Nesta segunda, 20, a Petrobras divulgou a renúncia de José Mauro Coelho da presidência da empresa e a nomeação de Fernando Assumpção Borges como presidente interino. Coelho ocupou o posto por apenas 40 dias e Borges permanecerá no cargo até a eleição e posse do novo presidente. A figura mais cotada pelo governo Bolsonaro para assumir o comando da petroleira é o executivo Caio Mario Paes de Andrade.
Assessor de Guedes, Caio já foi diretor-presidente do Serpro. Atualmente ocupa o cargo de secretário de desburocratização do Ministério da Economia. Seu currículo conta com graduação em comunicação social pela Universidade Paulista (Unip), pós-graduação em administração e gestão pela Universidade de Harvard. Paes de Andrade também é mestre em administração de empresas pela Universidade Duke, nos Estados Unidos.
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Ainda de acordo com currículo publicado pela pasta, Andrade é membro do Conselho de Administração da Embrapa e da PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A) e já foi diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). A Serpro é uma empresa pública que promove soluções tecnológicas e desenvolve sistemas estratégicos que suportam ações estruturantes para o Estado brasileiro.
O candidato a presidente da Petrobras também liderou mais de 20 processos de M&A (fusões e aquisições) e é fundador e conselheiro do Instituto Fazer Acontecer – “oscip que promove atividades esportivas e de formação para jovens que residem em zonas com baixo IDH”.
Andrade passou da iniciativa privada para a área pública em 2019.
Esta não é a primeira vez que o secretário Caio Paes de Andrade é considerado para assumir o comando da Petrobras. Mas para ser efetivado, ele precisará passar pelo crivo do conselho de administração da empresa, embora já conte com a indicação do governo federal.
HISTÓRICO NO GOVERNO
Segundo informações do G1, quando o general Joaquim Silva e Luna foi demitido do cargo de presidente da Petrobras no final de março deste ano, em meio à críticas do presidente Bolsonaro pela alta dos combustíveis, o nome de Paes de Andrade chegou a ser cogitado para o posto.
Contudo, na ocasião, o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, preferiu o nome do economista Adriano Pires sob o argumento de que o secretário não tinha experiência na área.
Dias depois, Pires desistiu de assumir o cargo de presidência da estatal e o nome de Paes de Andrade voltou a ser cotado pelo governo.
No fim do ano passado, ele recebeu a condecoração de Grão-Mestre da Ordem de Rio Branco, no grau de grande oficial, das mãos do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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