
Pelo menos 2 milhões de famílias de extrema pobreza ficaram fora do Auxílio Brasil do governo Bolsonaro. As informações foram obtidas no Cadastro Único do Ministério da Cidadania, por coluna de Carlos Madeiro, do Uol.
Até março deste ano, quando os números foram disponibilizados, de um total de 17.820.667 famílias registradas como extrema pobreza no país, 1.995.898 não receberam o Auxílio Brasil e estavam à espera do benefício.
O programa foi uma estratégia do governo Bolsonaro para acabar com o Bolsa Família e criar um programa de transferência de renda atrelado ao seu governo e que receba o crédito pela medida.
Além de uma série de críticas já apontadas por especialistas, como a falta de comprometimento das famílias beneficiárias com o ensino para crianças e a autonomia para as mulheres das famílias, o que o Bolsa Família garantia, os dados constatam que 11% das famílias em extrema pobreza não estão incluídas no programa de Bolsonaro.
A extrema pobreza considera famílias com renda per capita de até R$ 105 por mês. Em março deste ano, houve um aumento de 15% dessas famílias na lista de espera do programa, em comparação ao mês anterior, fevereiro.
Como não há dados ainda de abril e de maio no CadÚnico, o banco de dados do governo, o total dessas famílias já deve ter ultrapassado os 2 milhões. Também foram considerados as famílias que se candidataram ao benefício. Pessoas em situação de rua e outras que não se inscreveram não estão incluídas nestes dados de 2 milhões de famílias.
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Gentileza explicar a enorme diferença entre “AUXÍLIO” e “PROGRAMA”. Ao meu ver, “Auxílio” pode ser suspenso a qualquer momento pelo governo, enquanto “Programa” envolve um objetivo a ser alcançado (por exemplo: o fim da miséria, a educação dos filhos menores, o alcance de uma fonte de renda suficiente…