Economia brasileira cresce 3,5% em 2024, segundo FGV

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

"Ótimo" resultado foi disseminado pelas atividades econômicas; contudo, riscos internos e externos podem dificultar manutenção do ritmo

Foto de Daniel Dan via pexels.com

A economia brasileira encerrou o ano de 2024 com um crescimento de 3,5% e uma conjuntura diferente daquela vista em 2023, segundo o Monitor do PIB elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em termos monetários, estima-se que o PIB de 2024, em valores correntes, tenha sido de R$ 11,655 trilhões. Em termos reais, o valor é o maior já registrado na série histórica, que mantém o padrão de crescimento observado desde 2021.

Na análise com ajuste sazonal, a economia cresceu 0,4% no quarto trimestre de 2024, em comparação ao terceiro, abaixo dos crescimentos registrados no 2º e 3º trimestres (1,4% e 0,8%, respectivamente), mas com crescimento em todas as grandes atividades econômicas e principais componentes da demanda.

Embora o resultado anual tenha sido pouco acima do visto no ano anterior (3,2%), o quadro de crescimento que compôs cada resultado é diferente: os dados de 2023 foram puxados pela agropecuária e pelas exportações, enquanto o crescimento de 2024 foi disseminado entre as atividades e pela retomada dos investimentos.

“A indústria, os serviços e o consumo das famílias apresentaram resultados ainda melhores em 2024 dos que os já elevados crescimentos registrados em 2023”, destaca a FGV.

Após ter encerrado 2023 com crescimento de 3,2%, mas com desaceleração, o consumo das famílias cresceu 5,2% em 2024, sendo este o maior resultado registrado no ano. Todos os tipos de consumo contribuíram positivamente para este desempenho.

Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) se recuperou da retração de 2023 e encerrou o ano de 2024 com crescimento de 7,6%, puxado pelo segmento de máquinas e equipamentos que cresceu 12,0% após a queda de 8,4% em 2023.

Prognósticos para 2025

Embora o país tenha apresentado “um ótimo resultado” em termos de atividade econômica, a FGV lista uma série de riscos, tanto internos e externos, que podem dificultar a manutenção do ritmo de crescimento em 2025.

“Pelo lado interno, os juros elevados, com efeitos negativos na atividade econômica, atingem principalmente os investimentos. Já no ambiente externo, novas imposições de tarifas podem comprometer o nível das exportações”, destaca Juliana Trece, economista do IBRE.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Os riscos provenientes do exterior não podemos controlar, mais o maior risco interno é o engendrado pelo sistema financeiro que tem sob seu controle o BACEN, ou seja, manipulam as taxas de juros e ainda propiciam regalias para os donos do endividamento do Brasil. Para piorar a situação, eles contam com o apoio irrestrito da maioria dos políticos e da imprensa livre de isenção. Face a tudo isso, a sobrevivência do governo Lula é quase um milagre. Infelizmente nós vivemos em uma USUROCRACIA disfarçada de democracia.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador