O Ministério da Economia anunciou nesta sexta-feira (20) o corte de R$ 8,2 bilhões no orçamento deste ano, sob a justificativa de cumprir o teto de gastos. A regra estabelece que a maioria dos gastos não deve ultrapassar a inflação do ano anterior.
O bloqueio adicional foi feito sobre os gastos “livres”, que podem ser ajustados pelo governo, por causa do aumento da estimativa com os gastos obrigatórios, como o crescimento de R$ 4,8 bilhões para o pagamento de sentenças judiciais, R$ 2 bilhões com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), R$ 2,3 bilhão com o plano Safra, entre outros
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A ação, no entanto, ainda não acomoda o reajuste de 5% do salário dos servidores federais, prometido para começar a ser pago em julho pelo governo. A medida teria um custo estimado de R$ 6,3 bilhões apenas no Executivo federal e para isso o bloqueio sobre o orçamento deve ser ainda maior.
Este não é o primeiro bloqueio no orçamento de 2022. Em março, o corte de R$ 1,72 bilhão contemplou as chamadas emendas de relator, parte do “orçamento secreto”.
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