Ontem, no artigo “A ciência demência das metas inflacionárias” apontei a incongruência do Banco Central em manter elevada a taxa Selic (para conter o crédito) e ao mesmo tempo flexibilizar o crédito.
A flexibilização do crédito é sinal de que o BC teme uma recessão. Logo, nada mais natural que reduzisse a Selic. Não o fez, ajudando a queimar recursos orçamentários para beneficiar rentistas.
O que escrevi:
“Tome-se a última ata do Banco Central. É de uma irracionalidade a toda prova. Diz que vai manter a taxa Selic no alto patamar de hoje, mas vai flexibilizar o crédito. Onde está a lógica? O aumento da Selic visa justamente reduzir a demanda por crédito. O BC informa que vai manter a Selic elevada e aumentar o crédito. E os analistas econômicos e economistas de mercado dizem: agora sim, o BC vai recuperar sua credibilidade. Como assim? Se ele apresenta dois objetivos claramente conflitantes, como pretende recuperar sua credibilidade? Simples: a cadeia improdutiva da renda fixa criou o chamado efeito-manada, o prêmio por bom comportamento. Se o BC aumenta os juros, em qualquer hipótese ou circunstância deve-se elogiar sua competência e o brilhantismo de seu presidente”.
O BC se explicou nos jornais de hoje, um fantástico exercício de sofismar, onde descreve mil
desdobramentos da medida mas não explica o seu significado, à luz da manutenção da taxa Selic.
Diz a tal fonte da equipe econômica:
“O governo afirma que um corte de juros tem impacto em toda a economia. As mudanças desta sexta, apenas no crédito”
Fantástico! Pelas atas do Copom, o único objetivo explícito da taxa Selic é influir no canal do crédito. E as fontes informam que, com as mudanças, pretendeu atuar apenas no crédito. O que sobrou então? Ganhos exorbitantes para os aplicadores de renda fixa e para o capital externo gafanhoto.
Esse paradoxo comprova o papel extremamente deletério do presidente do BC Alexandre Tombini em resistir à queda da Selic. Seria a desmoralização do sistema de metas inflacionárias. Seria tirar do BC esse poder autocrático de fazer o que quiser com os juros, bastando para tal levantar qualquer explicação capenga e ficar liberado para, na véspera da recessão, manter esse nível indecente de juros.
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Os mais antigos, Gunter,
Os mais antigos, Gunter, diriam que é “luta de classes” entre o estamento financeiro, acostumado com a vida boa, e o “setor produtivo”, sobretudo a indústria” preocupado com a demanda.
Eu discordo. Mesmo no setor industrial uma enorme parte dos ativos são financeiros. Quando a renda de juros diminui, o aumento de preços é imediato. Só assim se preserva o nível de receita para fazer face a o padrão de despesas (pessoais, em princípio, e lá fora, por luxo e distinção).
Daí a alegria dos ideólogos quando dizem que o BC deu um “choque de credibilidade”. Ou seja: agradaram a “todos”; mantiveram o bloco unido. Em pleno ano eleitoral! É quase uma nova carta aos brasileiros!
E o povão se endividando mais e mais…
Quer mecanismo de transferência de renda melhor?
A tal “classe média” é que não está, como sempre, entendendo nada, e, por isso, odiando cada vez mais. Os preços dos serviços subindo e a dívida do cartão de crédito também. Vão ficar chiques como?
Boa Nassif,
Mas eu gostaria
Boa Nassif,
Mas eu gostaria de acrescentar uma reflexão adicional neste momento, que pelo que me parece ninguém ainda tocou neste assunto, que pra mim é a derrota total do governo Dilma e Bacen nesta queda de braço com o mercado em relação à SELIC e seus efeitos em relação ao controle da inflação.
Para quem ainda se lembra, o início do governo Dilma foi marcado pela baixa da SELIC e com a novidade da utilização das medidas macro-prudencias para o controle da inflação, justamente e claramente com o objetivo de quebrar a até então unânime correlação entre alta de SELIC/controle de inflação propragandeada pelo chamado “mercado”.
Pois é com profunda tristeza que noto que, ao final do seu governo, o BC de Dilma e Mantega se curvou perante este mesmo mercado, com a ação exatamente inversa às do início do governo, ou seja, parece-me que hoje mais forte do que nunca ficou o “consenso” na sociedade de que a única ferramente para o controle da inflação é a SELIC e, agora pior, que a SELIC não é ferramenta para se combater a fraqueza da economia, mas o simples desmonte das medidas macro-prudencias de outrora.
Ou seja, no mínimo, o governo fez aposta errada em relação à política monetária. A estratégia de reduzir a SELIC para quebrar o consenso de que ela por si só não controla inflação coisa nenhuma deu errado, pois no final o mercado ganhou a queda de braço e manteve a hegemonia dos seus conceitos. A estratégia do governo fracassou.
A pergunta a ser feita agora é: o que deu errado? Por que o governo falhou? Como ele deveria agir, mais racionalmente, para finalmente vencer a batalha com a mídia e o mercado?
Inflação no teto da meta é a maior ação anti rentista do BC
Droubi (sábado, 26/07/2014 às 15:05),
Como defensor do governo eu tenho argumentos favoráveis a todas as medidas adotadas nesses quase 4 anos de governo de Dilma Rousseff. Não sou economista e, portanto, na maioria das vezes, os meus argumentos são de natureza política. Quem for contrário ao governo que apresente os contra argumentos ao que eu defendo.
Eu disse quase quatro anos, mas devo retroceder para desde 2007, tendo em vista que desde este período as medidas econômicas estiveram sob o comando de Guido Mantega. Agora defendo as medidas sob o argumento político porque pela minha ideologia eu prefiro que o comando da política econômica permaneça em mãos de quem está. Quero dizer com isso que reconheço que sob o aspecto econômico outras medidas deveriam ter sido tomadas ao longo do período. A primeira dela seria não ter permitido que o país crescesse muito em 2007 e 2008 (até o quarto trimestre). Em 2008, se mantivesse o ritmo de crescimento dos três primeiros trimestres o país cresceria a uma taxa próxima de 7%. Eu creio que o Brasil deveria ter crescido em 2007 e nos três primeiros trimestres de 2008 em uma taxa cerca de 1 a 2% menor do que o crescimento existente.
A segunda medida diferente seria em 2009. Em minha avaliação, o país deveria ter buscado em 2009, uma taxa de câmbio que permitisse um crescimento puxado pelo mercado externo ainda que o mercado externo estivesse debilitado. Só que o crescimento puxado pelo mercado externo seria mais lento e dificilmente conseguira garantir a eleição de Dilma Rousseff em 2010.
A terceira medida diz respeito ao governo da presidenta Dilma Rousseff. Em 2011, o governo deveria ter feito uma maxidesvalorização do real e subido o juro bastante de modo a manter a inflação em patamares aceitável pela população. Todas as medidas econômicas que eu recomendaria trazem também os contra argumentos. Em relação por exemplo a maxidesvalorização do real em 2011 e o aumento do juro há que se considerar que segundo análise recente do Banco Central havia uma possibilidade de bolha na construção civil tendo em vista o crescimento dos preços dos imóveis em 2009. Então talvez o melhor encaminhamento seria o que foi dado pelo governo em tentar acertar a economia nas suas várias frentes de modo paulatino.
Na reunião de 30 e 31 de agosto de 2011, o Banco Central deu o famoso cavalo de pau, fazendo a taxa Selic cair de 12,50% para 12,00%, sob o argumento de que a economia mundial iria entrar em um período de estagnação que teria um impacto no Brasil correspondente a um quarto do impacto da crise de 2008. Transcrevo a seguir o item 18 da ata da 161ª Reunião do Copom:
“18. Um cenário alternativo, construído e analisado sob a perspectiva de um modelo de equilíbrio geral dinâmico estocástico de médio porte, admite que a atual deterioração do cenário internacional cause um impacto sobre a economia brasileira equivalente a um quarto do impacto observado durante a crise internacional de 2008/2009. Além disso, supõe que a atual deterioração do cenário internacional seja mais persistente do que a verificada em 2008/2009, porém, menos aguda, sem observância de eventos extremos. Nesse cenário alternativo, a atividade econômica doméstica desacelera e, apesar de ocorrer depreciação da taxa de câmbio e de haver redução da taxa básica de juros, entre outros, a taxa de inflação se posiciona em patamar inferior ao que seria observado caso não fosse considerado o supracitado efeito da crise internacional”.
Muitos economistas criticaram esta avaliação do Banco Central, mas considerando a diferença temporal das duas crise, a primeira se circunscrevendo a um trimestre havendo recuperação no mundo em seguida enquanto a de 2011 ainda que menos intensa perdura desde então parece que o prognóstico do Banco Central foi muito acertado.
O que talvez tenha frustrado muito o prognóstico do Banco Central quando iniciou a redução da taxa de juro foi a seca que castigou o oeste americano do final de 2011 até 2012. Veja por exemplo esta reportagem “Seca nos EUA, inflação no Brasil”, postada em 11/08/2012, e que se encontra no seguinte endereço:
http://agro.gazetadopovo.com.br/arquivo/seca-nos-eua-inflacao-no-brasil/
Ou esta que consta como tendo sido postada há dois anos e se encontra no site do Beefpoint. O título da matéria é “Seca nos EUA inflaciona preço de alimentos no Brasil” de 11/08/2012, e pode ser vista no seguinte endereço:
http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-do-boi/seca-nos-eua-inflaciona-preco-de-alimentos-no-brasil/
Agora, além dos acertos que o Banco Central traz no seu histórico de atuação em que o prognóstico sobre a crise que se avizinhava deve ser destacado, eu penso que ter trabalhado com uma inflação alta mas não deixado que ela ultrapasse o teto da meda é um acerto impressionante. Ainda mais quando se considera que o juro real para manter uma inflação em torno de 6% é bem menor do que o juro real necessário para manter a inflação em torno de 4,5. É o que se vê claramente no quadro que Alexandre Schwartsman disponibiliza junto ao post “Derruba sim…” de terça-feira, 08/04/2014, e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2014/04/derruba-sim.html
Aliás, é de suma importância compreender a qualidade da condução da política monetária que manteve a inflação no patamar mais próximo do teto da meta. Esta compreensão passa pela análise do efeito que um juro real menor tem na economia. Juro real menor faz a dívida pública crescer menos e faz também a dívida das famílias crescer menos. No fundo é o que eu disse como título a este comentário, inflação no teto da meta é a maior ação anti rentista que o governo pode tomar. E aqui eu reconheço que se trata de medida correta economicamente mas ruim do ponto de vista político, pois significa inflação mais alta e isto cria resistência do povo para com o seu governante.
Apesar de todos os acertos do ponto de vista econômico, o Banco Central do Brasil também errou. Talvez uma dos grandes erros do governo foi ter permitido que a inflação de 2013 fosse maior do que a inflação de 2012. Do meu ponto de vista este erro não é econômico pois considero que uma inflação maior é melhor economicamente para o país. Vejo esse erro mais sob o aspecto polítoco pois o governo não poderia alegar em defesa da política dele que ele está diminuindo a inflação ano a ano.
Erro, entretanto, que se deve reconhecer autorizou que houvesse o aumento da Taxa Selic em 0,5 pontos percentuais quando o esperado era 0,25% percentuais na primeira reunião de 2014. Bem, e o aumento maior do juro em 2014, fez com que o Banco Central do Brasil fosse avaliado como um banco central de liderança, como se pode ver na reportagem que saiu no blog Beyond Brics com o título “EM central bankers: guiders, reactors and Mavericks” a matéria de Jonathan Wheatley, publicada na terça-feira, 03/02/2014 às 03:49 pm. Na reportagem Jonathan Wheatley faz uma classificação dos presidentes dos Bancos Centrais nos principais Bancos Centrais dos países emergentes do mundo. A matéria “EM central bankers: guiders, reactors and Mavericks” pode ser visto no seguinte endereço:
http://blogs.ft.com/beyond-brics/2014/02/03/em-central-bankers-guiders-reactors-and-mavericks/
Na reportagem o presidente do Banco Central do Brasil Alexandre Tombini é classificado como presidente guia que antecipou a subida do juro. É de se observar que o blog Beyond Brics se encontra no site do Financial Times um jornal que junto com a revista The Economist têm sido bastantes críticos do governo brasileiro, em crítica que é mais direcionada ao Ministério da Fazenda, mas que ao fim e ao cabo não poupa ninguém do governo de Dilma Rousseff. Por outro lado, eu tenho que reconhecer que um elogio em um blog no Financial Times não dignifica o governo da presidenta Dilma Rousseff.
Bem, toda a análise há que ser feita considerando que o interesse do governo é de se manter no poder e tomou as ações que ele julgava necessária para a manutenção no poder. As ações eram políticas e não econômicas. Infelizmente para o governo a questão mais importante a considerar é o fato de que ter trabalhado com o teto da meta em uma época de julgamento da Ação Penal 470 constituiu no fator preponderante para dar fermento as manifestações de junho de 2013, que politicamente destruiu a popularidade da presidenta Dilma Rousseff.
Apesar de tudo, o governo ainda tem muitas balas para usar para permanecer no poder, sendo a tendência da inflação decrescente de junho até as eleições a mais importante delas. E esta inflação decrescente é fruto da ação do Banco Central. Enfim, a inflação que é um problema político e não um problema econômico está na mão do Banco Central do Brasil. Aliás mais tem o domínio da inflação o Banco Central do Brasil do que os Bancos Centrais dos países desenvolvidos pois lá há todo um esforço para fazer a inflação maior e não conseguem.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 26/07/2014
Selic
Portugal, cujas dificuldades todo o mundo conhece, lançou títulos no mercado no último mês. Colocou todos,com uma taxa abaIxo dos 4%. Por que as nossas têm que ser 200% maiores?
Mas a taxa Selic alta nada
Mas a taxa Selic alta nada tem a ver com crédito. É apenas para manter os rentistas calmos. Caso contrário a inflação aumenta. Aumenta porque trabalhada por esses rentistas. Essa gente tem muita grana!
e o governo petista não…..
E o seu governo petista não tem grana e tem pagar juros estratofericos, porque é corrupto, medroso, preguiçoso, gastator, perdulario e incompetente!!!!
O mais impressionante – mas
O mais impressionante – mas nada surpreendente – foi ver e ouvir os ideólogos da globonews falando que o BC deu “um choque de credibilidade”.
É chocante e meridianamente claro: se o “mercado” e a imprensa dizem que é ruim, é porque é bom; se eles dizem que é bom, é porque é ruim.
JUROS, CRÉDITO, INFLAÇÃO.
Consultando os universitários
Nassif, aproveitando vosso conhecimento, nos informe, esta inflação atual é de custo ou de demanda?
Se o Bacen baixar a selic o que ocorre com o cambio?
Sobre economia brasileira
Enquanto, o sistema financeiro for mais rendavel que o sistema produtivo ,nos nunca vamos ter um resultado benefico
para o emprendedor,visto que é muito mais confortavel colocar ocapital na especulação,
O problema é que os Bancos teem o cliente certo para lhe emprestar o capital e, por isso eles nem se preocupam em
ir atrás de investidor para lhe colocar á sua disposição ocapital que ele necessitá-se (logicamente com toda a seguraça),e que seja viavel o projeto do investidor, mas para melhorar,ainda mais a segurança colocar os eguro.
Os juros altos deveria ser só para coisas soperfulas e, mais nada.
Este Banco Central toma
Este Banco Central toma medidas pra lá de esquizofrênicas, torrando centenas de bilhões de reais para pagar o bolsa banqueiro e travando a economia, contaminando as expectativas do setor produtivo, que convive com uma taxa de juros altíssima nos empréstimos bancários e uma crescente inadimplência dos consumidores, afetando a confiança de toda a economia. Deveria, já na próxima reunião do copom, reduzir a Selic para 7%a.a., dando um forte estímulo à economia e expulsando o capital sanguessuga do país. Comparando: selic do México em 4,5%a.a. e Selic do Chile 3,75%a.a.
E O SEU GOVERNO PETISTA TEM DE FAZER O QUE?
O seu governo Petista incompetente, hipocríta e cinico deveria tbm parar de gastar mais do que arrecada, deveria incentivar a poupança da população e não o consumismo que nossa industria não está produzindo aqui no brasil, consumo de produtos que estão sendo supridos por importação por unica e exclusiva culpa do seu governo proporcionado por esse cambio criminoso e lesivo a patria, mais sinceridade em menos torcida não faz mal pra ninguem viu. Se o seu adorado governo tivesse feito a parte que seria obrigatória em qualquer governo descente quando foi tentada o recuo dos juros da selic no ano passado teria tido total sucesso, mas o seu governo preguiçoso e mentiroso não fez a parte dele então deu no que deu, mas vcs preferem colocar a culpa nos outros e nunca no seu governo petista e incomPTente.
“Contra fatos não há argumentos.”
Chama um metalúrgico sem estudo para ensinar economia para estes economistas.
Pelo menos haveria resultados visíveis e a economia cresceria 7,5% ao invés de 1%.
“Contra fatos não há argumentos.”
sério?
É sério ou é uma piada? rsrs
BC independente
Enquanto o Banco Central for completamente dependente do mercado financeiro, a situação será essa. É mais do que urgente que o BC se torne independente dos investidores, digo, especuladores e passe a depender totalmente dos cidadãos.
mais mentiras
Pelo que me consta quem nomeia os integrantes do BC é o seu governo petista, e o brasil continua dependente do mercado financeiro porque novamente seu governo petista gasta muito mais do que arrecada, rouba muito mais do que administra, incentiva a população a gastar mais do que poupa, seu governa so ferra quem quer produzir algo nesse país oferecendo um cambio letal para a competitividade da industria especialmente, ofereçe um carga tributaria imoral e por ai vai meu amigo, VAMOS SER MAIS HONESTOS AQUI?
EWZ é o veículo de investimento no Brasil
Brazil’s Coming Melt-Up
Jul. 25, 2014 1:49 PM ET |
Summary
Political change can be more stimulative than all the Quantitative Easing in the world.Recent polls show that Brazilian President Dilma Rousseff has been waning in popularity, resulting in the very real possibility that she does not get re-elected.Given how much Brazil has underperformed under her administration, it stands to reason a major change in the government could alter investor expectations.
“If there is no struggle, there is no progress.” – Frederick Douglass
Political change can be more stimulative than all the Quantitative Easing in the world. While central banks can attempt to control the flow of money, longer-term investments ultimately benefit most from structural regime changes, which those in government have the power to enact. Narenda Modi’s landmark win in India is proof of this, with India’s stocks, as represented by the Sensex Index, surging thus far in 2014 as the new administration allows for more market friendly policies to dominate the country.
I suspect Brazil is about to have its own Modi moment. Recent polls show that Brazilian President Dilma Rousseff has been waning in popularity, resulting in the very real possibility that she does not get re-elected. Dilma has been controversial to many given non-market friendly policies, on-going frustration over inflation, and spending policies that focused on the World Cup rather than badly needed infrastructure for citizens.
Given how much Brazil has underperformed under her administration, it stands to reason a major change in the government could alter investor expectations. Take a look below at the price ratio of the iShares Brazil ETF (NYSEARCA:EWZ) relative to the S&P 500 SPDRS ETF (NYSEARCA:SPY). As a reminder, a rising price ratio means the numerator/EWZ is outperforming (up more/down less) the denominator/SPY, overlayed with the ratio’s 20-day moving average (MA). Note that the ratio appears to be in the early stages of potentially breaking out of its relative ratio range.
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The biggest Energy holding in Brazil is Petrobras (NYSE:PBR). It’s worth focusing on the price behavior that largely because the state-run company has lost substantial market-cap because of limits on fuel prices forced by Rosseff. The Energy sector overall looks particularly interesting, and is currently our biggest overweight in our equity sector rotation ATAC Beta Rotation Fund (Ticker: BROTX). Take a look at Petrobras and its recent stock price behavior.
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With so much overall underperformance and potential regime change, Brazil may end up being the star performer among the BRICS (Brazil, Russia, India, China, South Africa) in the coming years under a new president. While they may have lost the World Cup, investors may be on the verge of winning something much bigger – a long awaited melt-up to come.
O que significa melt-up
Definition of ‘Melt Up’
A dramatic and unexpected improvement in the investment performance of an asset class driven partly by a stampede of investors who don’t want to miss out on its rise rather than by fundamental improvements in the economy. Gains created by a melt up are considered an unreliable indication of the direction the market is ultimately headed, and melt ups often precede melt downs. ——-A dramatic and unexpected improvement in the investment performance of an asset class driven partly by a stampede of investors who don’t want to miss out on its rise rather than by fundamental improvements in the economy. Gains created by a melt up are considered an unreliable indication of the direction the market is ultimately headed, and melt ups often precede melt downs.
Investopedia explains ‘Melt Up’
Financial analysts saw the run-up in the stock market in early 2010 as a possible melt up because unemployment rates continued to be high, both residential and commercial real estate values continued to suffer and retail investors continued to take money out of stocks.
———————What is a “market melt-up”? What is the definition of a “market melt up”?
You can probably guess that a “melt-up” is the opposite of a “meltdown”.
When the market “melts down”, major market indexes tank. This is usually triggered by some sort of geopolitical event (the start of a war, terrorist attack, etc) or the beginning of an economic downturn (recession, depression).
In a “market meltdown”, major indexes (such as the DJIA and NASDAQ) in the United States), may fall anywhere from 10-50%.
A “melt up” is the exact opposite – a “melt up” occurs when the markets suddenly explode higher.
A “melt up” might be triggered by:
1. Decreasing interest rates.
2. Strong earnings reports from prominent companies.
3. Economic recovery.
In a market “meltdown”, investors look for any reason to sell. The attitude is “sell first, think later”.
In a market “melt up”, investors are buying first and thinking later.
Market melt ups can result in increases of anywhere from 20 to 100%+ for the major market indexes.
A banca e o mercado financeiro alinhados contra a Dilma
Por isto que gosto do Mantega.
Nassif, não dá para não gostar, um cara que consegue esta unanimidade é dos meus.
falta coragem
Desgraçadamente a coragem para o enfrentamento quando necessário não foi o forte dos governos do PT, se criaram sobre o fantasma do fracasso, espalhados pelas aves de rapina do mercado especulador, de que seriam apeados do poder em 6 meses por incompetência de governar no sistema capitalista, coisa que aparentemente acreditaram, se retraíram, se esforçaram demais por desmentir, governando com receio de quebrar a louça, de desagradar ao mercado.
Mesmo quando veio o sucesso continuaram com temor da língua comprida do mercado especulador e de seu longo braço na imprensa.
Faltou coragem para enfrentar o oligopólio de imprensa, de regulamentar o setor, o único que possui um serviço público concedido absurdamente sem regulação e sem licitação.
Faltou e falta coragem também para enfrentar o mercado especulativo, o cartel rentista, esse que a cada medida governamental que não seja favorável a seus ganhos imediatos no curto prazo já a caracteriza como deletéria ao mercado e ao país, e mesmo que lhe favoreça, a nomina insuficiente, pois o que lhes interessa é queda desse governo e o retorno da política neoliberal, da ciranda financeira a granel, do descontrole total, o que lhes propiciaria maximizar lucros no curto prazo, se depois o país quebra, azar do país, o dinheiro continuará rendendo aqui ou migrará legal ou ilegalmente a outra parte do planeta.
Como não será em véspera de eleições que esse governo, fraco também na comunicação, tomará coragem, o mercado dos rentistas já atua com grande abertura, bancos fazem abertamente relatórios indicando orientações políticas a seus investidores abonados, pagam-se analistas por toda imprensa de oposição pregando o caos em caso de vitória de Dilma, anúncios de sites políticos travestidos de informações sobre ações abundam na internet, tipo empiricus, etc.
A política econômica parece querer agradar a todos mas nada do que fizerem será recebido pelo mercado especulador com agrado.
Uma coisa é certa, não será agradando ao cartel rentista que resolverá os problemas e gargalos da economia real, a única que deveria interessar.
Infelizmente a falta de coragem política cobra um alto preço, espero que não seja o da perda das eleições.
Resumiu de modo formidável.
Resumiu de modo formidável. Quando era possível mudanças mais ousadas por causa dos fortes ventos de popa ou alta popularidade, acovaradaram-se. Agora, Inês é morta.
Não torço para o retorno do estilo neoliberal, só acho certo que o gás acabou. A Dilma se elege e o que virá são mais quatro anos de estagnação. E não é da econômica que mais me importo, sim da social e política.
O país precisa de nova roupagem, musculatura institucional, não consegue com um presidente acuado.
Cérebro, não músculos
Com Dilma há a esperança de obtenção de coragem para os enfrentamentos necessários, e pelo menos se manter as politicas sociais, o retorno dos investimentos no pré sal e dos investimentos que foram – estão sendo – feitos em educação, politica externa independente, etc.
Importante uma reforma política e financiamento publico de campanhas.
Se perder….o retorno ao neoliberalismo, cada um por si, a concentração de renda, a subalternidade do país, a entrega do petróleo…que a divindade nos livre!
Prezado Basílio,
Mais tenho
Prezado Basílio,
Mais tenho fé que bons argumentos no que afirma.
Para a musculatura institucional que insinuei é preciso pacto politico não vislumbrado ao lado da presidenta.
O financiamento publico – uma ótima – virá pelo judiciário. Já é razoavelmente uma transformação na politica para melhor.
Quanto a outras, não tem como com PMDB, ruralistas, evangélicos, católicos e companhia.
No que se pode confiar fé talvez o deslanchar das obras de infra, pois aquelas na educação (pronatec, por exemplo) serão vistas só no longo prazo.
Enfim, que os ventos da economia mundial soprem favoravelmente.
A história se repete
Durante o governo Lulista foram 8 anos de questionamentos da política monetária , cujo pres do BC considerado um alienígena ideológico dentro do governo, sempre fez e aconteceu protegido pela a blindagem de Lula.Tombini apesar de mais palatável está resistindo a um tiroteio cerrado em todos os flancos.Se passará agosto , setembro e, no máximo ,outubro.Depois disso a eleição estará definida e não se fala mais nisso. Dilma eleita o cessar fogo durará até 2015.
Pipifias e merdiocres!
Pipifias e merdiocres!
O BANCO CENTRAL É PARA
O BANCO CENTRAL É PARA SERVIR AO MERCADO ESPECULATIVO COM MOEDASOU AO PAÍS ? ELE TEM QUE DECIDIR A QUEM SERVIR. INFELIZMENTE TEM UMA FORTE CULTURA QUE SE DEVE COLOCAR OS INTERESSES DOS RENTISTAS EM PRIMEIRO LUGAR
forte cultura é a culpada? kkkk
Rosalvo vc disse que a forte cultura que é culpada de sermos campeões de juros no mundo? rsrs PARA MIM O QUE É FORTE É A INCOMPETENCIA, GASTANÇA E CORRUPÇÃO DO SEU GOVERNO PETISTA
Taxa real
Duas ideias diferentes que são confundidas muitas vezes de propósito:
1 – a taxa de juros deve acompanhar a inflação
2 – a taxa de juros controla a inflação
a primeira vai no sentido de manter a taxa real, a segunda estabelece uma relação causal que não se encontra na primeira mas essa primeira, que também guia decisões econômicas, pode ser escondida com a intenção de provar a segunda quando na verdade pode até ocorrer o inverso com aumento de juros provocado pela inflação, para isso alguns analistas usam gráficos como os que se seguem para confundir, mas vamos usar os gráficos para esclarecer e lembrar o ponto a que chegamos o ano passado:
Taxa real de juros é a menor da história, mas mercado ainda pressiona por alta
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2013/04/taxa-real-ainda-e-a-menor-da-historia-mas-mercado-ainda-pressiona-por-alta
se olharmos a taxa real veremos que o bicho não é tão feio.
Acontece q seu grafico
Acontece q seu grafico termina em 2013 e foi de la pra ca q nos invertemos a tendencia.de diminuicao da taxa de juros real, o que nos alinhava com o resto do mundo, q tem taxa real zero ou negativa desde a crise de 2008. Nestas circustancias, 4,5% de juris real atuais aqui no Brasil sao juros astronomicos.
Meias verdades
Como sempre droubi como nesse post do Gão postam meias verdade para distorcer a dura realidade que os adoradores de partido sem autocritica relutam em enfrentar os erros desse governo petista incompetente.
NO BRASIL , COMO EM BOA PARTE
NO BRASIL , COMO EM BOA PARTE DO MUNDO HÁ UM LOBBY FORTÍSSIMO A FAVOR DO RENTISMO( JUROS ALTOS)
adorador de PT
Para de querer enganar as pessoas, quem manda no BC É DILMA MEU AMIGO
Pô NassifEste é o Brasil
Pô Nassif
Este é o Brasil surreal….o nosso, é o do emprego e consumo…..pergunte pra ViaVarejo ou Ambev se ta ruim….capitô mestre…..
Ganhos EXORBITANTES,
Ganhos EXORBITANTES, Nassif?Para os brasileiros que aplicam suas economias na RENDA FIXA?Para mim, é ENORME exagero, chamar os rendimentos da renda fixa de EXORBITANTES:Nesse nosso MUITO ESTRANHO país,se deixarmos uma quantia aplicada, na renda fixa, para COMPRAR UM CARRO, por exemplo, o investimento DESANDA, pois o carro AUMENTA mais de preço, que a rentabilidade das aplicações.Isso, acontece, com QUASE tudo no Brasil.Fico imaginando, COMO nosso povo possui quase um trilhão de reais, aplicados na renda fixa, se os ganhos obtidos, mês a mês, significam, PERDA de poder aquisitivo, na realidade.É só COMPARAR, os índices oficiais de inflação, no decorrer de alguns anos,com os AUMENTOS decretados pela indústria automotiva, por exemplo.
Acho que o foco principal é a eleição
Até lá eu acho que nenhum solavanco será dado, o negócio é segurar a peteca, manter principalmente a inflação no seu lugar. Qualquer sinalização poderia gerar um movimernto indesejável ao goverrno. Sei lá, não sou expert, é apenas uma opinião modesta.
Puxa, a Dilma não vai
Puxa, a Dilma não vai conseguir se defender da artilharia.
A intenção do BACEN não é outra senão deixar em aberto o porquê de ter liberado o dinheiro – que ajudaria Dilma na reeleição.
Pode demorar uns dias, mas o MERCADO e a MÍDIA vão mostrar a amadilha; dizendo que a Dilma não governa com transparência.
Parece que a equipe de oposição não vai dar tregua.
Os bobos que vão acreditar nisso são o alvo, inclusive aqui no blog.
adorador de partido fanatico
prezado a dilma é quem manda no BC, para de mentiras
Para lamber o rabo dos
Para lamber o rabo dos banqueiros, fazemos qualquer negócio.
O fato é os grandes donos de
O fato é os grandes donos de dinheiro precisavam que Dilma tivesse uns 5 pontos a mais para que ficassem nas suas tocas, sem correr nenhum risco. E isso precisa ser rápido e o único intrumento que o governo dispõem para isso é a selic e, portanto, a cartinha do Santader tem por ¨mérito¨ avisar para turma da Dilma que procurasse outra forma. Quem sabe mais dinheiro e que isso seja usado para pagar as dívidas com os ditos cujos ?
A logica é essa!!!!!
A logica é essa que o autor deste post não tem a coragem de mostrar:
1- Esse governo covarde , hipocrita e incompetente quer segurar o dolar desvalorizado o maior tempo que puder com os juros altos(A BANCA DA AGIOTAGEM AGRADEÇE VIU FANATICOS DO PT)para represar um pouco mais a inflação e tentar passar a eleição, fazendo um estelionato eleitoral exatamente como o FHC fez!!!
2-Esse governo safado ofereçe mais crédito para a população incauta com isso ganhar alguns decimais no crescimento economico mentiroso, governo cretino esse não se importando se essa montanha de dinheiro de divida da população(12 anos)que vem sendo torrada e enviada para a china, a china que tem um governo competente agradeçe.
3- Nenhum empresário que tenha juizo não acredita no mercado de vendas internas no futuro do brasil(ão investe em novas fabricas), pois sabe que a charrete chamada brasil está indo na direção ECONOMICA errada faz tempo(12 anos), pois este governo so atrapalha quem quer produzir neste pais com um cambio criminoso, ninguem mais acredita que este governo terá coragem de ajustar o cambio por vontade propria, esse ajuste so vai acontecer quando ja tiverem esculhambado totalmente nosso tecido industrial produtivo e quando a banca financista enxergar que ja sugou com juros tudo que foi possivel sugar e chegou a hora de sair do país, então o dolar explode e explode junto nossa economia so restando frangalhos de nossa industria espoliada com impostos, e custos impossiveis de produzir algo nesse país, estamos caminhando celeremente para sermos uma enorme fazenda e mineradora, muito pouco para um país que almejava ser de primeiro mundo, mas com a covardia, hipocrisia e incompetencia desses governos anteriores estamos fadados a sermos eternamente um país subdesenvolvido.
Para provocar o fanaticos adoradores do PT, vcs com certeza vão creditar ao fracasso na economia brasileira a um complo internacional contra o brasil, vcs nunca assumem os erros deste governo entreguista, o FHC entregou algumas estatais para a banca financista esse governo safado do PT entregou o dinheiro das dividas das familias brasileiras para as fábricas do exterior.
“1- Esse governo covarde ,
“1- Esse governo covarde , hipocrita e incompetente quer segurar o dolar desvalorizado o maior tempo que puder com os juros altos(A BANCA DA AGIOTAGEM AGRADEÇE VIU FANATICOS DO PT)para represar um pouco mais a inflação e tentar passar a eleição, fazendo um estelionato eleitoral exatamente como o FHC fez!!!”
Sabe nada inocente, quem determina o preço de custo do dólar, para o governo pagar o valor dos títulos públcos, é o BACEN que, apesar de tanta miséria no país, criou também as flutuações especulativas entre os investimentos externos (que vem do espaço), os formadores do mercado de crédito (com os bancos) e a banca da inflação (com o COPOM).
Esse é o governo do BACEN, o centro da economia, e em torno dele gira o Estado com funções políticas.
As eleições não tem nada a ver com upa-lê-lê.
se vc é iludido
Caro miguel vc quer enganar quem? A mim não amigo
“E os analistas econômicos e
“E os analistas econômicos e economistas de mercado dizem: agora sim, o BC vai recuperar sua credibilidade. Como assim? Se ele apresenta dois objetivos claramente conflitantes, como pretende recuperar sua credibilidade?”
Vc é mto corajoso para mentir sobre a Dilma, então, diga a quem os economistas e o BACEN querem enganar?
Analistas economicos e economistas
A quase totalidade dos analistas economicos e economistas da midia mafiosa são pagos pela banca financista, esse papo de o BC recuperar a credibilidade aumentando juros é puro cinismo e mentira como tbm é cinismo dizer que isto não é culpa e omissão deste governo petista mentiroso, o brasil continua dependente do mercado financeiro porque novamente seu governo petista gasta muito mais do que arrecada, rouba muito mais do que administra, incentiva a população a gastar mais do que poupa, seu governa so ferra quem quer produzir algo nesse país oferecendo um cambio letal para a competitividade da industria, ofereçe um carga tributaria imoral, enfim seu governo petista soma mais 200 milhões de consumidores brasileiros ao PID industrial da china!!!!!! Abraço caro miguel
o que será?
caro nassif
é possível que, a diminuição da atividade industrial, em são paulo, motivada pelo colapso do fornecimento de água (o quanto esse evento contribui para a diminuição das previsões do pib, recentemente festejadas pela imprensa partidarizada?), tenha como motivador. também, a diminuição do aumento da demanda por energia elétrica da indústria, a considerar que a matriz de fornecimento é basicamente hídrica. isso explicaria as taxas ‘colar de tomates’ da selic.
por responsabilidade de pseudo-ambientalistas, as barragens passaram a fio d’água, sem os necessásriois reservatórios reguladores para mitigar efeitos de estiagens e cheias, na contra-mão técnica. hoje o sisterma elétrico não tem ‘gorduras’ a queimar no sudeste.
terrível pois, enquanto nesse momento as cheias cobrem os telhados da casas no sul do país, em breve, também lá, as usinas à fio d’água pararão na estiagem por falta de reservatórios.
a questão da água é séria demais para ser ‘planejada’ pelo fígado de ambientalistas fanáticos e suas políticas estúpidas.
continua
“queimar recursos orçamentários para beneficiar rentistas.”
É apenas a “farra do boi” que continua.
Se a oposição ganhar a eleição a farra além de intensificar, vai ganhar fogos de artifício e farta distribuição de “coxinhas”.
Sá há alguma esperança para os pobres e para os patriotas com a eleição da Dilma.
Mesmo o resto oferecendo um Itaúúúúúúú´de vantagens.
fanático
Emerson faça uma pequena pesquisa na net e veja em quais governos os bancos brasileiros ganharam bilhoes e bilhoes de lucros recordes apos recordes, AI SIM VC VER QUE GOVERNO ESTÁ OFERECENDO UM ITAU DE VANTAGENS kkkk vamos parar de mentiras como querer colocar o seu PT como o robin hood dos pobres, o brasil precisa apenas de governos competentes e honestos , SIGLAS OU PAIXÕES PARTIDÁRIAS SÃO PARA IDIOTAS
Valter, estavamos cançados de
Valter, estavamos cançados de FHC, não adianta querer empurrar o Aécio abraçado com o mercado pra cima da gente. Fizemos um bom negócio, de novo é Dilma.
de onde vc tirou isso?
De onde vc tirou que sou eleitor do Aécio? Acho que o governo do Aécio seria mais do mesmo na área economica do seu amado governo dilma, não sou participante de nenhum desses partidos que ai estão, so não aceito tantas meias verdades e tentativas de distorcer a realidade, não tenho nada contra vc mas vc dizer que o aécio está abraçado ao mercado e a dilma não é MAIS UMA MENTIRA, quem está no governo federal miguel? quem paga a selic é o aécio ou dilma? quem está aumentando continuamente os juros e incentivando a população a se endividar mais e mais é o aécio ou dilma? vamos ser mais sinceros meu amigo?
“quem está aumentando
“quem está aumentando continuamente os juros e incentivando a população a se endividar mais e mais é o aécio ou dilma? vamos ser mais sinceros meu amigo?”
Não é culpa da Dilma, o COPOM DO BACEN que aumenta os juros, Valter.
Abs.
Coerência
Quando baixa os juros na marra, é ganho da sociedade, quando aumenta são eles… Desde quando existe independência operacional e política no BACEN? A política rígida é avalizada pelo planalto para evitar que o surto inflacionário fique descontrolado.
E sobre a “reportagem”, observo que o erro não está em não ter baixado os juros e sim em ter aberto um canal de crédito. Com a inflação nesses níveis, infelizmente a taxa de juros de equilíbrio é mais alta. Esse negócio de culpar rentistas é para enganar desavisados.. O BACEN limpa mais de R$ 500 bilhões em compromissadas e é o “rentista”quem está buscando juros? É o BACEN quem aumenta os juros para conseguir tirar o dinhiero da praça.
O pessoal precisa aprofundar seus conhecimentos em política monetária e canais de transmissão. Assim quem sabe param com essa hipocrisia de falar que o mercado pressiona por aumento de juros. O mercado, assim como a população quer inflação baixa. Não esqueçam que o rico tem mecanismos de se proteger da inflação, já o pobre…
Comentários assim só lhe servem se sua intenção for ser um viral
Valter R Vidal (domingo, 27/07/2014 às 18:53),
Chamar os outros de idiotas a torto e a direito torna suas idéias, se é que você as tenha, repetitivas, quando não as banalizam e pior, torna-as inconsistentes servindo mais para revelar quem as diz. Veja, por exemplo, o que você expressa na última frase do seu comentário:
“SIGLAS OU PAIXÕES PARTIDÁRIAS SÃO PARA IDIOTAS”
É uma frase que nada diz sobre quem você pretende atingir, pois é uma frase que alcança os políticos em geral que são os que gerenciam os governos de quase todos os países do mundo e, portanto, se os políticos são idiotas, é de se perguntar como deveriam ser considerados os que são governados?
Além disso, sem ser de área do meu conhecimento, mas creio que se pode dizer sem erro que, a se tomar pela definição médica do termo idiota, muito provavelmente um sentimento que alguém assim definido não tem é paixão. E provavelmente eles também não sabem o que é sigla partidária.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 27/7/2014
As medidas atingem espaço distinto do atingido pela Selic
Luis Nassif,
Ainda que de brincadeira e imbuído de um pedantismo que Ale AR não demonstrou possuir, mas à maneira dele que reivindicou como sendo para ele, Ale AR, em comentário enviado quinta-feira, 05/12/2013 às 17:29, junto ao post “As discussões sobre a taxa Selic” de quinta-feira, 05/12/2013 às 06:00, aqui no seu blog e de sua autoria, mas completado também por dois comentários de Henrique O. M. Reis Jr, (repetido, Ale AR reivindicou como sendo para ele) a resposta que Henrique O. M. Reis Jr. dera no segundo comentário que você incluiu na composição do post “As discussões sobre a taxa Selic”, eu também reivindico como sendo para mim as suas críticas às explicações que o Banco Central dera em razão da suposta incoerência entre a política de manutenção da taxa Selic em patamar elevado e a flexibilização do crédito. Ou então reivindico que o BC não precisaria dar a explicação, tendo em vista o que eu já dissera para você em meu comentário de sexta-feira, 25/07/2014 às 14:31, junto ao seu post “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias” de sexta-feira, 25/07/2014 às 09:29, em contradita ao que você apontou como irracionalidade do BC ao dizer na última ata referente à Reunião 184ª do Copom, realizada em 16 e 17/07/2014, “que vai manter a taxa Selic no alto patamar de hoje, mas vai flexibilizar o crédito”.
Ficou um parágrafo comprido e confuso, mas está mais ou menos como eu pensei em dizer, ainda que de brincadeira.
O seu post anterior “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias” e para o qual você deixa o link logo no início deste post “As explicações pífias do Banco Central para a manutenção da Selic” foi bem elogiado por vários comentaristas, em especial pelo Henrique O. M. Reis Jr. Destaco o elogio de Henrique O. M. Reis Jr. porque se trata de economista com tese de doutorado, nas palavras dele, “exatamente sobre a interação entre mercado bancário e política monetária” e cujos argumentos junto ao post “Como o mercado enredou o Banco Central” de terça-feira, 03/12/2013 às 05:00, você procurou refutar no texto prévio com o qual você montou o post “As discussões sobre a taxa Selic”, acrescentando ao seu texto prévio os dois comentários de Henrique O. M. Reis Jr. no post “Como o mercado enredou o Banco Central”.
Sendo seu texto elogiado por economista de alto coturno não fica bem a um leigo como a mim, ficar a o esmiuçar e o espiaçar. No entanto, pareceram-me que, embora se tratassem de argumentos isoladamente bem construídos, eles não guardam o nexo causal com as acusações que você lança. No post “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias” você alega que a ata da 184ª reunião “é de uma irracionalidade a toda prova” quando diz “que vai manter a taxa Selic no alto patamar de hoje, mas vai flexibilizar o crédito”.
Como eu tentei mostrar fazendo transcrição dos itens 25 e 30 da Ata da 184ª Reunião do Copom não há nada na ata que comprove sua alegação. Transcrevo novamente os dois itens. Primeiro o item 25 em que se diz:
“25. O Copom destaca que o cenário central também contempla expansão moderada do crédito. Importa destacar que, após anos em forte expansão – arrefecida com a introdução de medidas macroprudenciais em finais de 2010 – o mercado de crédito voltado ao consumo passou por uma moderação, de modo que, nos últimos trimestres observaram-se, de um lado, redução de exposição por parte de bancos, de outro, desalavancagem das famílias. No agregado, portanto, infere-se que os riscos no segmento de crédito ao consumo vêm sendo mitigados. Em outra dimensão, o Comitê considera oportunas iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito”.
Além de destacar que no item se fala em expansão moderada do crédito, cabe ainda mencionar que no item está indicado um trabalho gradual que foi feito para arrefecer o crédito a partir de finais de 2010 e após anos em forte expansão. E como resultado deste esforço “observaram-se, de um lado, redução de exposição por parte de bancos, de outro, desalavancagem das famílias”. E há ainda mais resultados como se vê em frase inda do item 25 e que é transcrita a seguir: “No agregado, portanto, infere-se que os riscos no segmento de crédito ao consumo vêm sendo mitigados”.
E no contexto do item 25 e também dentro desta questão do crédito, o Banco Central ainda defende “iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito”.
No item 30, a Ata da 184ª Reunião do Copom trata da influência da demanda agregada na inflação. E a avaliação do Copom é a que se segue:
“30. O Copom avalia que a demanda agregada tende a se apresentar relativamente robusta no horizonte relevante para a política monetária. De um lado, o consumo das famílias tende a registrar ritmo moderado de expansão, devido aos efeitos de fatores de estímulo como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito; de outro, condições financeiras relativamente favoráveis, concessão de serviços públicos, ampliação das áreas de exploração de petróleo, entre outros, tendem a favorecer a ampliação dos investimentos. Esses elementos e os desenvolvimentos no âmbito parafiscal e no mercado de ativos são partes importantes do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas”.
É importante observar o seguinte trecho: “De um lado, o consumo das famílias tende a registrar ritmo moderado de expansão, devido aos efeitos de fatores de estímulo como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito”. Pelo trecho transcrito verifica-se que o consumo das famílias é considerado sob dois aspectos: sob o aspecto do crescimento da renda e sob o aspecto do crédito que se supõe em expansão moderada. Se o Banco Central pretende reduzir ou ampliar o consumo das famílias ele tem que atacar em duas frentes: na renda e no crédito.
Então nada há na Ata da 184ª Reunião do Copom que corrobora a sua afirmação de que a ata da 184ª reunião “é de uma irracionalidade a toda prova” quando diz “que vai manter a taxa Selic no alto patamar de hoje, mas vai flexibilizar o crédito”.
E digo mais, além de não haver nada na ata que mostre que o Banco Central do Brasil vai flexibilizar o crédito, eu particularmente acho que não há irracionalidade em manter a taxa Selic no alto patamar de hoje e flexibilizar o crédito. Até porque como você gosta de alegar a taxa Selic tem pouca influência no crédito. Então se em determinadas circunstâncias existir margem para flexionar o crédito uma vez que o crédito não se estaria constituindo em fator de pressão inflacionária, sendo a pressão inflacionária decorrente mais de outros fatores, não haveria razão para que ele não fosse flexibilizado em setores de interesse. Um setor de interesse é o setor de construção civil se houver muito estoque de imóveis. Outro setor de interesse é o setor de automóveis em que se sabe que as montadoras têm alugado muitos pátios de estacionamentos para estoque dos seus veículos e em que se sabe também que é um setor que rende muita receita para os entes da federação. E mais, para utilizar como argumento contrário ao que você diz aqui neste post “As explicações pífias do Banco Central para a manutenção da Selic”, eu diria que haveria razões para flexibilizar o crédito privado em setores de interesse na “concessão de serviços públicos”, e na “ampliação das áreas de exploração de petróleo”, uma vez que em relação ao crédito via bancos estatais se preconiza “iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito”.
Eu aproveitei, ao apresentar os itens da Ata da 184ª Reunião do Copom que não dão suporte ao que você, no post “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias”, alega como sendo aquilo que se diz na Ata, para trazer argumentos contra o que você alega aqui neste post “As explicações pífias do Banco Central para a manutenção da Selic” porque a sua alegação aqui embora feita em outra roupagem é semelhante ao que você criticara antes. Aqui você critica apontado que “o único objetivo explícito da taxa Selic é influir no canal do crédito” que estaria em conflito com a explicação do Banco Central de que as mudanças “visam atuar apenas no crédito”. Enfim, você atribui a Ata da 184ª Reunião do Copom, e, a bem da verdade, não só a ela, mas a todas as atas, em estabelecer como único objetivo influir no crédito. Só que a Ata da 184ª Reunião, e imagino que as outras também, é clara sob as várias frentes em que se está atuando com o uso da Selic.
Então tanto aqui no post “As explicações pífias do Banco Central para a manutenção da Selic” como no post anterior “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias” você não foi fiel em detalhar o que diz a Ata da 184ª Reunião do Copom. E mais você trata medidas posteriores adotadas pelo Banco Central como em conflito com o que diz a Ata sem explicitar no título ou no texto do post que é em relação às medidas adotadas posteriormente à ata que você vê o conflito.
Resumindo, no post “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias”, você diz que na Ata da 184ª Reunião do Copom há conflito ao manter a taxa Selic no patamar elevado e preconizar a flexibilização do crédito, mas não demonstra onde há a proposta de flexibilização. E no post “As explicações pífias do Banco Central para a manutenção da Selic” o que você se propõe a criticar é a flexibilização do crédito tomada por medida do Banco Central e para a qual há até um post específico aqui no seu blog intitulado “BC anuncia mudanças no recolhimento compulsório” de sexta-feira, 25/07/2014 às 08:57, e que pode ser visto no seguinte endereço:
https://jornalggn.com.br/noticia/brasil-2015-a-ciencia-demencia-das-metas-inflacionarias
Como você não teria apoio em criticar as medidas de flexibilização do crédito, você optou por construir seu post “As explicações pífias do Banco Central para a manutenção da Selic” na idéia de que é equivocado manter a taxa Selic no atual alto patamar em que ela se encontra. É claro que na defesa deste argumento você ganha apoio de todo mundo.
Eu acho engraçado ter que defender a posição do Banco Central uma vez que talvez eu seja a única pessoa que defenda taxas mais altas de inflação. É bem verdade que ultimamente alguns têm vindo juntar a mim. É o caso de Laurence M. Ball em artigo de 2013 intitulado “The Case for Four Percent Inflation” e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://www.tcmb.gov.tr/research/cbreview/may13-2.pdf
E mais recentemente eu me vejo na boa companhia de Paul Robin Krugman, com o texto de maio de 2014 “Inflation Targets Reconsidered” e que pode ser visto no seguinte endereço:
https://webspace.princeton.edu/users/pkrugman/pksintra.pdf
Aliás, quase tão bom quanto o texto de Paul Robin Krugman são os atuais 32 comentários ao post dele “Inflation Targets Reconsidered” de 13/05/2014 às 04:12 am e onde se dá para ver como as pessoas são resistentes a aceitar índices mais altos de inflação. Post que por sinal, afora os comentários, consiste só da indicação do artigo e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://krugman.blogs.nytimes.com/2014/05/13/inflation-targets-reconsidered/?_php=true&_type=blogs&_r=0
Normalmente quando eu digo que os economistas não conseguem apresentar sólidos argumentos em defesa de uma inflação mais baixa, eu faço vista grossa à muito boa literatura especializada que desmente minha afirmação. Recentemente li um artigo Cláudio Borio and William R. White em que os autores fazem um apanhado dos argumentos em favor da inflação baixa. Trata-se do artigo “Whither Monetary and Financial Stability? The Implications of Evolving Policy Regimes” que pode ser visto datado de 2003 no seguinte endereço:
http://www.kc.frb.org/publicat/sympos/2003/pdf/Boriowhite2003.pdf
E pode ser visto datado de 2004 no endereço a seguir:
http://www.bis.org/publ/work147.pdf
Além da data, o arquivo em pdf no site do BIS permite a cópia o que eu não consegui no primeiro endereço.
Junto ao post “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias”, eu já havia mencionado o William R. White a respeito de uma ótima entrevista que ele deu a Sergio Lamucci e publicada no Valor Econômico de segunda-feira, 21/07/2014, com o título “Para White, há bolhas de ativos em todos os lugares” e que pode ser vista no seguinte endereço, ainda que ela só esteja disponível na integralidade para assinantes:
http://www.valor.com.br/financas/3619572/para-white-ha-bolhas-de-ativos-em-todos-os-lugares
Mencionei o William R. White exatamente porque na entrevista ele dá a mesma explicação que o Banco Central dá para o uso da taxa de juro em detrimento de medidas macroprudenciais. Para William R. White os instrumentos macroprudenciais “são fáceis de serem evitados” enquanto “os juros penetram em todas as fendas”. Daí até a minha brincadeira de que você deveria ter feito o post para o meu comentário ou que com o meu comentário a explicação do Banco Central era desnecessária.
Bem, mas no artigo “Whither Monetary and Financial Stability? The Implications of Evolving Policy Regimes” de autoria de Claudio Borio e William R. White há a seguinte passagem com forte argumentação contra a inflação [Traduzido com a ajuda do Tradutor da Google.
“Em primeiro lugar, há pouca dúvida de que a inflação baixa e estável estabeleceu a base para melhores performances econômicas de longo prazo. 23 Pode-se argumentar sobre o quão longe os custos da inflação variam de acordo com o seu nível e, portanto, também discutir sobre quais devem ser os mais apropriados objetivos de inflação. Mas agora há um amplo e bem estabelecido consenso, afiado por dolorosa experiência, que a inflação prejudica o crescimento econômico. 24 Os canais são bem conhecidos. Inflação causa má alocação de recursos, incentivando a confusão entre os preços absolutos e relativos, e seus efeitos podem ser especialmente perigosos, se o dinheiro ilusão está presente. A inflação pode interagir com o código tributário para enviesar decisões contra a acumulação de capital. E as economias que são propensas a inflação, no sentido de ser vulneráveis a crises de inflação que se seguem a “choques” adversos iniciais, forçam uma resposta monetária destinada a garantir que a economia não superaqueça, provocando indesejáveis políticas de “stop-and-go”. De fato, no período pós-guerra a causa mais comum da morte de expansões foi de aperto monetário que visa reprimir as pressões inflacionárias.
Em segundo lugar, é sabido que um ambiente inflacionário pode ser propício para instabilidade financeira. Inflação incentiva investimentos de proteção contra a inflação, como o imobiliário, e pode, consequentemente, promover aumentos de preços de ativos insustentáveis que posteriormente descontraem ruinosamente. Especialmente através da interação com o código tributário, pode incentivar o endividamento excessivo. E os esforços para trazer a inflação sob controle através de aumentos da taxa de juros podem expor vulnerabilidades financeiras anteriormente mascaradas pelo aumento dos preços. Entre os países industrializados, a crise bancária secundária no início de 1970 no Reino Unido e na crise de poupança e empréstimo, em meados da década de 1980 nos Estados Unidos, são exemplos do gênero. Mas vários exemplos podem ser encontrados, também, entre os países emergentes.
Em terceiro lugar, há igualmente pouca dúvida de que dificuldades transitórias também contribuíram para os episódios de instabilidade que temos visto. Por um lado, as condições iniciais importavam. Em alguns casos, controles diretos resultaram em configurações de carteira mal adaptados ao novo cenário econômico, como na indústria dos fundos de poupança e de empréstimos nos EUA. De modo mais geral, por proteger as instituições de enfrentar a competição, um ambiente financeiro reprimido tinha promovido estruturas de custos inchados e tinha deixado instituições mal equipadas para operar, bem como avaliar, gerir e riscos de preço, em um mercado mais competitivo. Autoridades prudenciais, também, enfrentaram semelhantes dificuldades de aprendizagem. Além disso, a própria transição de alta para baixa inflação, mesmo em uma economia em rápida expansão, pode ter sido uma fonte de dificuldades. Pode-se legitimamente perguntar, por exemplo, se parte da valorização excessivamente exuberante de patrimônio da década de 1990 pode não ter sido o resultado de confundir queda de taxas de juros nominais por quedas de juros real, assim como alguns da muito baixa valorização na década de 1970 pode ter refletido o problema do espelho-imagem.
Finalmente, não há dúvida de que as melhorias significativas na gestão de riscos e, mais amplamente, o desenvolvimento de uma cultura de crédito mais sólida ocorreram durante a década de 1990. Do mesmo modo, através de instrumentos derivativos e outras técnicas, em alguns países, os bancos têm sido capazes de distribuir risco mais amplamente através do sistema financeiro”.
É bem verdade que toda a argumentação é apresentada como sendo a visão da ortodoxia, não havendo o compromisso de demonstrar como verdadeiro o que foi alegado.
De todo modo não é preciso utilizar argumento de autoridade estrangeira para defender a inflação baixa no Brasil. Aqui como lá entretanto a defesa da inflação baixa que predomina é frágil se não se quiser dizer indigente. Assim, foi com argumentos pífios que junto ao post “Por quê?” de quarta-feira, 29/02/2012, no blog Mão Visível que Alexandre Schwartsman fez a defesa da inflação baixa como se pode ver no seguinte endereço:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/02/por-que.html
Aliás é no blog de Alexandre Schwartsman que se encontra o melhor argumento contrário a inflação baixa. Trata-se de gráfico mostrado no post “Derruba sim…” de terça-feira, 08/04/2014, e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2014/04/derruba-sim.html
O gráfico mostra uma forte relação negativa entre a taxa real de juros e a inflação. Ele foi construído para criticar artigo de Yoshiaki Nakano “Juro alto não derruba a inflação” de terça-feira, 18/03/2014, publicado no jornal Valor Econômico e que pode ser visto aqui no blog de Luis Nassif junto ao post “Nakano: juro alto não derruba inflação” de terça-feira, 18/03/2014 às 08:16, no seguinte endereço:
http://horia.com.br/noticia/nakano-juro-alto-nao-derruba-inflacao
As evidências no gráfico mostrado no post “Derruba sim…” é que quanto maior a taxa de juro real menor é a inflação, com uma defasagem de seis trimestres. Ou dito de outro modo, quanto mais os rentistas ganham menor é a inflação. Ocorre que todos querem que os rentistas ganhem menos. E querem que a inflação seja menor. E que se danem as evidências.
Há muito tempo os rentistas convenceram a maioria dos seres humanos que a inflação é o pior dos impostos porque incide sobre os pobres. Trouxeram Paul Volcker para a presidência do Banco Central dos Estados Unidos e ele elevou a prime rate para 22% e assim conseguiu derrubar a inflação que se aproximara de dois dígitos. Depois dele a inflação ficou abaixo de 4% ao ano. Coincidentemente desde então as evidências são de que os rentistas só aumentaram o total da riqueza deles. Essas evidências nunca serviram para questionar a idéia de que a inflação é o mais injusto dos impostos.
Aliás, as evidências da apropriação pelos rentistas da riqueza produzida pode ser vista acompanhando o crescimento da dívida pública. Nos Estados Unidos, quando no final da década de 70, a inflação chegou a 12% ao ano, a dívida pública, que após a Segunda Guerra Mundial havia chegado a mais de 100% do PIB, caíra para 31% do PIB. Desde então, com a queda da inflação, a dívida pública tem subido e atualmente se aproxima de 100% do PIB.
Então títulos como o deste post “As explicações pífias do Banco Central para a manutenção da Selic” encontram suporte na ojeriza que as pessoas têm ao rentista e à inflação e evidentemente na resistência que as pessoas têm em aceitar aquilo que contraria um aprendizado de décadas, ainda que este aprendizado muito provavelmente seja equivocado.
Agora, toda a defesa que eu faço da inflação mais alta cai por terra quando eu sei que o povo prefere inflação mais baixa. Então pelo menos na véspera das eleições eu sou favorável que um governo que eu defenda faça esforço para manter a inflação baixa e se for possível conceda algum arreglo a setores mais recalcitrantes e que venham a sofrer mais com o esforço em manter a inflação mais baixa.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 28/07/2014