Aumento da informalidade influencia queda do desemprego em agosto

Percentual de pessoas sem trabalho atinge 13,2%, segundo IBGE; 13,7 milhões de pessoas continuam em busca de colocação profissional

Agência Brasil

Jornal GGN – O percentual de desocupação no mercado de trabalho brasileiro chegou a 13,2% no trimestre fechado em agosto, queda de 1,4 ponto percentual ante o visto até maio (14,6%), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar dessa queda, a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) indica que tal percentual corresponde a 13,7 milhões em busca de trabalho no país.

O levantamento destaca ainda que os dados só apresentaram melhora por conta do mercado de trabalho informal. A taxa de informalidade subiu de 40% no trimestre fechado em maio para 41,1% no período fechado em agosto.

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Colocando em números, 37 milhões de pessoas estão em atividade no Brasil sem registro em carteira (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou atuando como trabalhadores familiares auxiliares.

“Parte significativa da recuperação da ocupação deve-se ao avanço da informalidade. Em um ano a população ocupada total expandiu em 8,5 milhões de pessoas, sendo que desse contingente 6 milhões eram trabalhadores informais”, disse a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

Na outra ponta, a ocupação com carteira de trabalho registrada subiu 4,2% no período, atingindo um total de 31 milhões de pessoas legalmente registradas – ou seja, a maior parte dos trabalhadores brasileiros trabalha de forma informal.

Já o número de pessoas ocupadas (90,2 milhões) avançou 4,0%, com mais 3,4 milhões no período. Com isso, o nível de ocupação subiu para 50,9%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país. Em um ano, o contingente de ocupados avançou em 8,5 milhões de pessoas.

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Redação

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