Presidente do BCE alerta para impacto da guerra comercial impulsionada por Trump

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Christine Lagarde afirma que escalada de tarifas pode trazer graves consequências para o crescimento global e a inflação

Christine Lagarde, Presidente do Banco Central Europeu. Foto: World Economic Forum/Jakob Polacsek – via fotospublicas.com

A escalada de uma guerra comercial pode trazer uma série de consequências, como o desafio de estabilizar a inflação em meio a um cenário incerto e o impacto no ritmo de crescimento global, segundo Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu.

Diante das ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em torno da cobrança de tarifas de 200% sobre o vinho francês e outras exportações europeias para além das chamadas “tarifas recíprocas”, Christine Lagarde reafirmou que tais medidas vão prejudicar todos os envolvidos.

Dados do Centro de Comércio Internacional indicam que os Estados Unidos respondem por cerca de um quinto das bebidas, espumantes e itens avinagrados exportados pela União Europeia durante o ano passado.

Lagarde destacou que uma escalada da guerra comercial, com impactos expressivos sobre o comércio como um todo, traria “consequências graves” em termos globais, mas em especial para os Estados Unidos.

Desde sua posse em janeiro, Trump retomou a cobrança de muitas tarifas sobre importações, aumentando as tensões comerciais de forma gradual ao redor do mundo – e tais tarifas, segundo Lagarde, já comprometem a atividade econômica por conta da incerteza gerada para empresas, consumidores e investidores.

Embora defenda o diálogo, a presidente do BCE defendeu a posição da União Europeia, afirmando que o bloco “não tinha outra escolha” que não fosse retaliar as tarifas norte-americanas, mas indicou que o intervalo de tempo entre o anúncio e sua efetiva adoção deixa espaço para negociações.

Com informações da Euronews

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