causas, mas assim é.

Ambos, Guilherme Boulos e Luiza Erundina, são personagens políticos ilibados. Para quem manda no PT, custaria muito o apoio de Lula a esta chapa, sua cara, seu nome, sua história?

Não estou certo, mas quem, durante a prisão e as manifestações a favor de Lula foram mais ativos, Boulos ou Jilmar? Penso em soberba petista, mesmo após ver a impossibilidade de vitória de sua candidatura. Não acompanhei o pleito em outras regiões do País, mas acredito em igual comportamento. PT, rei único e soberano da esquerda brasileira.

Não foi, não é. Se não mudar, também não o será.

De todas as formas em que pude apitar, apontei o risco, e abertamente declarei meus apoios e volto em Boulos e Erundina.

Verdade, passado e honestidade, juntos, maior cidade do País, poderia ser o embrião para o começo do fim do bolsonarismo de ultra direita.

Amiga e médica excepcional que me atende, ao dizer-lhe, que votaria em Boulos, apontou estar indecisa, preferia opção “menos radical”.

Justamente o que precisamos. O radicalismo progressista no Poder.

Pergunto-lhe quem? Creio que nem ela sabe. A cilada Márcio França (risos)? A conheço. Sei que não. Muito menos Covas, que vive um câncer, de que lamento, mas lembro como Lula, Marisa e Dilma, também passaram por isso. Fico pesaroso por todos. Aí incluo Bruno Covas.

Pragmaticamente, o que Covas fez pela cidade? O palhaço Russomano? Menos ainda. Risível.

Se voto hoje na chapa Boulos e Erundina, poderá ser o início da revirada contra a ultradireita.

No momento em que escrevo, domingo, tudo indica que, em São Paulo, teremos um 2º turno entre Bruno Covas e Guilherme Boulos, com amplo favoritismo continuísta.

Curioso. Amigos de direita, centro, seja lá o que isso seja, vivem se queixando da gestão paulistana. Mesmo em seus guetos de luxo, Jardins, Higienópolis, Alto de Pinheiros, outros rincões beneficiados e apaziguados, votam na continuidade.

Interessante. O que se pensa, então, na periferia da cidade? Arrisco: o mesmo. Autoflagelo? Sei lá, mas assim é. Melhor ficar como está e ver como ficará?

Volto à viração diabólica, depois de saber, definitivamente, o que virá pela frente, quem Antônio das Mortes ou o Santo Guerreiro? Alguns me entenderão.

Nota: Peço desculpas à maravilhosa Bruna Viola por não a inserir nos vídeos. Aquele beijo, embora fake, valeu. Ficará em meus sonhos e delírios. De qualquer forma você é um frevo mulher. beijos castos ou não “it is up to you”. I am just here!

Rui Daher

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