CNJ pode levantar destruição de provas da Lava Jato pelo juiz Bonat

Tem-se um roteiro amplo para saber até onde foi a ocultação de provas n a 13a Vara, depois da saída de Moro e no período Bonat,

Está nas mãos do corregedor do Conselho Nacional de Justiça, Luiz Felipe Salomão, abrir a caixa preta da Lava Jato.

Há dois caminhos nítidos. Um, o levantamento das manipulações de provas na 13a Vara e na 8a Turma do Tribunal Regional Eleitoral da 4a Região. Outro, a consulta do Spoofing, o banco de dados integral levantado pelos hackers em cima dos aplicativos da operação – o que saiu na Vaza Jato não representa mais que 5% do total.

Em Curitiba, o ponto central de investigações deverá ser na apuração da destruição de provas, perpetrada por procuradores com a anuência do juiz Luiz Antonio Bonat, que sucedeu Sérgio Moro na 13a Vara.

Em sua última manifestação no Supremo Tribunal Federal, o Ministro Ricardo Lewandowski decidiu que os sistemas da Odebrecht – Drousys – foram manipulados. 

Notícias já davam contas de que, até um ano antes de terem acesso formal aos sistemas, os procuradores receberam cópias dele através de acordo informal com autoridades suíças. Lembre-se que o principal procurador suíço foi afastado do cargo, tornou-se advogado e veio oferecer seus serviços a empresas brasileiras.

Ora, o que Lewandowski fez, além de anular os sistemas como provas, foi denunciar o crime de manipulação. E os vestígios do crime estavam nos 8 HDs guardados pela 13a Vara, sob comando de Bonat. Segundo informações divulgadas, os HDs foram destruídos – não simplesmente apagados, reformatados, mas destruídos a golpes de marreta -, porque, segundo Bonat, ocupariam muito espaço. Provavelmente não seriam suficientes para encher uma caixa de sapatos.

Bonat alega que transferiu o conteúdo para um lugar seguro. É o mesmo que pegar uma camisa manchada de sangue e mandar para a lavanderia antes de recolher como prova.

Tem mais. 

Moro e os procuradores recorriam a espionagem ilegal para obter informações. Uma delas foram os gravadores escondidos em celas de presos da operação. F|oram mantidos em sigilo até a gestão Eduardo Appio. Agora, são públicos.

O segundo foram os grampos efetuados pelo doleiro Alberto Youssef, a mando de Moro.

O terceiro – mais grave – a delação do empresário e playboy Tony Garcia, que grampeou autoridades ilegalmente a mando de Sérgio Moro.

Segundo a reportagem da revista Veja, “Tony Garcia diz que atuava para atingir alvos escolhidos por Moro e que prestava contas das ‘missões’ ao ex-juiz e a procuradores da força-tarefa”

Tem-se um roteiro amplo para saber até onde foi a ocultação de provas n a 13a Vara, depois da saída de Moro e no período Bonat,

Luis Nassif

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