Guedes culpa comida e energia por alta na inflação

Descaração foi dada a emissora intencional. O ministro está nos Estados Unidos, para participar da reunião anual do Fundo Monetário Internacional

Agência Brasil

Jornal GGN – Em meio a crise econômica e social, que tem afetado diretamente na mesa dos brasileiros, com as altas exorbitantes nos preços dos alimentos essenciais da cesta básica, o ministro da Economia de Jair Bolsonaro (sem partido), Paulo Guedes, culpou justamente a comida e a energia pela a alta da inflação, nesta terça-feira (12). O ministro está nos Estados Unidos, para participar da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI). 

“A inflação está alta em todo o mundo. Metade da inflação é exatamente comida e energia. Por isso, nossa proteção [social] ainda está lá. Vamos manter essa proteção. Vamos aumentar a transferência direta de renda para população pobre para cobrir os preços dos alimentos e da energia”, disse Guedes, durante entrevista à CNN Internacional. 

A declaração do ministro, no entanto, chega a ser contraditória, já ainda não há previsão para o novo programa de transferência de renda, que deve se chamar Auxílio Brasil.

Durante a entrevista, Guedes também foi questionado sobre a condução do governo Bolsonaro sobre a pandemia da Covid-19, que já fez mais de 600 mil vítimas fatais no país. O ministro ficou irritado com a pergunta. 

“Gastando mais salvando vidas que vocês [Estados Unidos]. Gastamos mais dinheiro salvando vidas que países desenvolvidos. 10% mais. E usamos o dobro de gastos para preservar vias que a média dos países emergentes”, respondeu.

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Guedes ainda foi questionado sobre empresas mantidas em paraíso e voltou a afirmar que a sua offshore é legal, foi declarada e informada à Comissão de Ética da Presidência da República. “Eu não fiz nada de errado”, disse.

Vale ressaltar que o ministro embarcou para os Estados Unidos na semana em que deveria prestar esclarecimentos à Câmara dos Deputados, sobre a tal offshore. Sendo assim, Guedes não comparecerá para prestar depoimento que estava marcado para quarta-feira (13), já que só deve retornar ao Brasil na sexta-feira (15).

Com informações da Folha de S. Paulo.

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