
Destravar o potencial comercial sul-americano com a criação das Rotas de Integração Sul-Americana foi tema do primeiro dia do Fórum Empresarial Brasil-Chile realizado nesta terça-feira (22/04) em Brasília, com a participação de empresários e autoridades dos dois países.
“Somente 15% dos bens e serviços produzidos por nós todos os dias são consumidos por nós todos os dias. Isso tem que mudar”, disse João Villaverde, secretário de Articulação Institucional do Ministério do Planejamento e Orçamento (SEAI/MPO), no evento representando a ministra Simone Tebet.
Para Villaverde, é urgente ampliar o intercâmbio regional, que atualmente é muito inferior ao visto na Europa (62%), na Ásia (58%) e na América do Norte (40%).
Rotas de integração
O representante do Ministério do Planejamento destacou três rotas do projeto de integração que fazem uma ligação direta entre o Brasil e o Chile:
– Rota 3 (Quadrante Rondon), conectando Acre, Rondônia e Mato Grosso ao porto chileno de Arica;
– Rota 4 (Bioceânica de Capricórnio), que atravessa Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina até chegar aos portos chilenos de Iquique, Mejillones e Antofagasta; e
– Rota 5 (Bioceânica do Sul), que foi redesenhada para chegar aos portos de San Antonio e Valparaíso.
“Nós optamos pelo caminho da escuta, de ouvir os entes federados brasileiros, de ouvirmos os países sul-americanos e de ouvirmos o próprio governo federal brasileiro”, afirmou Villaverde, ressaltando que as rotas foram elaboradas a partir de diálogos iniciados ainda em 2023.
“Isso não só encurta distâncias logísticas, mas também integra oportunidades, integra comunidades, dinamiza economias locais e amplia o alcance global de nossa região”, disse Rosario Navarro, presidente da Sociedad de Fomento Fabril (Sofofa) chilena. O projeto Rotas de Integração Sul-Americana permanecerá em pauta durante o evento.

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