A possibilidade real de construção de uma greve geral dos servidores públicos federais não está descartada, segundo o secretário geral da Condsef/Fenadsef (Confederação e Federação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal), Sérgio Ronaldo.
“As greves que estão acontecendo na base do funcionalismo dão a dimensão da indignação da categoria. Nós vamos continuar debatendo e dialogando para que a categoria amplie cada vez mais essa indignação”, afirmou o secretário-geral.
A sinalização de greve se dá por conta do ministro da Economia, Paulo Guedes, que recentemente afirmou em reunião com empresários da cadeia de abastecimento que qualquer possibilidade de reposição salarial dos servidores públicos está encerrada.
Contudo, o indicativo de Guedes de que haverá reposição salarial futura não tem como ser atendido pelo atual governo, uma vez que a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o governo precisa prever qualquer reajuste até o fim de junho deste ano, bem como não pode programar a obrigação de repor as perdas inflacionárias no orçamento do ano que vem.
Desde o final do ano passado, quando o governo Bolsonaro prometeu reajustar os salários de categorias de interesse eleitoral do atual presidente, como as polícias, a estratégia tem sido de desmobilizar a luta dos servidores públicos e confundir a população.
“Eles tentam burlar as restrições de orçamento em uma série de situações. A gente sabe qual é a finalidade eleitoreira disso. A lição é dura, mas que o conjunto do funcionalismo aprenda. Sem luta não há conquista”, disse o secretário-geral da Condsef/Fenadsef.
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