Inflação oficial fecha abril no maior patamar desde 1996

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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IPCA chega a 1,06%, puxado por alimentos e combustíveis; alta acumulada ao longo de 12 meses totaliza 12,13%

A inflação oficial medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) perdeu força em relação a março e fechou abril em alta de 1,06%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este foi o maior resultado para o mês desde 1996, quando a inflação foi de 1,26%.

No ano, o indicador acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 12,13%, acima dos 11,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a variação havia sido de 0,31%.

Os principais impactos para a inflação vieram dos grupos alimentação e bebidas – maiores variação (2,06%) e impacto (0,43 ponto percentual); e transportes – alta de 1,91% e 0,42 ponto percentual de impacto. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.

Em alimentos e bebidas, o destaque ficou para o aumento de 2,59% dos alimentos para consumo em residência, como o aumento acima de 10% para o leite longa vida e outros itens importantes para a cesta básica, como batata-inglesa (18,28%), o tomate (10,18%), o óleo de soja (8,24%), o pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%).

No caso dos transportes, a alta foi puxada pelo aumento nos preços dos combustíveis que continuaram subindo (3,20% e 0,25 ponto percentual), assim como no mês anterior, com destaque para gasolina (2,48%), produto com maior impacto positivo (0,17 ponto percentual) no índice do mês. O etanol subiu 8,44%, o óleo diesel, 4,74% e o gás veicular aumentou 0,24%.

Também houve avanço nos grupos Saúde e cuidados pessoais (1,77%), por conta da alta observada nos preços dos produtos farmacêuticos (6,13%), e Artigos de residência (1,53%).

O grupo habitação (-1,14%) foi o único a apresentar variação negativa em abril, devido à queda nos preços da energia elétrica (-6,27%). Por outro lado, foram registradas altas no gás de botijão (3,32%) e no gás encanado (1,38%).

Na análise regional, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em abril, com destaque para a região metropolitana de Rio de Janeiro (1,39%), enquanto a menor variação ocorreu na região metropolitana de Salvador (0,67%).

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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