Laboratórios serão fechados com cortes do governo Temer, alerta comunidade científica

“Sistema está tão fragilizado que vai quebrar todo mundo”, afirma diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Ronald Shellard 

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(Foto ABr)
 
Jornal GGN – Laboratórios de pesquisa em todo o país correm risco de fechar com o novo contingenciamento anunciado pelo governo Federal na última semana que reduzirá em R$ 477 milhões recursos para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Antes de anunciar o bloqueio de R$ 16 bilhões no orçamento da União, Temer recebeu uma carta assinada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e outras cinco entidades falando sobre o risco. Ainda assim, o Planalto seguiu com o anúncio. 
 
A área já vinha sofrendo com cortes da União começando 2018 com orçamento 25% menor do que em 2017. Agora, com o novo comunicado de Temer, os investimentos públicos vão encolher mais 10%, passando de R$ 4,5 bilhões para R$ 4 bilhões previstos para o MCTIC neste ano. A pasta é responsável pelo apoio em trabalhos desenvolvidos em universidades e centros de pesquisa brasileiros.
 
Considerando além do contingenciamento a inflação, o orçamento disponibilizado hoje para a pasta de Ciência e Tecnologia no Brasil é equivalente a metade do que foi investido em 2013. Na carta enviada ao Planalto os pesquisadores e cientistas alertaram para consequências “catastróficas para toda a estrutura de pesquisa no País”, completando:  
 
“A possibilidade de recuperação econômica do País fica ainda mais comprometida e a qualidade de vida da população brasileira, em particular na saúde pública, será certamente prejudicada.”
 
Em entrevista para o Estado de S.Paulo, o diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica, Augusto Gadelha, afirmou que a comunidade científica está conversando “com o MCTIC para ver saídas, mas a situação é muito preocupante. Corte de 10% é intolerável”. 
 
Completando a avaliação do colega, o diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Ronald Shellard, ponderou que “o sistema está tão fragilizado que vai quebrar todo mundo.”
 
Ainda, segundo a carta assinada pelas organizações de cientistas e pesquisadores brasileiros, “é alto o risco de laboratórios de pesquisa serem fechados, pesquisadores deixarem o País e jovens estudantes abandonarem a carreira científica.” Veja a seguir, em anexo, a carta na íntegra. 
 
*Com informações do Estado de S.Paulo 
 
Redação

3 Comentários

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  1. Bando de covardes

    Bando de covardes é o que são em sua maioria os cientistas brasileiros, sobretudo os “figurões” como esse aí da entrevista, o Ronald “Sheila”. Tinham obrigação moral de alertar o povo quanto ao golpe, pois são pessoas com muito mais acesso à informação e cultura e que contam com grande credibilidade junto ao povo, que, afinal, é quem os paga mesmo. Tava na cara que era isso que iria acontecer com o desenvolvimento do golpe. O que fizeram estes figurões e sociedades científicas em sua maioria? Tentaram se chegar aos novos poderosos, tentando garantir seus nacos de din-din pra suas pesquisas, sem pensar na Nação como um todo, sem acusar o golpe desde o seu nascedouro, apenas tentando dialogar com os usurpadores para conseguir mais verba, como se fosse mesmo um governo democrático com quem se tem alguma legitimidade de dialogar. O Povo brasileiro não merece mesmo as suas elites tenebrosas!

  2. Achei que o problema era a

    Achei que o problema era a “corrupiçãodoPT”. Não sabiam, então, os insignes doutores o que vinha por aí?

    Não queriam “EducaçãoPadrão FIFA”? Pois não leram a tal “Ponte para o Futuro”? Não foram capazes de entender o que estava escrito? Não entenderam o objetivo do impeachmeant?

    Bem que as pesquisas mostram que os brasileiros leem, mas não entendem. São cientistas que não passam de deficientes mentais com diploma.

    Não estudam pra obter conhecimento. Estudam para serem burros diplomados. 

    Agora FODAM-SE! Idiotas.

     

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