Déficit em transações correntes atinge 3,66% do PIB

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O déficit em conta corrente do Brasil avançou para US$ 81,4 bilhões no ano de 2013, um total equivalente a 3,66% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo levantamento elaborado pelo Banco Central. Os números ficaram bem acima do visto em 2012, quando a perda foi de US$ 54,2 bilhões, ou 2,41% do PIB. Em dezembro, as transações correntes apresentaram deficit de US$ 8,7 bilhões. 

No mês, a conta financeira apresentou ingressos líquidos de US$ 5,8 bilhões, com destaque para os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos (IED), no total de US$ 6,5 bilhões. No ano, a conta financeira acumulou saldo de US$ 72,6 bilhões, com novo destaque para os ingressos líquidos de IED, que atingiram US$ 64 bilhões. 

O déficit apurado pela conta de serviços chegou a US$ 4,2 bilhões, praticamente estável ante os US$ 4,3 bilhões vistos em dezembro de 2012. No ano, a conta serviços registrou despesas líquidas de US$ 47,5 bilhões, elevação de 15,8% na comparação com o ano anterior. 

Um dos destaques do levantamento ficou com o déficit de US$ 1,6 bilhão apurado pela conta de viagens internacionais, devido ao aumento de 3% nos gastos de estrangeiros no Brasil (US$ 579 milhões) e de 11,5% das despesas de brasileiros no exterior (US$ 2,217 bilhões), ambos em relação a dezembro de 2012. No ano, o saldo negativo de US$ 18,6 bilhões constituiu o recorde da série, aumentando 19,5% em relação ao ano anterior, com receitas e despesas atingindo os níveis máximos de US$ 6,7 bilhões e US$ 25,3 bilhões, respectivamente. 

As despesas líquidas com aluguel de equipamentos atingiram US$ 2,1 bilhões no mês e US$ 19,1 bilhões no ano, acréscimo de 1,7% em relação a 2012. 

As despesas líquidas com transportes somaram US$ 601 milhões em dezembro, acumulando deficit de US$  9,8 bilhões no ano, ante US$ 8,8 bilhões em 2012. O deficit em serviços de computação e informações atingiu US$ 390 milhões em dezembro e US$ 4,5 bilhões no ano, 16,1% acima do resultado de 2012. As remessas líquidas de royalties e licenças somaram US$ 270 milhões no mês e US$3,1 bilhões no ano, recuo de 2,8%, comparativamente ao ano anterior. 

As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$7,5 bilhões no mês, 14,4% acima do resultado de dezembro de 2012, acumulando US$ 39,8 bilhões em 2013, crescimento de 12,2% na comparação com o ano anterior. Em dezembro, as saídas líquidas de renda de investimento direto somaram US$ 5,7 bilhões, dos quais US$  4,7 bilhões em remessas líquidas de lucros e dividendos. 

De acordo com o BC, as remessas líquidas de renda de investimento em carteira totalizaram US$ 951 milhões, dos quais US$ 795 milhões referentes a juros de títulos de renda fixa. As remessas líquidas de rendas de outros investimentos somaram US$ 879 milhões em dezembro. No ano, os pagamentos líquidos de juros alcançaram US$ 14,2 bilhões, ante US$ 11,8 bilhões no ano anterior. As remessas totais líquidas de lucros e dividendos somaram US$ 26 bilhões, 8% acima do visto em 2012. 

No mês, as transferências unilaterais somaram ingressos líquidos de US$ 400 milhões, acumulando no ano US$ 3,4 bilhões, 18,2% de alta na comparação com 2012. O ingresso bruto referente à manutenção de residentes atingiu US$1,9 bilhão em 2013, situando-se 2,4% abaixo do resultado do ano anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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