
A chegada de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central (BC) marca uma nova fase na economia brasileira. Após a gestão neoliberal de Roberto Campos Neto, o economista terá a missão de conciliar as expectativas do mercado com a necessidade de promover mudanças na condução da política monetária.
Para se diferenciar do antecessor, conhecido por seus interesses alinhados à extrema-direita, o economista Paulo Nogueira afirma que Galípolo deverá adotar uma comunicação mais estratégica e cautelosa.
“Ele tem que falar com muito cuidado, ele não deve improvisar, dar palestras, ficar fazendo piada, não. Tem que ler e orientar as palavras para estabilizar expectativas e torná-las mais favoráveis ao país e ao governo”, afirmou Nogueira em entrevista ao jornalista Luis Nassif no programa TVGGN 20 Horas [confira abaixo].
Herança maldita: autonomia do BC não funciona
A autonomia do Banco Central também foi alvo de críticas do economista, que questionou a eficácia do modelo atual e defendeu uma maior sintonia entre a política monetária e os objetivos do governo.
“Nós podemos acrescentar essa experiência brasileira de dois anos com o Banco Central independente no governo Lula como mais um elemento na teoria de por que o Banco Central independente não funciona”, disse Nogueira.
Paulo se refere à politização do Banco Central “independente”, que é o contrário do que a teoria do Banco Central independente preconiza e, na prática, só traz benefícios à classe dominante.
“Qual é o sentido? Vamos criar uma instituição protegida das pressões políticas, que possa resolver tecnicamente. Olha o que aconteceu. A politização do Banco Central é sem precedentes na gestão do Roberto Campos Neto. Então, saiu tudo errado nesse Banco Central independente. Tudo errado. Agora, esse vai ser o desafio do Galípolo, chegou o momento”.
Deformação ideológica
O economista também criticou o convencionalismo da equipe econômica e a influência de ideologias neoliberais nas decisões do governo. “Eu vejo, na equipe econômica do Lula, um problema de deformação ideológica. Os sujeitos foram absorvidos por um ideário que é incompatível com os objetivos políticos do governo e do Brasil”, opinou o economista.
Para Nogueira, a combinação de ajuste fiscal e altas taxas de juros é uma política que prejudica a base social do governo. “Olha, nem os abutres mais insaciáveis do mercado esperavam um aumento de um ponto, seguido de promessa de duas sucessivas reuniões com aumentos adicionais de um ponto percentual, em cima de uma taxa de juros que já é altíssima, das maiores do mundo”.
“Olha o absurdo disso, o que você quer com um pacote de ajuste fiscal? Impressionar o mercado? Não conseguiu. Aí vem o Banco Central, não conseguimos impressionar com ajuste fiscal, aí deixou dar uma pancada na taxa de juros. O que aconteceu depois? Os mercados reagiram mal […] O que nós temos é uma classe rentista predatória que reproduz ideologias furadíssimas que já não são mais praticadas nos Estados Unidos e na Europa. O neoliberalismo foi enterrado lá”.
Assista aos cortes abaixo:
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Uauuuu…
Olha, mais um pouco, eu diria, sem querer parecer rude, que ele deveria dar um vinho ao mercado, levar para jantar e depois pegar um motelzinho…
Quem sabe?
É o fim da picada mesmo, a que ficaram reduzidas as instituições nesse fim de capitalismo nesse oco do mundo….
Não tem ideologia no mercado, apenas ganância. Não se usa racionalidade com tipos como Nagi Nahas: só a investigação de seus crimes os para.
Para, ta feio, lula faz o que faz, porque quer ser aceito pela classe dominante, nunca quis é nao vai reendustrializar o Brasil, Lula, acabou só vcs nao veem.
Errado. Quanto mais o BC tentar acalmar o mercado os especuladores espertalhões perceberão que ele é refém dos interesses privados. O novo presidente do BC tem que meter o pé na jaca e causar um imenso prejuízo aos especuladores, só o medo de tomar prejuízos ainda maiores os fará respeitar novamente o BC.
O governo federal não terá maioria nos votantes do COPOM ? Qual o sentido de não agir de forma a SELIC ser funcional e não apenas para sangrar o Tesouro e dar leitinho aos mais ricos ? Galípolo poderia ir sinalizando o rumo a tomar, sem aumentos e previsão de reduções com SELIC pouco acima da inflação conjugada com outras medidas tendentes a segurar o consumo, SE necessário. Ações existem tipo reduzir as prestações dos cartões e financiamentos, investindo também na jogatina financeira da Bolsa. Claro que aí os globais iriam à loucura mas o Brasil agradeceria.
Acalmar o mercado? Que país pequeno de mais, que governo, o desejo de ser aceito pela classe dominante, é insuperável
PENSEI Q TINHA Q ACALMAR O PAÍS EM GERAL E NÃO SÓ MEIA DÚZIA DESCULPA AI PENSEI ERRADO !!!
Hahaha…
O governo do PT vai ter que pintar o tigre de branco, dar leite no pires, e fazer cafuné no bicho…
Será que ele deixa?
DICA CULTURAL:ASSISTAM MOANA 2 SERVE P CRIANÇAS E ADULTOS AO FINAL ATÉ APLAUDIRAM A SESSÃO DE CINEMA !!!OBS:NASSIF PRECISA ME PAGAR NO NIVEL BANCO CENTRANIANO PIR ESTA DICA E NÃO PELO NÍVEL DO AUMENTO DO salário (NÍ)nimo mas já sei o problema dos juros não existe mais existe SÓ O PROBLEMA DAS POLICIAS, logo logo no balanço positivo do governo no ano(qq coisa melhor q Bolso)surgirá algyma BOMBA p desviar a atenção será q é a prisão do Bolso?Bem q poderia ser a prisão do Campos Arrasados Neto !!!
“Nada além, nada além de uma ilusão”.O mercado só fica calmo quando o governo atende suas ambições. O resto é conversa para boi dormir. O mercado é como um viciado em tóxicos, precisa de doses cada vez maiores. Precisa de tratamento de choque!