Produção industrial avança pelo segundo mês consecutivo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Setor mantém ganho de ritmo visto em agosto; crescimento ante 2023 fica em 3,4% e, em 12 meses, a expansão somou 2,6%, segundo IBGE

Foto: Arquivo ABr

A indústria brasileira apresentou um crescimento de 1,1% na passagem de agosto para setembro, mantendo o ritmo positivo após a variação de 0,2% verificada no período anterior, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O crescimento no comparativo com setembro de 2023 chegou a 3,4%, enquanto o total acumulado no ano é de e 3,1% e, em 12 meses, expansão de 2,6%. Com esses resultados, a indústria se encontra 3,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas 14,1% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011.

De agosto para setembro, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados tiveram alta na produção, com destaque para coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), produtos alimentícios (2,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5%), produtos do fumo (36,5%), metalurgia (2,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,3%).

Entre as 12 atividades que apresentaram queda na produção, indústrias extrativas (-1,3%) e produtos químicos (-2,7%) exerceram os principais impactos negativos, seguidos por outros equipamentos de transporte (-7,8%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,7%).

Setor de bens de capital avança 4,2% em setembro

Na análise das grandes categorias econômicas, o setor de bens de capital (4,2%) apresentou a taxa positiva mais alta em setembro na comparação com agosto, eliminando parte da perda de 4,6% registrada no mês anterior.

Segundo o IBGE, os segmentos de bens intermediários (1,2%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) também mostraram crescimento na produção em setembro. Os dois obtiveram o segundo resultado positivo consecutivo e, no período, acumularam avanços de 1,6% e 1,1%, respectivamente.

No sentido inverso, o setor de bens de consumo duráveis recuou 2,7%, repetindo o nível de perda verificado em agosto. Com os dois resultados negativos seguidos, totaliza um recuo de 5,4%. Nos meses de junho e julho de 2024, porém, essa categoria econômica acumulou expansão de 13,2%.

Atividade industrial sobe 3,4% na comparação interanual

A indústria brasileira cresceu 3,4% no comparativo com setembro de 2023, com resultados positivos em todas as quatro categorias econômicas, 20 dos 25 ramos, 54 dos 80 grupos e 62,2% dos 789 produtos pesquisados.

As principais influências positivas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (19,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,3%), por conta da maior produção dos itens autopeças, ônibus, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, automóveis, veículos para o transporte de mercadorias e carrocerias para ônibus e caminhões, na primeira; e álcool etílico e óleo diesel, na segunda.

Pelo lado das quedas, a atividade de indústrias extrativas (-2,9%) exerceu a maior influência negativa, pressionada pela menor extração de óleos brutos de petróleo. Outros segmentos com resultados negativos foram produtos alimentícios (-0,8%) e impressão e reprodução de gravações (-12,0%).

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