Índice de miséria tem maior resultado em 10 anos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Mal-estar das famílias por conta da piora na qualidade de vida nunca esteve tão presente como agora, afirma pesquisador

Photo: D A V I D S O N L U N A on Unsplash

O mal-estar social decorrente do empobrecimento atingiu seu patamar mais elevado em dez anos, atingindo assim a pior situação de toda a série histórica do estudo elaborado por João Saboia, professor emérito do Instituto de Economia da UFRJ, iniciada em 2012.

Saboia e outros pesquisadores elaboraram um indicador para mensurar a intensidade da miséria e do retrocesso na qualidade de vida das famílias. O indicador de miséria vai de zero a um, e quanto mais alto, pior a situação das famílias.

Atualmente, o indicador está em 0,947, um aumento de quase 60% em relação ao visto em 2020, quando estava em 0,591.

De acordo com os dados do estudo, a renda dos 20% mais pobres caiu de R$ 244,50 em 2020 para R$ 187,50 per capita em 2021, o que corresponde a uma perda de 23,3%, bem acima da média geral de 7%.

Na comparação com o melhor momento dessa faixa social, que foi em 2014, a perda do poder de compra chegou a 27,3%. Por outro lado, os ganhos dos 20% mais ricos representam 21,1 vezes os dos 20% mais pobres, ante 16,9 vezes vistos em 2020.

Com informações do jornal O Globo

Leia Também

Bolsonaro foca em Auxílio Brasil e ‘esquece’ de outros programas sociais

Inflação de junho sobe e acumula alta de 11,89% em 12 meses

Brasileiros consomem mais alimentos com gordura e processados para fugir da inflação

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Assim, na prancheta, com numerinhos em estatísticas, olhando, ninguém percebe.
    Tanto quanto no governo FHC, a fome e a miséria voltaram com força e indiferença total. Só não vê quem não sai na rua.

  2. A maior demonstração de que o Brasil tem feito mal a sua lição de casa, se expressa sempre com a velocidade em que o número de miseráveis aumenta. Não existe uma multiplicação da riqueza gerada que permita a redução consistente desses índices. Pouca mobilidade de ascenção social é uma espécie de espelho do quanto a sociedade é incapaz de produzir oportunidades. Pode não ser condição exclusiva, mas há uma enorme dificuldade de encontrar caminhos e alternativas que possibilitem aproveitar o potencial do País. Do ponto de vista das condições estruturais apresentadas em relação a todo o conjunto de coisas, que integradas, determina o País como nação organizada e capaz de garantir o funcionamento do que representa ser, encontra-se a uma certa distância. A seriedade ou não desse ESTADO/SOCIEDADE, tem que ser oferecida por todos os seus componentes, sejam individual, coletivos, privado, público, institucional, etc. O País precisa deixar de estar à mercê de eventualidades e passar a cuidar de si mesmo, entendendo que essa vergonhosa situação de miséria não é apenas desse grupo de pessoas, mas de todo o Brasil. É sinal de que paralisou-se a evolução civilizatória.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador