Inflação cai em todas as faixas de renda em janeiro, diz Ipea

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Famílias de baixa renda foram favorecidas pela queda das tarifas de energia elétrica, apesar da alta dos preços dos alimentos

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A inflação perdeu força em todas as faixas de renda analisadas no mês de janeiro em relação com o visto em dezembro de 2024, em especial para as famílias com renda mais baixa, segundo levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Enquanto a inflação do segmento de renda muito baixa recuou de 0,48%, em dezembro, para -0,17% em janeiro, a taxa apontada no segmento de renda alta manteve-se praticamente estável, passando de 0,55%, em dezembro, para 0,54%, em janeiro.

Com os dados de janeiro, a variação acumulada em 12 meses mostra que os domicílios com renda muito baixa apresentaram a menor alta da inflação, com um percentual de 4%, enquanto as famílias de renda alta tiveram a taxa mais elevada (5%).

Alimentos, bebidas e transportes

Segundo o Ipea, as principais contribuições positivas para a inflação em janeiro vieram dos grupos alimentos e bebidas e transportes.

No caso dos alimentos, os itens que mais contribuíram positivamente para a inflação foram os tubérculos (8,2%), carnes (0,36%) e aves e ovos (1,7%), além do forte reajuste do café (8,6%).

Em relação aos transportes, destaca-se os aumentos dos combustíveis (0,75%), além dos reajustes das passagens aéreas (10,4%) e do ônibus urbano (3,8%).

O impacto da alta dos alimentos atingiu com mais força as faixas de renda mais baixas, por conta do maior percentual de gasto com alimentos no orçamento familiar, enquanto os reajustes do grupo transportes pressionaram mais intensamente a inflação do segmento de renda alta.

Em contrapartida, a deflação apontada pelo grupo habitação, refletindo a queda das tarifas de energia elétrica (-14,2%), gerou um alívio inflacionário para todas as classes, o que explica a melhora dos dados inflacionários em janeiro.

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