Missão: Colonizar Marte!, por Alexandre Sartori Barbosa

Mas quantas pessoas virão? O limite de cada viagem no Starship é de 100 passageiros.

Missão: Colonizar Marte!

por Alexandre Sartori Barbosa

Salve Terráqueos 2020! Estamos avançando no projeto de colonizar Marte e acho que não vou ser o único humano por aqui por muito tempo. As 3 estufas iniciais já estão funcionando a todo vapor, literalmente. São estruturas hexagonais, produzidas por impressoras 3D, formando hemiesferas de aço e vidro “made in Mars”.  Ontem o Cimon as inspecionou e já iniciou o bombeamento de ar (78%N2, 20%O2 e 2%vapor de H2O, além de quantidades mínimas de CO2  e NH3). O solo das estufas também foi cuidadosamente reciclado, quimicamente e com o uso de bactérias terrestres geneticamente modificadas, para obter uma composição parecida com a da Terra. As plantas também foram alteradas para serem mais resistentes ao frio e absorver luz na faixa dos raios UV. Desta forma, gasta-se menos energia para manter a temperatura das estufas e otimiza-se a produção agrícola, mesmo com os fracos raios solares que chegam aqui em Marte. Mas quantas pessoas virão? O limite de cada viagem no Starship é de 100 passageiros. Esse sistema de transporte interplanetário é baseado no reabastecimento orbital (10 reabastecimentos para cada viagem ida e volta para Marte). Quando decola de Boca Chica (Texas), o Starship tem combustível apenas para colocar a nave em órbita baixa (LEO – 600 km de altitude). Quando chega nesta órbita, já se encontram no local 5 Starships, previamente lançados,  adaptados para transporte de aproximadamente 150Ton de combustível Metalox (metano e oxigênio) cada. As espaçonaves se conectam pelas suas bases, fazendo o abastecimento completo da nave interplanetária. As 5 naves retêm apenas  uma fração do combustível para proceder com o pouso na Terra e serem reutilizadas posteriormente. A nave abastecida faz a travessia entre os planetas e chega com combustível suficiente apenas para pouso em Marte. Desta forma ela tem 2 opções para o retorno a Terra: Reabastecer com combustível produzido em Marte, ou reabastecer em órbita marciana por naves de reabastecimento previamente lançadas (estas podem vir da Terra apenas carregando combustível ou realizado pouso em Marte, abastecida totalmente com Metalox marciano e relançada para abastecimento orbital. Ainda está em desenvolvimento uma terceira opção: a mineração de combustível em Phobos que, com gravidade muito pequena, não consome quase combustível para  pousar, reabastecer e relançar (já temos uma máquina de perfuração subterrânea da Boring Company fazendo testes de mineração no local). A tripulação inicial será de 10 astronautas (sendo 5 dos EUA, 2 da Alemanha, 1 da França, 1 do Japão e 1 da Rússia). A nave virá com muita carga de suporte que, quando instalada, aumentará a Base Alfa Marte em 30%. Dois anos depois virão mais 70 colonizadores ao planeta. Estudos concluíram que estas populações iniciais não são suficientes para manter a autosustentabilidade da base, porém o Cimon está se esforçando para automatizar ao máximo tudo por aqui. Para estabilizar os serviços necessário precisaremos de no mínimo 150 colonos. Então já preparem suas malas!

*Detalhes sobre as tecnologias? Siga-me no tweeter @AlexandreSart13

**Após uma implosão acidental, ocorrida no Brasil em 2013, foi catapultado através do horizonte de eventos para uma base marciana em 2025. Escreve de lá mensalmente para o GGN.

 

Redação

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