As dificuldades para o acordo de leniência na Lava Jato

Ministro-Chefe da CGU (Controladoria Geral da União), um dos grandes gestores do Estado brasileiro, co-responsável, ao lado do ex-Ministro Nelson Machado, por grandes reformas no âmbito da Previdência Social, Valdir Simão está na linha de frente do caso Lava Jato. Repousa nele a esperança de um encaminhamento que permita a punição dos culpados, mas sem paralisar a economia brasileira – como está ocorrendo.

Diz ele que o modelo ideal é aquele que permitiria ao final separar as punições, responsabilizando os sócios sem liquidar com a empresa. Ou levando-os a vender o controle da companhia e a ressarcir a Petrobras, ou ainda permitindo a administração temporária da empresa por um time profissional.

Ao final, punem-se os culpados mas a atividade da empresa fica preservada.

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Simão tem noção dos chamados valores intangíveis de uma empresa, o conhecimento acumulado, o conjunto de empregados, a estrutura comercial, tecnológica, os pequenos negócios que gravitam em torno dela, a importância para seu entorno, como municípios que dependem quase exclusivamente de uma grande empresa.

Mas reconhece a falta de compreensão da opinião pública. A aprovação da recuperação judicial – pela qual se substitui a falência por um acordo no qual os credores principais assumem a gestão da empresa – também foi uma construção lenta, devido à visão de que empresas precisam ser punidas.

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Obrigar os sócios a transferir o controle da empresa seria o melhor caminho, diz Simão., mas na legislação brasileira não existe essa possibilidade.

O acordo de leniência proposto pela CGU em tese poderia chegar a algo parecido. Mas não tem o poder de exigir que o controlador venda sua parte. No máximo, pode-se exigir que saia do controle da empresa.

O acordo pressupõe a responsabilização dos culpados, isto é, dos executivos reconhecerem a prática dos atos lesivos.

A grande maioria das empresas não está interessada nesse tipo de acordo. Reconhecendo o pagamento de propina, o agente identificado será responsabilizado criminalmente e terá que apresentar provas contra outras pessoas. Daí a resistência em aderir ao acordo.

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A rigor, o acordo só interessa aos que fizeram delação premiada ou já foram expostos a provas concretas de pagamento de propina.

Outra dificuldade do acordo é a necessidade de submeter cada passo ao TCU (Tribunal de Contas da União).

Se conseguir imprimir ritmo, dará nova consistência às propostas de acordo, conferindo maior segurança jurídica a quem aderir.

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A vantagem do acordo, diz Simão, é que o trâmite administrativo é mais rápido que o judicial, podendo acelerar a retomadas dos trabalhos da empresa sem abdicar da punição dos culpados.

Mesmo assim, admite que é tempo econômico é mais rápido ainda e muitas empresas poderão desaparecer, muitos milhares de empregos serem liquidados, antes que se chegue a uma solução.

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Até janeiro, a AGU (Advocacia Geral da União) e a CGU mantiveram reuniões com o MPF (Ministério Público Federal) para se chegar a um trâmite mais ágil, O problema é que o MPF está analisando a situação de cada empresa não apenas em relação à Petrobras mas a outros órgãos públicos. Por isso é uma análise mais complexa e demorada.

24 Comentários

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  1. É uma situação delicadíssima.

    É uma situação delicadíssima. É como um médico ter que extirpara vários tumores sem matar ou deixar inutilizado o paciente. E o pior é que não há uma figura do governo que esteja coordenando esse momento – o de jogar a água suja da corrupção sem jogar junto o bebê, ou seja, os milhares de empregos que estão empresas geram. O pior dos mundos é a água suja continuar na bacia sem o bebê. 

  2. Nem vou comentar outras

    Nem vou comentar outras autarquias,Citarei apenas o BNDS,

    O dia que abrirem a caixa preta dele, e está mais perto do que se imagina, 

      a casa cai de vez.

  3. Essa oposição, sem votos, já


    Essa oposição, sem votos, já esta gerando desemprego e vão qiebrar muitas empresas, aquelas que fazem parte da cadeia produtiva do setor. O pov]ao não é bobo e estão vendo onde a corda esta arrebentando.Oposicão, macumunados com a midia rasteira e o judiciario parditario, estão dando um tiro no pé para 2018.

    1. ”’Essa oposição, sem votos,

      ”’Essa oposição, sem votos, ”

      50 milhões de votos é pouca coisa?

        Vc poderia dizer:

        Oposição perdedora– como são todas oposições no mundo.

                 Aí sim.

  4. Eu entendo e concordo com a

    Eu entendo e concordo com a preocupacao em manter a economia funcionando, mas pergunto pelas empresas que foram prejudicadas por nao aderir a roubalheira. Trabalhando pela sobrevivencia das envolvidas, vamos tirar espaco das que sao honestas.

  5. Já existem, por analogia, soluções para esse tipo de impasse.

    Já existem, por analogia, soluções para esse tipo de impasse;

    A Agência Nacional de Saúde, por exemplo, diante da detecção de anormalidades administrativas ou desequilibrios econômico-financeiros graves em operadoras de planos e seguros de saúde, tem em seu arsenal de ações três mecanismos que visam a estabilidade do mercado e a proteção de contratantes de planos e seguros de saúde, bem como dos prestadores de serviço vinculados a esses planos e seguros de saúde, que são:

    – Direção Técnica (RESOLUÇÃO NORMATIVA – RN Nº 256, DE 18 DE MAIO DE 2011)

    – Direção Fiscal (RESOLUÇÃO NORMATIVA – RN Nº 316, DE 30 DE NOVEMBRO 2012)

    – Alienação de carteiras (RESOLUÇÃO NORMATIVA – RN Nº 112, DE 28 DE SETEMBRO DE 2005)

    Mutatis mutandis, qualquer grande contrato com grandes empresas e empreiteiras, da mesma forma que um “plano de saúde”, extrapola a autonomia intrínseca dessas grandes empresas e empreiteiras e as compromete num contexto maior, que envolve não só subcontratações como expectativas várias, inclusive de cunho político e alto interesse social, a merecer vigilância mais estreita e regulação mais específica e, inclusive, legislação que permita a intervenção imediata da Autoridade, garantindo a continuidade da prestação dos serviços contratados mesmo diante de questões, de qualquer natureza, que afetem diretamente a capacidade de resolução das empresas envolvidas.

    Está tardando uma AGÊNCIA, capaz de regular, fiscalizar e intervir de maneira ágil, nessa tipologia de conflitos.

     

  6. O problema de discurso

    O problema que não tem como ser confrontado é o de discurso. A sociedade brasielira surtou pois acha que a aplicação da justiça resolverá todos os seus problemas. Se esqueceu de olhar que existe toda uma integração de atividades socio-econômicas para se levar em consideração e não somente o lado do judiciario, Esse discurso não sobrevive a fatos realisticos, pois mesmo que se recupere R$4 bilhões se estima uma perda de R$87 bilhões:(ver: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,lava-jato-pode-tirar-r-87-bilhoes-da-economia-brasileira-este-ano-aponta-estudo,1662792

    Mesmo todas as baixa contábeis da Petrobras no limite de perda não chegarão a metade deste valor, e baixas contábeis não devem a desvios de corrupção: (ver: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,balanco-da-petrobras-nao-incluira-perdas-com-corrupcao-da-lava-jato,1662561)

    O problema deste discurso está vinculado a visão ainda modernista ou absoluta de nossa cultura, que impede que nossos formuladores consigam transpor para além de sua área de interassão o peso necessário para se discutir e montar estratégias e políticas públicas para soluções de crises de nosso estado. O poblema reside que tanto nosso estado quanto nossa base social é muito mais complexa e exige que a realidade se adapte de uma forma ou de outra. Se se basear somente no descambo a que caiu o discuros político de justiçamento, a sociedade perderá não somente no capital na área do conheicmento e estrutura em forma monetária, mas dentro do capital social nosso que já o é muito sofrido. Daí haver espaços para comentaristas pregarem em rede de televisão o justiçamento, na rádio pedirem pela quebra de setores inteiros da economia, no congresso a diminuição de direitos dos cidadãos quebrando espaços para sua participação no debate político, diminuição dos direitos do menor sem contrapartida de escape a milhares de jovens deixados a parte de nossa sociedade. Daí não me supreendo no surgimento de novas ‘lideraças’ políticas que espalham seu discurso dislocaods da realidade e fundamentados em ‘logos’ e ‘jargões’. Para estes a ‘política’ se baseia em logos e marketing e não em propostas para movimento e realinhamento da sociedade para que esta supere suas diferenças e limitações. Infelizmente, não há considerações nem somente para estudos baseados em data, ánalise, quanto mais para se discutir os problemas estruturais da interação de brasileiros em nossa sociedade.

    Neste discurso baseado em ‘logos’ o PT é o pecado objetivo que necessita ser extirpado (não políticas públicas complexas serem elaborada contra corrupção, que se transformará no futuro e necessitará de novas políticas públicas a serem adaptadas e elaboradas no futuro); o ‘comunismo’ brasileiro o pecado subjetivo que necessita ser expiado de nossas vidas através do sacrificio de bodes expiatórios.

    As contradições a partir daí explodem, pois o discurso parte e é alimentado de pessoas que olham o todo a partir de si. Daí cabe a magistrados de primeiro grau pedirem reformas que estão em contradição em várias aspectos de nossa constituição; jornalista de direita fazer lista com dez mortes provocadas por menores como justifucativa para se mudar a lei (quantas pessoas nossa polícia matou? quantos morreram devido a nossa organização social?); gente que mora no exterior e recebe beneficios e quer estudar com subsidios de governo, ser contra o bolsa família; propor a quebra institucional através de um golpe branco sem ao menos pensar no que vem depois; alunos que rejeitam em fazer uma analise critica de Marx (não aceitá-lo, que daí já é outra história), sendo que em Yale se debate suas analises em curso de capitalismo (curso aberto e disponível para todos que podem acesar ITunes ou YouTube), na Lodon School of Economics há espaço para David Harvey dialogar; e até mesmo na Dinity School de Berkley há espaço para Harvey dialogar. 

    Triste: mas o discurso político no Brasil hoje está muito contaminado demais. A dissonância cognitiva e política formativa de nosso país necessita de estadistaS que possam pensar para além de seu umbigo. Hoje apenas vejo grupos se formando para preservar seu pedaço e acesso ao poder num momento de transição que será muito mais grave do que muitos imaginam.

     

  7. O problema de discurso

    O problema que não tem como ser confrontado é o de discurso. A sociedade brasielira surtou pois acha que a aplicação da justiça resolverá todos os seus problemas. Se esqueceu de olhar que existe toda uma integração de atividades socio-econômicas para se levar em consideração e não somente o lado do judiciario, Esse discurso não sobrevive a fatos realisticos, pois mesmo que se recupere R$4 bilhões se estima uma perda de R$87 bilhões:(ver: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,lava-jato-pode-tirar-r-87-bilhoes-da-economia-brasileira-este-ano-aponta-estudo,1662792

    Mesmo todas as baixa contábeis da Petrobras no limite de perda não chegarão a metade deste valor, e baixas contábeis não devem a desvios de corrupção: (ver: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,balanco-da-petrobras-nao-incluira-perdas-com-corrupcao-da-lava-jato,1662561)

    O problema deste discurso está vinculado a visão ainda modernista ou absoluta de nossa cultura, que impede que nossos formuladores consigam transpor para além de sua área de interassão o peso necessário para se discutir e montar estratégias e políticas públicas para soluções de crises de nosso estado. O poblema reside que tanto nosso estado quanto nossa base social é muito mais complexa e exige que a realidade se adapte de uma forma ou de outra. Se se basear somente no descambo a que caiu o discuros político de justiçamento, a sociedade perderá não somente no capital na área do conheicmento e estrutura em forma monetária, mas dentro do capital social nosso que já o é muito sofrido. Daí haver espaços para comentaristas pregarem em rede de televisão o justiçamento, na rádio pedirem pela quebra de setores inteiros da economia, no congresso a diminuição de direitos dos cidadãos quebrando espaços para sua participação no debate político, diminuição dos direitos do menor sem contrapartida de escape a milhares de jovens deixados a parte de nossa sociedade. Daí não me supreendo no surgimento de novas ‘lideraças’ políticas que espalham seu discurso dislocaods da realidade e fundamentados em ‘logos’ e ‘jargões’. Para estes a ‘política’ se baseia em logos e marketing e não em propostas para movimento e realinhamento da sociedade para que esta supere suas diferenças e limitações. Infelizmente, não há considerações nem somente para estudos baseados em data, ánalise, quanto mais para se discutir os problemas estruturais da interação de brasileiros em nossa sociedade.

    Neste discurso baseado em ‘logos’ o PT é o pecado objetivo que necessita ser extirpado (não políticas públicas complexas serem elaborada contra corrupção, que se transformará no futuro e necessitará de novas políticas públicas a serem adaptadas e elaboradas no futuro); o ‘comunismo’ brasileiro o pecado subjetivo que necessita ser expiado de nossas vidas através do sacrificio de bodes expiatórios.

    As contradições a partir daí explodem, pois o discurso parte e é alimentado de pessoas que olham o todo a partir de si. Daí cabe a magistrados de primeiro grau pedirem reformas que estão em contradição em várias aspectos de nossa constituição; jornalista de direita fazer lista com dez mortes provocadas por menores como justifucativa para se mudar a lei (quantas pessoas nossa polícia matou? quantos morreram devido a nossa organização social?); gente que mora no exterior e recebe beneficios e quer estudar com subsidios de governo, ser contra o bolsa família; propor a quebra institucional através de um golpe branco sem ao menos pensar no que vem depois; alunos que rejeitam em fazer uma analise critica de Marx (não aceitá-lo, que daí já é outra história), sendo que em Yale se debate suas analises em curso de capitalismo (curso aberto e disponível para todos que podem acesar ITunes ou YouTube), na Lodon School of Economics há espaço para David Harvey dialogar; e até mesmo na Dinity School de Berkley há espaço para Harvey dialogar. 

    Triste: mas o discurso político no Brasil hoje está muito contaminado demais. A dissonância cognitiva e política formativa de nosso país necessita de estadistaS que possam pensar para além de seu umbigo. Hoje apenas vejo grupos se formando para preservar seu pedaço e acesso ao poder num momento de transição que será muito mais grave do que muitos imaginam.

     

  8. O problema de discurso

    O problema que não tem como ser confrontado é o de discurso. A sociedade brasielira surtou pois acha que a aplicação da justiça resolverá todos os seus problemas. Se esqueceu de olhar que existe toda uma integração de atividades socio-econômicas para se levar em consideração e não somente o lado do judiciario, Esse discurso não sobrevive a fatos realisticos, pois mesmo que se recupere R$4 bilhões se estima uma perda de R$87 bilhões:(ver: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,lava-jato-pode-tirar-r-87-bilhoes-da-economia-brasileira-este-ano-aponta-estudo,1662792

    Mesmo todas as baixa contábeis da Petrobras no limite de perda não chegarão a metade deste valor, e baixas contábeis não devem a desvios de corrupção: (ver: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,balanco-da-petrobras-nao-incluira-perdas-com-corrupcao-da-lava-jato,1662561)

    O problema deste discurso está vinculado a visão ainda modernista ou absoluta de nossa cultura, que impede que nossos formuladores consigam transpor para além de sua área de interassão o peso necessário para se discutir e montar estratégias e políticas públicas para soluções de crises de nosso estado. O poblema reside que tanto nosso estado quanto nossa base social é muito mais complexa e exige que a realidade se adapte de uma forma ou de outra. Se se basear somente no descambo a que caiu o discuros político de justiçamento, a sociedade perderá não somente no capital na área do conheicmento e estrutura em forma monetária, mas dentro do capital social nosso que já o é muito sofrido. Daí haver espaços para comentaristas pregarem em rede de televisão o justiçamento, na rádio pedirem pela quebra de setores inteiros da economia, no congresso a diminuição de direitos dos cidadãos quebrando espaços para sua participação no debate político, diminuição dos direitos do menor sem contrapartida de escape a milhares de jovens deixados a parte de nossa sociedade. Daí não me supreendo no surgimento de novas ‘lideraças’ políticas que espalham seu discurso dislocaods da realidade e fundamentados em ‘logos’ e ‘jargões’. Para estes a ‘política’ se baseia em logos e marketing e não em propostas para movimento e realinhamento da sociedade para que esta supere suas diferenças e limitações. Infelizmente, não há considerações nem somente para estudos baseados em data, ánalise, quanto mais para se discutir os problemas estruturais da interação de brasileiros em nossa sociedade.

    Neste discurso baseado em ‘logos’ o PT é o pecado objetivo que necessita ser extirpado (não políticas públicas complexas serem elaborada contra corrupção, que se transformará no futuro e necessitará de novas políticas públicas a serem adaptadas e elaboradas no futuro); o ‘comunismo’ brasileiro o pecado subjetivo que necessita ser expiado de nossas vidas através do sacrificio de bodes expiatórios.

    As contradições a partir daí explodem, pois o discurso parte e é alimentado de pessoas que olham o todo a partir de si. Daí cabe a magistrados de primeiro grau pedirem reformas que estão em contradição em várias aspectos de nossa constituição; jornalista de direita fazer lista com dez mortes provocadas por menores como justifucativa para se mudar a lei (quantas pessoas nossa polícia matou? quantos morreram devido a nossa organização social?); gente que mora no exterior e recebe beneficios e quer estudar com subsidios de governo, ser contra o bolsa família; propor a quebra institucional através de um golpe branco sem ao menos pensar no que vem depois; alunos que rejeitam em fazer uma analise critica de Marx (não aceitá-lo, que daí já é outra história), sendo que em Yale se debate suas analises em curso de capitalismo (curso aberto e disponível para todos que podem acesar ITunes ou YouTube), na Lodon School of Economics há espaço para David Harvey dialogar; e até mesmo na Dinity School de Berkley há espaço para Harvey dialogar. 

    Triste: mas o discurso político no Brasil hoje está muito contaminado demais. A dissonância cognitiva e política formativa de nosso país necessita de estadistaS que possam pensar para além de seu umbigo. Hoje apenas vejo grupos se formando para preservar seu pedaço e acesso ao poder num momento de transição que será muito mais grave do que muitos imaginam.

     

    1. Essa perda de 87 bi não está

      Essa perda de 87 bi não está relacionada diretamente com os desvios. Quase a totalidade foi produzida por revisão de valores de ativos recuperaveis pelo teste de Impairment e tem origem na queda de preço do petróleo e achatamento dos preços de venda no mercado interno.

      Essa proposição do jornal é uma distorcida proposital dos fatos para piorar a situação.

      Esse discurso todo dessa perda de 87 bi é ideologicamente enviesado.

       

       

       

  9. Uma alternativa

    Nassif e amigos:

    Eu penso diferente. A melhor solução para o caso seria, em primeiro lugar, punir as empresas e proibi-las de contratar com a Petrobrás, uma vez que ela roubaram o patrimônio do povo, e não adianta mais negar ou relativizar este fato. De má-fé, inventaram custos e obras com o intuito de distribuir propina, e isso não pode ficar impune. 

    Mas existe a questão da economia, que é uma preocupação correta. Para isso, penso que a melhor solução seria distribuir as obras tocadas pelo Clube do Bilhão para as médias e pequenas empresas de engenharia nacionais, que na prática já tocam as obras.

    As Grandes nao tem há anos corpo técnico nem de operários: terceirizam e quarteirizam as obras que ganham nas licitações. O que elas têm, além de dinheiro, é influência junto aos que decidem. Vendem sua imagem, mas o serviço pesado e técnico já é feito por outras empresas. Por que estas empresas, que sabem trabalhar e tem condições, mas nao tem dinheiro, nao podem ser apoiadas para reunir todas as condições e assumirem as obras?

    Seria uma oportunidade de, ao mesmo tempo, nos livramos do Clube do Bilhão, que voltará a roubar tão logo seja possível – se é que parou, e alavanar o mercado nacional de engenharia e de construção civil com gente nova e séria. 

    É uma opinião, que fica para o debate. 

     

    1. Não sabia desses detalhes,

      Não sabia desses detalhes, Moacir. Isso é fato, mesmo? São as empresas menores que tocam as obras?

      1. Alternat

        Flávio:

        Nao sou do ramo e não sei detalhes, mas funciona assim mesmo. O Clube do Bilhão só negociacas obras, as agência, masquem toca são firmas menores. 

        1. E outra…

          E outra, quando acontecem problema nas obras, a turma da pesada responsabiliza as pequenas. É um sistema podre. Essa conversa mole de salvar essas empresas na verdade deve esconder o desejo de salvar os grandes beneficiários da parte política do esquema. Desnecessário dar os nomes, são os suspeitos de sempre. 

          Se o sistema fosse idôneo e saudável, a ideia de salvar as UTC’s da vida seria uma injustiça com as outras empresas participantes dos processos licitatórios. Mas como se trata de um cartel…

  10. Ja que a lei é igual pra
    Ja que a lei é igual pra todos, as empresas que pagaram propina a funcionarios publicos para nao pagar o que devem ao fisco serao liquidadas, na lista o Banco Safra…RBS filiada a Globo…a propria Globo no caso do sumiço do processo para dar tombo de 1 bi no fisco…os criminosos ficarao presos na Guatanama de Moro pra confessar sob tortura….se bem que as provas do suicalao e zelotes estao ai mas quem ha de mexer no vespeiro de ladroes do bico grande…

  11. Oper. Zelotes dá de 7 x 1 na Lava Jato. Mas o PIG não tá nem aí.

    RBS, afiliada da Globo, joga culpa nos advogados por sonegação na Zelote.

      A RBS, afiliada gaúcha e catarinense da Rede Globo, foi pega na Operação Zelote da Polícia Federal, como beneficiária da suposta sonegação de R$ 150 milhões em impostos mediante pagamento de propinas a auditores da Receita Federal.    Quando estourou a operação Zelote a RBS publicou em seu site: “A RBS desconhece a investigação e nega qualquer irregularidade em suas relações com a Receita Federal”.
     Segundo o jornalista Renan Antunes de Oliveira, de Santa Catarina, quatro dias depois, na noite de 1º de abril, Duda Sirotsky, neto do fundador e presidente do grupo, deu um upgrade na versão: já não nega que houve suborno e sonegação, mas joga a responsabilidade para terceiros. Para conter os danos à imagem do grupo, Duda iniciou um giro de emergência entre as filiais da empresa nos dois estados, apresentando a nova posição oficial aos empregados. Em Florianópolis, Duda disse: “Nós apenas contratamos, inadvertidamente, um dos escritórios de advocacia hoje identificado como sendo de lobistas que subornavam conselheiros do CARF”. Diante do silêncio dos empregados, uniu as duas mãos e implorou: “Por favor, acreditem: eu não sabia de nada”.

     

    1. Não se iluda

      Sabe que é Erenice Guerra ?

       

      Em valores atualizados, a Huawei discute no Carf um débito de 705,5 milhões de reais, resultante de cobranças efetuadas pela Receita Federal. Nos documentos apreendidos, está estabelecido o prêmio a ser pago a Erenice em caso de êxito: 1,5% do valor que a empresa deixaria de recolher aos cofres públicos. Admitida a hipótese de a cobrança ser anulada integralmente, caberiam a ela nada menos que 10 milhões de reais. O contrato foi acertado em 2013. José Ricardo ocupou o conselho do Carf até fevereiro do ano passado. Resumindo, Erenice se associou a um conselheiro do Carf para atuar em favor de uma empresa multada pelo próprio Carf. A relação de Erenice com José Ricardo fica evidente numa “procuração de gaveta” também apreendida. E mais: quando estava na Casa Civil, Erenice já dava uma mãozinha aos planos de José Ricardo de ampliar seus poderes sobre as decisões da Receita.

      1. Erenice não é aquela amiga da

        Erenice não é aquela amiga da Dilma que saiu do governo por um probleminha de tráfico de influência?

      2. Tá bom….

        Já está condenada por antecipação?

        Afinal de contas, a Veja é a nossa “bíblia”, né?

        Já podemos apedrejá-la em praça pública?

    2. De fato existem

      De fato, existem sim, “bancas de advogados” dedicadas a dar suporte a dívidas tributárias de empresas e que dispõe de todo um “leque de soluções”, não só a prática de subornos;

      Algumas intermedeiam “moedas podres” por um percentual do valor de face, para fazer frente a esses encargos, outras, intermedeiam “pedras preciosas” (também por um percentual irrisório do valor de face) para dar “garantia” a processos e facultar recursos, outras ainda, operam em conluio com “Juízos Arbitrais” para intermediar “acordos trabalhistas”, geralmente lesivos ao trabalhador, que muitas vezes pensa estar sendo amparado pela Justiça do Trabalho… Enfim:

      Na selva em que se transformou a nossa sociedade, viceja todo tipo de “leão”.

  12. Mais e más notícias sobre a Operação Zelotes

    A Polícia Federal apontou o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau Johannpeter, como o responsável pela maior propina descoberta na Operação Zelotes, que investiga esquema de pagamento de comissões para diminuir ou suspender junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais multas impostas pela Receita Federal.

    De acordo com reportagem do Estado de S. Paulo, no caso da Gerdau, trata-se de uma comissão de R$ 50 milhões para aliviar uma condenação fiscal de R$ 4 bilhões.

    A Gerdau divulgou nota afirmando que contrata “escritórios externos” para assessorá-la em questões tributárias e que pagamentos estão condicionados ao êxito dos processos. Também segundo a Gerdau, os pagamentos não teriam sido realizados porque as ações ainda estão em curso.

     

  13. Eu diria que é impossível

    Eu diria que é impossível esses acordos gerarem algum resultado. 

    Há diversos fatores a sere considerados :

    – Não há nenhuma vontade genuína ( termo da moda ) dos cotroladores de assumirem o ônus pessoalmente. De se sacrificarem como kamikazes para salvar empresas e, como alguns dizem, a economia brasileira. Eles não tem a menor vocação para mártires;

    – A posse e o controle das empresas são seu único trunfo. Qual a vantagem de abdicar amigavelmente de um bem que pode ser, ou não, vendido muito caro na justiça, com processos se prolongando por anos e anos, ainda com a chance de serem todos inocentados;

    – As obras dessas empresas não se limitam aquelas sob suspeição na Petrobras e na Lava-Jato. Há obras com a iniciativa privada, com governos das esferas municipais, estaduais e federal, além de governos estrangeiros. Porque abdicariam de tudo isso ? ;

    – As maiores empresas do grupo do bilão, justamente aquelas que podem “paralisar”  uma economia que se entregou e virou refém a um cartel,  são de origem familiar e tem sócios herdeiros de todos os tipos: irmãos, sobrinhos, ex-mulher, etc.  Boa parte delas é ontrolado por holdings familiares. A confissão de corrupção, e consequente perda da companhia,  iria gerar contra os administradores uma enxurrada de processos civis de todos os tipo.

    Para mim está evidente que a resolução desse problema criado pela falta de controle do Estado não passa pela colaboração e boa vontade dos denunciados, mas sim por uma ação de autoridade e de força de um governo e instituições preocupadas genuinamente em não colapsar a economia. 

    Mas aí temos o grande problema: quem tem, ou teria, autoridade para agir está refém de seus atos e dos atos de seus partidários. 

     

  14. “Simão tem noção dos chamados

    “Simão tem noção dos chamados valores intangíveis de uma empresa, o conhecimento acumulado, o conjunto de empregados, a estrutura comercial, tecnológica, os pequenos negócios que gravitam em torno dela, a importância para seu entorno, como municípios que dependem quase exclusivamente de uma grande empresa.

    Mas reconhece a falta de compreensão da opinião pública.”

    Que falta de compreensão da opinião pública que é essa?. O Simão ou alguém da Lava Jato, como nós, também são instruídos a pensar como o texto nos ensina, a fim de aumentar a própria persistência das arbitrariedades.

    Por isso, importante é ter em mente que, as vezes, querem apenas nos silenciar.

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