Renda do trabalho tem crescimento interanual de 3,7%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Maiores aumentos foram para trabalhadores do Nordeste, com ensino fundamental completo e com idades entre 25 e 39 anos, segundo dados do Ipea

Foto de Daniel Dan via pexels.com

Os rendimentos obtidos com o trabalho apresentaram estabilidade no terceiro trimestre em relação ao período imediatamente anterior, mas em termos interanuais houve um crescimento médio de 3,7%, segundo estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Ao mesmo tempo, as estimativas mensais indicam um novo crescimento do rendimento habitual médio real neste último trimestre do ano: em outubro, por exemplo, o valor médio da renda foi de R$ 3.279,00, 1,8% maior do que o observado em julho.

A pesquisa revela que os trabalhadores por conta própria e empregados sem carteira apresentaram crescimento interanual da renda acima de 5% (5,1% e 6,5%, respectivamente), enquanto os trabalhadores privados com carteira tiveram crescimento de 3,6%, um desempenho mais lento ante as demais categorias desde o início de 2023.

Os trabalhadores do setor público mostraram um crescimento da renda menos acelerado, já que seus rendimentos cresceram 2,6% no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

Aumento da renda no Nordeste

O comparativo com 2023 mostra que os aumentos de renda foram vistos com mais intensidade no Nordeste Nordeste (6,2%), para os trabalhadores com idade entre 25 e 39 anos (4,1%) e com ensino fundamental completo (5,3%).

Já os trabalhadores com ensino fundamental ou médio incompletos apresentaram um aumento menor na renda (2,5% e 2,2%, respectivamente). O crescimento foi menor para os que habitam no Centro-Oeste (1,9%) e Norte (1,7%), entre os jovens de 14 a 24 anos (2,6) e em regiões metropolitanas (1,6%).

Os rendimentos habituais recebidos pelas mulheres, que vinham mostrando desempenho inferior ao dos homens em anos anteriores, apresentaram ao longo de 2023 um crescimento interanual maior que o masculino (no quarto trimestre, 4,2% contra 2,5% da renda habitual).

Entretanto, o crescimento da renda no terceiro trimestre de 2024 foi novamente superior entre os homens (4,5% para eles e 2,5% para elas).

Em termos setoriais, os piores desempenhos da renda habitual foram nos setores de educação e saúde, agricultura e serviços profissionais, com elevação interanual da renda habitual de 1,7, 2,0% e 1,4%, respectivamente.

Os trabalhadores da construção obtiveram um crescimento da renda de 5,7%. O setor com maior crescimento da renda no terceiro trimestre de 2024 foi o setor de transporte, com 6,6%.

Leia abaixo a íntegra do estudo, que teve como base os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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