
O presidente dos Estados Unidos, democrata Joe Biden, anunciou neste domingo (17) uma série de “novos esforços” para conservação da Amazônia, no dia em ele se tornou o primeiro presidente norte-americano em exercício a pisar na floresta.
Biden pousou no início desta tarde em Manaus, onde irá se encontra com lideranças indígenas, fará um sobrevoo de helicóptero pela Amazônia e deve visitar o Museu da Amazônia (MUSA), na Reserva Florestal Adolpho Ducke.
Na sequência, o norte-americano segue para o Rio de Janeiro, onde participará de encontros do G20, que acontecem até terça-feira (19). Ele também tem uma reunião bilateral com o presidente Lula (PT).
“Hoje, como parte de sua viagem histórica à Amazônia, o presidente Biden anunciará que os Estados Unidos cumpriram sua promessa histórica de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA para mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024“, diz o comunicado.
A lista de medidas anunciada por Biden começa por um investimento de mais US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, que devem ser destinados às ações de preservação, monitoramento e combate ao desmatamento no bioma.
Sendo assim, segundos os EUA, isso levará as contribuições totais do país ao projeto para US$ 100 milhões. Contudo, o novo aporte ainda está sujeito à aprovação do Congresso norte-americano.
Promessas não cumpridas
Próximo a deixar a Casa Branca, após desistir de concorrer às eleições contra o republicano Donald Trump, que venceu a candidata democrata e atual vice-presidente, Kamala Harris, Biden já havia prometido investir muito mais na Amazônia.
Ainda em 2020, antes de vencer Trump, Biden fez promessas à Amazônia em um debate televisivo. “Eu começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões [R$ 116 bilhões] para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia“, disse ele na época, segundo reportagem da BBC.
Já em 2023, Biden anunciou que os americanos pretendiam remeter US$ 500 milhões ao Fundo Amazônia, divididos em cinco anos. Mas, na verdade, o envio dos recursos dependia da aprovação do Congresso, formado pela maioria republicana, e o aporte não ocorreu.
Nesse mesmo ano, os americanos, na verdade, destinaram US$50 milhões para aportar no Fundo Amazônia. Em dezembro de 2023, o recebeu Brasil um montante inicial de US$3 milhões, e o restante, US$47 milhões, em agosto de 2024.
Agora, especificamente para a Amazônia, Biden prometeu:
- Anunciando 50 milhões de dólares para o Fundo Amazônia.
- Lançamento da Coalizão Brasil de Financiamento da Restauração e da Bioeconomia.
- Novo investimento do DFC nos maiores projetos de reflorestamento da Amazônia.
- Suporte para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre – FFTS.
- Alavancar a demanda por créditos de carbono florestal de alta integridade.
- Novo Acordo-Quadro de Cooperação entre o DFC e o BNDES.
- Lançamento de um laboratório de investimento em soluções baseadas na natureza.
- Lançamento de alianças pela Amazônia.
- A USAID fornecerá 2,6 milhões de dólares para o Projeto Rainforest Wealth.
- 4 milhões de dólares para apoiar novos modelos de negócios que mantêm as florestas em pé e beneficiam empresas e famílias locais.
- Investimento da USAID de 1,4 milhão de dólares na Assobio: A Chamada para a Sociobiodiversidade.
- Investimento da USAID de 2,8 milhões de dólares na atividade de Agricultura Regenerativa para a Conservação da Amazônia (ARCA).
- Apoio do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) aos esforços para melhorar a eficiência dos fertilizantes.
- Apoio do Departamento de Estado, por meio de um prêmio de 2,5 milhões de dólares para a Nature Conservancy (TNC), aos esforços para reduzir o desmatamento.
- Parceria com o Governo do Brasil para Combater a Extração Ilegal de Madeira e Comércio Associado.
- Apoio da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) sobre os esforços de mapeamento de áreas queimadas quase em tempo real para o Laboratório de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
- Investimento da USAID de 7,8 milhões de dólares em sua parceria de longa data com o Serviço Florestal dos EUA para fortalecer a gestão do fogo no Brasil.
- Investimento da USAID de 1,9 milhão de dólares para lançar a Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental.
- Expansão do apoio a programas existentes dos EUA, incluindo o Mecanismo de Acesso ao Financiamento dos Povos Indígenas (IPFAF).
- Investimento da USAID de 4 milhões de dólares para lançar a Atividade Tapajós pela Vida.
- Investimento da USAID de 1,4 milhão de dólares para lançar o projeto de bem-estar e gestão territorial nas bacias dos rios Negro e Xingu.
- Investimento da USAID de 2,6 milhões de dólares para lançar a atividade de Gestão Territorial Indígena Integrada.
- Lançamento de Sistemas Avançados de Energia Zero Carbono na Amazônia.
- Promoção da Cooperação One Health no Brasil e da Bacia Amazônica.
- Fornecimento de 1,4 milhão de dólares para redução da atividade criminosa organizada relacionada à mineração ilegal e ao tráfico de mercúrio.
Leia também:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Putz…
Histórica????
Só se foi pela derrota histórica…
Meu Zeus, um presidente que sequer concorreu, senil, e em fim de mandato.
Trouxe uns trocados no bolso …
Que vergonha, que vergonha…
Bem, pelo menos a primeira dama dele não dá vexame, né?