IGP-DI amplia queda e atinge -0,55% em agosto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Combustíveis fósseis afetaram preços ao produtor e ao consumidor, segundo FGV; índice acumula alta de 6,84% no ano e 8,67% em 12 meses

Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) ampliou o ritmo de queda e encerrou o mês de agosto em -0,55%, ante -0,38% em julho, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com isso, o índice acumula alta de 6,84% no ano e 8,67% em 12 meses. Em agosto de 2021, o índice havia caído -0,14% e acumulava elevação de 28,21% em 12 meses.

“Os combustíveis fósseis foram determinantes para a desaceleração da inflação ao produtor e ao consumidor. No IPA, a gasolina caiu 8,83% refletindo as reduções de preço deste combustível na refinaria, onde está livre de impostos e frete. No IPC, o preço da gasolina caiu 11,62%, devido a redução do ICMS e dos preços na refinaria.”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,63% em agosto, ante -0,32% no mês anterior. Na análise por estágios de processamento, o grupo Bens Finais variou de 0,28% em julho para -0,90% em agosto, enquanto a taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,89% em julho para -0,92% em agosto.

O estágio das Matérias-Primas Brutas passou de -2,19% em julho para -0,04% em agosto, puxado pelos itens minério de ferro (-12,94% para -3,80%), milho em grão (-4,98% para 1,19%) e algodão em caroço (-14,45% para 1,34%). Em sentido oposto, vale citar bovinos (3,62% para -3,35%), leite in natura (14,37% para 10,84%) e café em grão (0,50% para -0,94%).

Preços ao consumidor tem menor deflação

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou -0,57% em agosto, após queda de 1,19% em julho, por conta do avanço apresentado em seis das oito classes de despesa componentes do índice.

Os grupos que avançaram no período foram Educação, Leitura e Recreação (-4,06% para 0,46%), Transportes (-4,81% para -3,56%), Habitação (-0,70% para -0,09%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,45% para 0,77%), Despesas Diversas (0,30% para 0,36%) e Vestuário (0,47% para 0,53%).

Segundo a FGV, cada grupo foi afetado pelos seguintes itens: passagem aérea (-19,81% para 2,07%), gasolina (-14,24% para -11,62%), tarifa de eletricidade residencial (-5,13% para -2,33%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,42% para 1,65%), serviço religioso e funerário (0,08% para 0,48%) e roupas (0,30% para 0,69%).

Por outro lado, os grupos Alimentação (1,34% para 0,07%) e Comunicação (-0,09% para -1,03%) reduziram suas taxas, afetados pelos itens laticínios (11,58% para 2,64%) e tarifa de telefone móvel (-0,65% para -2,26%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,09% em agosto, ante 0,86% no mês anterior, por conta dos itens Materiais e Equipamentos (0,34% para -0,21%), Serviços (0,62% para 0,46%) e Mão de Obra (1,36% para 0,28%).

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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