Paulo Bernardo e a desoneração da folha

Nassif,

Paulo Bernardo, ministro do planejamento, voltou a falar sobre o tema, em uma perspectiva bem diferente da empregada na matéria do Estadão que retomou o debate.

1) “Se você me perguntar se isso vai ser proposto imediatamente, não tenho condição de saber.”

2) A medida foi proposta dentro da reforma tributária. “Dentro desse arcabouço, achávamos que iríamos ficar compensados. Agora, para falar na medida isoladamente, claro, o governo precisaria fazer o debate sobre a compensação. Mas não há definição.”

Está em:

http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/2010/11/governo-dilma-t…

(…)

Rede Brasil Atual – O sr. concedeu entrevista recente admitindo a possibilidade de que se promovesse desoneração da folha de pagamento. O sr. defende que a medida seja tomada? De onde sairiam recursos para compensar as perdas de arrecadação com a Previdência Social e o Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação?

Paulo Bernardo – Só falei neste assunto porque a Dilma, candidata, falou que gostaria de desonerar a folha de salário. No governo Lula, estudamos essa medida como parte da reforma tributária. Basicamente, seria dentro do contexto da reforma tributária, diminuiríamos a contribuição patronal da Previdência de 20% para 14% e também extinguiríamos o salário-educação de 2,5%. Seria uma redução de impostos sobre a folha de salário em 8,5 pontos percentuais. Não foi aprovado, continuamos fazendo o que tem de ser feito, com simulações. Se você me perguntar se isso vai ser proposto imediatamente, não tenho condição de saber.

Rede Brasil Atual – Nos estudos realizados, qual era a compensação prevista?

Paulo Bernardo – Na reforma tributária, estávamos implantando o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), uma unificação de vários impostos e contribuições federais, com uma força simplificadora grande. Seria uma vantagem para as empresas e com certeza diminuiria o custo de apuração e cálculo de impostos. E também (implantávamos) o IVA estadual, com a unificação do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) em todos os estados. Dentro desse arcabouço, achávamos que iríamos ficar compensados. Agora, para falar na medida isoladamente, claro, o governo precisaria fazer o debate sobre a compensação. Mas não há definição.

(…)

Luis Nassif

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