Jornal GGN – A terceirização do Serviço de Inspeção Federal (SIF) pode trazer um impacto considerável não só para a saúde pública brasileira, como também para a economia nacional diante do menor controle de qualidade a ser empregado.
A importância dessa fiscalização pode ser vista segundo as informações publicadas pelo Ministério da Agricultura: atualmente, os produtos brasileiros de origem animal são comercializados para mais de 180 países, e o selo do SIF funciona como uma garantia de que os produtos respeitam as legislações nacionais e internacionais em vigor.
Vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), o SIF é o responsável por assegurar a qualidade de produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis destinados ao mercado interno e externo, bem como de produtos importados. Atualmente, o SIF tem atuação em mais de 5 mil estabelecimentos brasileiros, todos sob a supervisão do DIPOA.
O selo do SIF surgiu quando o primeiro regulamento para a criação do serviço de inspeção dentro dos estabelecimentos processadores foi criado e, para que o produto receba tal certificação, é necessário atender uma série de etapas de fiscalização e inspeção, cujas ações são orientadas e coordenadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa).
Tais critérios garantem que os produtos estejam seguros para o consumo doméstico e internacional. Porém, as questões relacionadas à saúde pública não parecem ser o foco principal do debate dentro do Brasil – onde políticos, juristas, empresários e economistas e outros acabam por conduzir o debate em detrimento daqueles que atuam no segmento de saúde pública.
Por conta da importância desse serviço é que os auditores fiscais federais agropecuários estão se mobilizando contra o Decreto 10.419, que permite a privatização dos serviços de fiscalização por parte dos frigoríficos, abrindo margem para que produtos de qualidade duvidosa sejam comercializados.
Veja abaixo a manifestação do ANFFA Sindical – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários a respeito da medida tomada pelo governo Bolsonaro:
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Mas eu me lembro da alegria que foi quando os queijos mineiros deixaram de ser, digamos, tão fiscalizados.
https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/produtores-de-queijo-da-serra-da-canastra-comemoram-fim-de-inspecao-federal-em-produtos-de-origem-animal.ghtml
Quando a Margaret Thatcher privatizou os serviços de inspeção na década de 80 na Inglaterra, a falta de controles centrais e concorrência entre empresas contratadas desencadeou a dispersão do Mal da Vaca Louca. Se os compradores estrangeiros de nossas carnes souberem que houve privatização dos serviços de inspeção, vão desistir de comprar ou vão aumentar enormemente as exigências (barreiras) sanitárias.
Este governo destroi o SIF e põe no lugar o SIF-udemo
O SIF garante a qualidade higiênica, sanitária e técnica dos produtos de origem animal comercializados no Brasil e exterior. Tem credibilidade no Brasil é no exterior. Por meio de sua inspeção diária nos estabelecimentos de abate, permite que se tenha um diagnóstico diário das condições sanitárias dos animais de consumo. Por outro lado seus técnicos difundem novas tecnologias pelos quatro quadrantes do país. Portanto , trata-se de um serviço que deve ser valorizado sob peno do agronegócio ser penalizado!