IGP-M fecha julho com deflação de 0,72%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Deflação dos preços ao produtor puxa índice geral; queda acumulada atinge -5,15% no ano e -7,72% em 12 meses

Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou o mês de julho com deflação de 0,72%, um pouco acima da deflação de -1,93% vista no mês passado, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com isso, o índice usado como referência para reajuste dos contratos de aluguel acumula taxa de -5,15% no ano e de -7,72% em 12 meses. Em julho de 2022, o índice havia subido 0,21% e acumulava alta de 10,08% em 12 meses.

O comportamento do índice tem sido afetado pela deflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), embora a intensidade esteja diminuindo por conta da variação de preços de diversas matérias-primas.

No período, o IPA caiu 1,05% em julho, ante queda de 2,73% em junho. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 1,06% em julho, ante queda de 1,22% no mês anterior.  

A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -10,56% para -7,71% no mesmo período.

O grupo Bens Intermediários reduziu o ritmo de queda, passando de -2,88% em junho para -1,19% em julho por conta do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -11,44% para -1,13%.

Já o grupo Matérias-Primas Brutas caiu 0,90% em julho, após registrar -4,10% em junho, por conta do aumento de preços de itens como minério de ferro (-2,21% para 2,96%), milho em grão (-14,85% para -4,95%) e soja em grão (-4,32% para 0,03%).

Em sentido oposto, destacam-se café em grão (-5,49% para -13,63%), cana-de-açúcar (1,34% para 0,11%) e algodão em caroço (-0,05% para -7,07%).

IPC tem menor deflação no mês

Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,11% em julho, pouco acima da deflação de 0,25% em junho, devido ao avanço visto em quatro das oito classes de despesa componentes do índice.

A maior contribuição partiu do grupo Transportes, cuja taxa de variação passou de -1,68% para 0,70%, puxado pelos itens gasolina, cujo preço variou 3,65%, ante -3,00%, na edição anterior.

Os outros grupos que avançaram no período foram Educação, Leitura e Recreação (-0,55% para 1,15%), Alimentação (-0,33% para -0,15%) e Despesas Diversas (0,32% para 0,50%).

Os itens que se destacaram nestas classes de despesa foram passagem aérea (-3,87% para 5,88%), hortaliças e legumes (-1,56% para 2,52%) e serviços bancários (0,00% para 0,63%).

Em contrapartida, os grupos Habitação (0,41% para -0,61%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,05%), Vestuário (0,42% para 0,00%) e Comunicação (0,14% para 0,10%) registraram decréscimo, afetados pelos itens tarifa de eletricidade residencial (1,37% para -2,83%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,07% para -0,68%), roupas (0,39% para -0,02%) e tarifa de telefone móvel (0,20% para 0,00%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,06% em julho, após alta de 0,85% em junho, apresentando as seguintes variações: Materiais e Equipamentos (de -0,15% para -0,26%), Serviços (de 0,18% para 0,77%) e Mão de Obra (de 1,81% para 0,38%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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