A falta de foco no sistema financeiro

Por alavancagem (comentarista)

Eu sinto falta de um debate mais detalhado sobre o problema do modelo atual de intermediação financeira e da atividade econômica com crescimento sustentado pelo crédito/endividamento.

Li hoje (domingo) no New York Times – que pediu uma ajudazinha pro Slim – um artigo sobre as intenções de Obama na seara da regulação do sistema financeiro.

Tudo meio óbvio e inócuo, sem qualquer proposta que realmente ataque o problema da emissão de moeda escritural pelos bancos…Nem tocam na alavancagem no sistema atual, o que dizer numa mudança no papel dos bancos, de criadores de moeda para intermediários, gestores de recursos de terceiros.

É só aquele papinho cansativo das auditorias e agências de risco – que já deviam ter sido exemplarmente punidas há muito tempo – e coisas rídiculas em sua relevância, como a questão dos bônus para os executivos das IFs

O debate se empobreceu rapidamente. No começo, estávamos a discutir a possibilidade de uma moeda internacional, de substituição do dólar. Estávamos a vislumbrar uma profunda mudança no modelo de sistema financeiro.

Entretanto, com a situação se deteriorando e a depressão, não mais a mera recessão, se tornando cada vez mais provável, rapidamente a coisa voltou ao “business as usual”… É essa falta de aptidão para de fato lidar com o que releva que me assusta mais.

Capacidade propositiva nula… Muito perigoso isso…

É assim:

Eu coloco 1 no banco A, e aí o banco A empresta esse 1, e quem pega emprestado do banco A paga esse 1 a alguém e esse 1 é depositado no Banco B – já temos aí 1 de depósito no Banco A e 1 de depósito no Banco B – O Banco B por sua vez empresta, e aí temos mais 1 no Banco C

E qual a contrapartida dos depósitos, do crédito dos agentes econômicos, nos bancos A, B e C ?

São empréstimos -> E o que fazem os empréstimos? Eles estimulam o consumo num primeiro momento, que até um certo limite estimula o investimento por parte dos agentes superavitários, que aceitam o risco de trocar dinheiro vivo por empresas, investimentos, etc – assim pagando salários, coisa e tal.

Só que na maioria das vezes o estoque de endividamento cresce mais rápido que a renda – então o consumo esperado no futuro vai caindo – e o maior estoque de endividamento faz com que as pessoas endividadas poupem mais – o que diminui mais ainda o consumo…

Com menos consumo “vislumbrado”, menos investimento – quem é superavitário deixa sempre um valor maior em “dinheiro vivo” parado – assim a renda agregada cai mais ainda…

É claro que contínuos déficits governamentais (se houver – se gente como os republicanos, por exemplo, não sabotarem isso daqui há dois anos) aumentam o estoque de dinheiro, o que no longo prazo leva a uma volta do crescimento – mas até lá você tem uma depreciação enorme, você tem tensões políticas gigantescas…

Então, como poderíamos resolver ? Aumentando a renda de quem consome e de preferência de quem deve – melhor ainda se for por meio de redistribuição de renda com impostos ou com a própria inflação, porque aí o estoque de dinheiro frente ao PIB não cresce tanto – com contrapartida num aumento decisivo dos gastos públicos.

No que toca às IFs, que passem a ser gestoras de recursos – Não emissoras de moeda – com imposição de riscos aos investidores – quem sacar antes, paga o prejuízo pela venda do crédito com desconto, por exemplo – a oferta de crédito deixa de ter como necessária contrapartida a criação de moeda.

Mas do jeito que vai… Não vai adiantar nada…

Vocês podem apostar nisso !!!

Por Andre Araujo

O caso Madoff servirá de simbolo desse ciclo de falta de regulação e supervisão das finanças globalizadas. É uma especie de vingança dos pobres contra os ricos da globalização visto que as vitimas de Madoff são quase exclusivamente milionários do mundo todo. O caso deu uma lição de humildade a potências financeiras mundiais que se arrogavam o direito à infalibilidade. Veja-se o episódio do mega banco europeu e o maior da Espanha, o Santander. Emilio Botin, o banqueiro por excelência, presidente do banco, filho e neto de outros presidentes do Santander, há pouco tempo deu uma palestra de como o banqueiro não se deve deixar enganar. Deu uma aula de sagacidade cujo final era “se você não entender muito bem um instrumento financeiro simplesmente caia fora, não arrisque”. O Santander, cuja divisão de gestão de fortunas tem 113 bilhões de euros sob sua guarda, aplicou 2,33 bilhões de euros com Madoff, que não explicava a ninguem (porque não podia explicar) como funcionava seu esquema de fundos. Mais ainda, uma boitique de investimentos de Madrid, a M & B, dirigida pelo filho de Botin, Javier e pelo seu genro, Guillermo Morenes, marido da presuntiva herdeira do comando do Santander, Ana Botin, aplicou ou indicou a aplicação de 137 milhões de euros de clientes nos fundos Madoff. Entre os investidores, o Principe das Asturias, herdeiro do trono espanhol. Como fica a coisa?

O Santander declarou que não vai ressarcir os seus clientes de private banking pelas perdas. O caso da M & B afetou pessoalmente Ana Botin e suas chances de suceder o pai. Há um tumulto na alta direção do Santander. Se não ressarcirem os ricos clientes, entre os quais a nata da alta aristocracia espanhola, a imagem do banco vai ser atingida fortemente. Se ressarcir o banco vai ter problemas com seus acionistas, pois o ressarcimento só pode sair dos lucros.

A imprensa financeira espanhola e europeia não dá sossego ao Santander, que goza na Europa de uma reputação de arrogancia.

O caso Madoff está para a crise de 2008 assim como os casos Ivar Kreuger e Alfred Loewenstein estavam para a crise de 29.

Não foram os causadores das crises mas são emblemáticos delas.

Afinal, como é possivel que o banqueiro mais traquejado da Europa, que se gaba de não cometer erros, cai em uma fraude tão primária como os dos fundos Madoff? O financista novaiorquino não tinha custódia, sua auditoria era de fundo de quintal, ninguem sabia como ele operava, como conseguiu enganar tantos por tanto tempo?

Sua aura de capacidade foi bem vendida, a fraude já corria solta quando ele foi presidente da bolsa NASDAQ, era presidente de muitos comitês financeiros de entidades judaicas, o que era um aval formidavel. Mas há dez anos alguns analistas já sabiam da fraude e a apontaram a SEC, que nada fez. Alguns grandes bancos tambem suspeitavam de fraude e nem tocavam os fundos Madoff, como o Goldman Sachs e a Merryl Lynch.

No entando, o barco Madoff seguiu singrando os mares, na Europa captou 13 bilhões de euros.

A conclusão final é de que os sistemas regulatórios mundiais são furados e ainda falta um longo caminho para uma supervisão inteligente das finanças globalizadas. Em certo sentido, a globalização financeira facilitou a vida e ampliou as ambições dos estelionatários, expandindo seu mercado em nivel mundial.

Afinal, se não houvesse a crise, Madoff continuaria operando na onda da liquidez planetária.

17 Comentários

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  1. De “É claro que contínuos
    De “É claro que contínuos déficits …” para frente, Alavancagem poderia expicar melhor, especialmente o trecho: “Aumentando a renda de quem consome e de preferência de quem deve – melhor ainda se for por meio de redistribuição de renda com impostos ou com a própria inflação”.

  2. Acho muito dificail alguma
    Acho muito dificail alguma mudança vir dos EUA.
    Além da força militar e superioridade tecnológica em algumas áreas, grande parte do poder americano se oriunda de seu poderio financeiro.
    Tendo o dólar como carro-chefe – a moeda de reserva do sistema internacional que lhe permite endividar-se sem um limite aparente – os EUA desde a década de 1980 adotou este regime financeiro desregulamentado que junto com o poder militar o transformou numa hiperpotencia nos anos 1990 que difilcilmente ele virá a renunciar, seja qual for o presidente. Mesmo que este podrio todo hoje esteja sob suspeita.

  3. Creio que esta discussão
    Creio que esta discussão voltará a ser prioridade depois que for apresentada a proposta para uma nova regulamentação do sistema financeiro.

    No primeiro momento as avaliações tendiam a creditar a atual crise econômica ao esgotamento da posição dos EUA como liderança da economia mundial e quais seriam as novas liderança.

    A partir do momento em que a discussão convergiu para que a falta de regulamentação foi quem permitiu o surgimento de novos instrumentos financeiros que provocaram a instabilidade do sistema financeiro americano a discussão passou a ser a de estabelecer uma regulamentação que permitisse uma maior establidade e confiabilidade do sistema financeiro.

    Talvez ainda cheguemos a conclusão de que para garantir alguma estabilidade e confiabilidade do sistema financeiro internacional seja necessário a susbstituição do atual padrão monetário mundial, algo que parecia inevitável no início da discussão.

    E com a quebra de confiança dos consumidores se alastrando a nível mundial, está discussão acabou ficando em segundo plano, para que os principais esforços sejam concentrados na recuperação da confiança dos consumidores, principalmente depois que ficou praticamente inevitável a estatização pelo menos parcial do sistema financeiro internacional.

  4. Nassif,

    Interessante a
    Nassif,

    Interessante a proposição do amigo “alavancagem”. Mas discordo dele em alguns pontos.

    A criação de moeda escritural não é algo ruim. Veja que é uma circunstância presente em mercados de crédito, pois todos têm a endogenia como característica marcante. O problema é quando a criação de moeda escritural ligada ao motivo especulação é uma bolha em um período de estagnação econômica.

    Mais interessante seria discutir as razões e circunstâncias que permitem que as expectativas dos mercados de crédito, centradas em avaliações de curto prazo, contaminem as expectativas de investimento, decisões de longo prazo.

  5. Na coluna de Mirian Leitão
    Na coluna de Mirian Leitão lemos o seguinte a respeito da regulação do sistema financeiro mundial: Nova ordem

    “Paul Volcker, que já presidiu o Fed e hoje assessora o presidente Obama, chefia o grupo de 30 economistas que estão propondo uma nova regulação para os mercados financeiros. Armínio Fraga é o vice-presidente do grupo. O documento que eles prepararam nos últimos meses acaba de ficar pronto e quer ser, como diz o título, “um marco regulatório para a estabilidade financeira”.

    Já podemos ver pelos componentes que não vai dar certo!

  6. Não espere inteligência,
    Não espere inteligência, capacidade ou ao menos bom senso de quem vive exclusivamente para o lucro. O fim deles já está marcado, é apenas uma questão de quando. Aliás, me pergunto se este fim já não chegou e os mesmos não acabaram apenas porquê chatagearam os governos falando que as atividades deles são “cruciais” para a economia. Sei… Por mim, eu deixava os mesmos falirem para darem lugar à pessoas mais capazes e quem sabe até mais racionais. Mas como estes “tubarões” têm lobbys fortes dentro do governo… E depois ainda têm gente que jura que vivemos em uma democracia e tendo um “livre” mercado.

  7. Nassif, o artigo seu está na
    Nassif, o artigo seu está na medida. Para o sistema funcionar é preciso aumentar a renda e mexer nesta absurda concentração de renda. Este dominio do capitalismo, tanto do sistema político quanto econômico, tornou-se um mostro que está engolindo a si mesmo.

  8. As medidas até agora
    As medidas até agora implementadas são inócuas e tendem a premiar os que jogaram o mundo na recessão, pois têm sido operações de salvamento. O problema de fundo exige soluções que, em última instância, questionam os fundamentos da atual economia, que colocam em cheque a própria existência da economia capitalista, não somente da sua versão neoliberal.

    Medidas de solução para a crise implicam numa lógica contrária ao neoliberalismo, com consequências políticas para além das econômicas. Significa, em grande medida, perda de poder político das IFs e seus subordinados. Todo este debate tem componentes econômicos, políticos e ideológicos.

    O modelo neoliberal, o consenso de Washington, faliu espetacularmente e é necessário superá-lo. Mas Wall Street ergueu-se sobre este modelo nos últimos 25 anos, pelo menos, e não está disposta a abrir mão dele. Como você sempre lembra, os cabeças de planilha teimam em acreditar que a solução para os problemas criados pelo neoliberalismo é… mais neoliberalismo.

  9. O caso Madoff servirá de
    O caso Madoff servirá de simbolo desse ciclo de falta de regulação e supervisão das finanças globalizadas. É uma especie de vingança dos pobres contra os ricos da globalização visto que as vitimas de Madoff são quase exclusivamente milionários do mundo todo. O caso deu uma lição de humildade a potências financeiras mundiais que se arrogavam o direito à infalibilidade. Veja-se o episódio do mega banco europeu e o maior da Espanha, o Santander. Emilio Botin, o banqueiro por excelência, presidente do banco, filho e neto de outros presidentes do Santander, há pouco tempo deu uma palestra de como o banqueiro não se deve deixar enganar. Deu uma aula de sagacidade cujo final era “se você não entender muito bem um instrumento financeiro simplesmente caia fora, não arrisque”. O Santander, cuja divisão de gestão de fortunas tem 113 bilhões de euros sob sua guarda, aplicou 2,33 bilhões de euros com Madoff, que não explicava a ninguem (porque não podia explicar) como funcionava seu esquema de fundos. Mais ainda, uma boitique de investimentos de Madrid, a M & B, dirigida pelo filho de Botin, Javier e pelo seu genro, Guillermo Morenes, marido da presuntiva herdeira do comando do Santander, Ana Botin, aplicou ou indicou a aplicação de 137 milhões de euros de clientes nos fundos Madoff. Entre os investidores, o Principe das Asturias, herdeiro do trono espanhol. Como fica a coisa?
    O Santander declarou que não vai ressarcir os seus clientes de private banking pelas perdas. O caso da M & B afetou pessoalmente Ana Botin e suas chances de suceder o pai. Há um tumulto na alta direção do Santander. Se não ressarcirem os ricos clientes, entre os quais a nata da alta aristocracia espanhola, a imagem do banco vai ser atingida fortemente. Se ressarcir o banco vai ter problemas com seus acionistas, pois o ressarcimento só pode sair dos lucros.
    A imprensa financeira espanhola e europeia não dá sossego ao Santander, que goza na Europa de uma reputação de arrogancia.
    O caso Madoff está para a crise de 2008 assim como os casos Ivar Kreuger e Alfred Loewenstein estavam para a crise de 29.
    Não foram os causadores das crises mas são emblemáticos delas.
    Afinal, como é possivel que o banqueiro mais traquejado da Europa, que se gaba de não cometer erros, cai em uma fraude tão primária como os dos fundos Madoff? O financista novaiorquino não tinha custódia, sua auditoria era de fundo de quintal, ninguem sabia como ele operava, como conseguiu enganar tantos por tanto tempo?
    Sua aura de capacidade foi bem vendida, a fraude já corria solta quando ele foi presidente da bolsa NASDAQ, era presidente de muitos comitês financeiros de entidades judaicas, o que era um aval formidavel. Mas há dez anos alguns analistas já sabiam da fraude e a apontaram a SEC, que nada fez. Alguns grandes bancos tambem suspeitavam de fraude e nem tocavam os fundos Madoff, como o Goldman Sachs e a Merryl Lynch.
    No entando, o barco Madoff seguiu singrando os mares, na Europa captou 13 bilhões de euros.
    A conclusão final é de que os sistemas regulatórios mundiais são furados e ainda falta um longo caminho para uma supervisão inteligente das finanças globalizadas. Em certo sentido, a globalização financeira facilitou a vida e ampliou as ambições dos estelionatários, expandindo seu mercado em nivel mundial.
    Afinal, se não houvesse a crise, Madoff continuaria operando na onda da liquidez planetária.

  10. Concordo com tudo que está
    Concordo com tudo que está dito, Nassif, mas o estilo do texto me deixou com a pulga atrás da orelha.

    Você está reciclando seu modo de escrever, ou este texto seria de outrem?

    Nunca vi tanta frase tua num texto só, terminando com …

    É do comentarista que assina ALAVANCAGEM.

  11. Eu incluiria na análise um
    Eu incluiria na análise um grande fator de sucesso das elites, resumido pelo Barão de Lampedusa ao afirmar que “tudo deve mudar para que tudo fique como está”.

    O aumento de renda nos EUA iria acelerar ainda mais a transferência de indústrias e empregos para o exterior, especialmente para a Ásia. O problema da perda de poder aquisitivo e de capacidade de saldar as dívidas ficou muito sério e a supervisão bancária, por melhor que seja, nada pode fazer para reverter esse processo.

    Uma possível solução passa pela execução de obras de melhoria da infra-estrutura, tanto material quanto humana, empregando recursos e mão-de-obra disponíveis no país para que, ao mesmo tempo que é gerado consumo e renda, a economia tenha chance de fazer uma transição mais suave para novas formas de produção que utilizem os insumos de maneira mais racional – por exemplo, o petróleo que está se esgotando.

    Essa crise é curiosa porque sua face financeira explodiu antes de sua face material, a exaustão dos recursos naturais. O mundo ganhou tempo para reordenar o sistema financeiro, replanejar os fluxos de capitais para investimento e alocação de mão-de-obra; tempo para refletir sobre os trabalhos do mestre Ignacy Sachs.

  12. Quem estava discutindo a
    Quem estava discutindo a substituição do dolar por outra moeda reserva mundial? Naõ foi no G-8, no FMI ou em qualquer outro foro de poder. Houve uma discussão academica em torno do tema, sem qualquer consequencia. A instituição de uma moeda como reserva mundial não depende de debates e sim da dinamica história que define os polos de poder mundial, o ultimo desses arranjos se deu após uma guerra mundial, com a redifinação dos espaços de poder geopolitico. Nada indica um processo semelhante agora.

  13. Concordo com o/a Alavancagem,
    Concordo com o/a Alavancagem, está fora de foco mesmo, mas desconfio que vai continuar assim. Eu pelo menos acredito no que está no Tao, que os instrumentos de poder necessitam permanecer secretos.

    Como regra prática eu uso o seguinte: observo se a discussão direta ou indiretamente se refere a Astrologia, Tarot e Geometria, se não, pode ter certeza não vai levar a nada.

    Quanto a crise que está causando esta dorzinha de cabeça pelo mundo ?

    Bem , vai ter de esperar mais um pouquinho para ser resolvida, ou seja, o ambiente contingente precisa amadurecer um pouco mais. Se tivesse agido antes o sofrimento seria menor, como é uma espiral, agora é impossível parar. Tem de deixar ela se dissipar.

  14. Uns com alavancagem demais,
    Uns com alavancagem demais, outros com alavancagem de menos.

    O Brasil com tantas coisas coisas para serem construídas, tantos recursos materiais e humanos ociosos e o nosso BC faz racionamento de créditos ao insistir nos juros e compulsórios altíssimos.

    Para nos desenvolver precisamos de mais crédito em Reais, mas o BC insiste que os negócios aqui só podem ser financiados por capital estrangeiros.

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