Na Venezuela, Maduro garante água, luz, gás e emprego até dezembro

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Nicolás Maduro anunciou um decreto que proíbe as empresas de demitirem seus funcionários até dezembro deste ano e uma série de medidas protecionistas

Jornal GGN – Para fazer frente aos impactos do novo coronavírus na economia e no desemprego da população, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou um decreto que proíbe as empresas de demitirem seus funcionários até dezembro deste ano.

As medidas tomadas por Maduro incluem, ainda, a suspensão do pagamento de aluguel para os estabelecimentos comerciais e das casas durante os próximos 6 meses. “Vou assinar um decreto com estes componentes, incluindo a garantia da permanência laboral, em defesa dos trabalhadores, até 31 de dezembro”, disse Maduro.

Para impedir que os empregadores demitam, além da impossibilidade anunciada no decreto, Maduro irá ativar um plano de pagamento de salários, que contará com recursos do governo e das empresas privadas, até agosto deste ano, destinado a mais de 6 milhões de trabalhadores do setor privado e informais.

Este quadro de assistência financeira será criado no próximo mês. O objetivo deste programa de governo é, segundo o anúncio dado por Maduro, estimular a quarentena social e evitar a propagação do vírus, por meio do isolamento, única estratégia confirmada de diminuir a curva de contágios, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além de impedir que qualquer trabalhador seja demitido até dezembro deste ano, outros benefícios foram anunciados por Maduro, como a proibição de se cobrar alugueis pelos próximos 6 meses.

Ainda, por parte dos bancos, o presidente da Venezuela proibirá a cobrança de prestações e juros de todos os financiamentos que estão em andamento, e também será suspensa a cobrança das taxas de serviços de energia, água e gás.

Por fim, como última medida anunciada que virá na forma de decreto, sete milhões de famílias continuarão a receber a cesta básica de alimentos, a cada 15 dias, até o fim do estado de emergência durante a pandemia do novo coronavírus.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. “Ditadura comunista” X Ditadura capitalista/de mercado

    Pois é disto que se trata, faça a sua escolha.

    Eu já fiz a minha, fico com a primeira.

  2. E daí, para os idiotas reacionários que vivem “alertando sobre o risco” de o Brasil virar uma Venezuela, responda-se? que bom se virássemos…pois pelo menos não teríamos governo boçal e protetor de ricos, sonegadores, cafajestes como o véio da Havan, por exemplo, mas infelizmente o pior governo que esse país já teve…pelo menos quanto a questões econômicas, sociais, ambientais, culturais, enfim, tudo. Quem governa a favor de milícias, polícias e empresariado cafajeste não se preocupa com nada disso…e Maduro dá bom exemplo do contrário.

  3. E daí, para os idiotas reacionários que vivem “alertando sobre o risco” de o Brasil virar uma Venezuela, responda-se? que bom se virássemos…pois pelo menos não teríamos governo boçal e protetor de ricos, sonegadores, cafajestes como o véio da Havan, por exemplo, mas infelizmente o pior governo que esse país já teve…pelo menos quanto a questões econômicas, sociais, ambientais, culturais, enfim, tudo. Quem governa a favor de milícias, polícias e empresariado cafajeste não se preocupa com nada disso…e Maduro dá bom exemplo do contrário.

  4. Ora vejam, Bolsonaro começou seu (des) governo ameaçando a Venezuela, posando de”Rambo” que ia varrer Maduro da face (plana) da terra. Passados míseros 15 meses, Maduro se mantém no poder e Bolsonaro às portas de ser apeado. Isso prova que terra plana também dá voltas…

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