Déficit em transações correntes perde força em janeiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Menor atividade e dólar alto influenciaram dados, diz BC

Jornal GGN – A queda da atividade econômica e a alta do dólar acabaram por influenciar a demanda por bens e serviços do exterior: em janeiro, as transações correntes apresentaram déficit de US$ 4,8 bilhões, acumulando nos últimos 12 meses uma perda de US$51,6 bilhões, equivalente a 2,94% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo dados divulgados pelo Banco Central.

“O menor ritmo de atividade econômica implica menor demanda por bens e serviços no exterior. E a desvalorização cambial significa aumento de custo de bens e serviços no exterior”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, segundo informações da Agência Brasil.

Na conta financeira, as captações líquidas superaram as concessões líquidas em US$4,4 bilhões, com destaque para ingressos líquidos de investimento direto no país de US$ 5,5 bilhões.

No mês, a conta de serviços foi deficitária em US$1,4 bilhão, comparado a despesas líquidas de US$ 3,6 bilhões em janeiro de 2015. Ao longo do período, as despesas líquidas com transportes somaram US$174 milhões no mês, recuo de 73,2% com relação ao mesmo período do ano anterior.

Já as viagens internacionais registraram deficit de US$190 milhões em janeiro, ante deficit de US$1,7 bilhão em janeiro de 2015, destacando-se os gastos de turistas brasileiros no exterior, que somaram US$ 840 milhões para o mês corrente, comparados a US$ 2,2 bilhões em janeiro do ano anterior. As receitas de estrangeiros no país totalizaram US$ 650 milhões, contra US$ 568 milhões no mesmo período do ano passado.

As despesas líquidas em aluguel de equipamentos totalizaram US$1,7 bilhão, aumento de 13,4% com relação ao mesmo período de 2015. Outros serviços de negócio, incluindo serviços de engenharia e arquitetura, registraram receitas líquidas de US$1 bilhão no mês corrente, aumento de 7,8% com relação a janeiro do ano anterior. Destacam-se ainda os serviços de propriedade intelectual, que resultaram em despesas líquidas de US$ 235 milhões, recuando 42,1% com relação a igual período de 2015.

De acordo com o BC, as despesas líquidas de renda primária somaram US$4,3 bilhões, queda de 26,2% comparadas a janeiro de 2015. As rendas de investimento direto registraram despesas líquidas de US$588 milhões, ante deficit de US$1 bilhão no mesmo mês do ano anterior. As despesas líquidas de lucros e dividendos de investimento direto ficaram em US$186 milhões, recuo de 75,7% com relação ao visto em janeiro do ano anterior.

A renda de investimento em carteira registrou deficit de US$3,5 bilhões em janeiro, comparada a despesas líquidas de US$4,6 bilhões em igual período do ano anterior, por conta das despesas de juros de títulos negociados no mercado doméstico, no valor de US$ 2,3 bilhões, 18,2% abaixo do ocorrido no mês correspondente de 2015. As despesas líquidas com juros de títulos negociados no exterior foram de US$1,1 bilhão no mês, recuo de 24,2% em relação a janeiro do ano anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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