Brasil atinge menor desemprego da década

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O Brasil atingiu em julho a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos, com índice de 6,8%, segundo o IBGE, nesta sexta

Foto: Agência Brasil

O Brasil atingiu em julho a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos, atingindo o índice de 6,8% no mês, segundo dados divulgados pelo IBGE, nesta sexta-feira (30).

Segundo o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, os números são resultados da queda da população desocupada, ou seja, aqueles que buscam emprego e, ao mesmo tempo, o aumento da população empregada no país.

Atualmente, são 7,4 milhões de pessoas desocupadas no país, o menor patamar da série histórica, e que representa uma diminuição de 9,5% do número de desocupados em relação ao trimestre anterior do ano e de 12,8% em comparação trimestre do ano passado.

Ao mesmo tempo, 102 milhões de brasileiros estão trabalhando, o maior número já alcançado do período (maio, junho e julho).

E, apesar do aumento no número de postos de trabalho informal (cerca de 39 milhões trabalham nessa modalidade), a informalidade não foi um destaque dos números deste trimestre. Isso porque foi pouca a participação da informalidade no aumento total de empregos no país.

A maior parte da geração de emprego em julho foi de empregos formais. “A população ocupada como um todo cresce mais do que a ocupação informal”, explicou a pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy.

“A carteira assinada traz uma série de prerrogativas e direitos para o trabalhador. E mesmo o trabalhador independente ou empregador, à medida em que ele tem esse registro no CNPJ, a forma de ele transacionar no mercado, como emitir nota e ser contratado como prestador de serviço, configura a ele melhores condições de ofertar o trabalho dele”, continuou.

Segundo a pesquisadora, uma das razões para o aumento do emprego e queda no desemprego foi o aumento da renda dos trabalhadores, que impulsiona aumento do consumo e aumento de contratações.

De acordo com dados do IBGE, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores cresceu 4,8% no ano, chegando hoje a R$ 3.206.

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