Setor externo e balanços ajudam bolsa a subir 0,90%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

No câmbio, cotação do dólar fecha em alta de 0,78%, a R$ 3,47

Jornal GGN – A bolsa brasileira encerrou as operações em alta, em dia de noticiário corporativo intenso e influenciada pelo cenário externo, em especial do mercado norte-americano e dos preços do petróleo. Os agentes também repercutiram a aprovação do Senado do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afastando-a do cargo, com o vice-presidente Michel Temer assumindo o comando do país de forma interina.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o dia em alta de 0,90%, aos 53.241 pontos e com um volume negociado de R$ 8,767 bilhões. As ações que mais valorizaram-se foram JBS ON, Cemig ON, Qualicorp ON, Lojas Renner ON, Copel PN; enquanto pelo lado negativo, Bradespar PN, Gerdau PN, Pão de Açúcar PN, Natura ON e Fibria ON.

No front político, o Senado Federal, por 55 votos a favor e 22 contra, ratificou a decisão da Câmara dos Deputados de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que ficará afastada do cargo por até 180 dias, enquanto o processo se desenrolará. Interinamente, assumiu o vice-presidente da república, Michel Temer, que já nomeou nesta tarde a equipe que irá auxiliá-lo na gestão, enquanto o mercado aguarda outros posicionamentos em relação a uma agenda de medidas por parte do governo.

A assessoria de Temer confirmou Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda, notícia que os investidores já esperavam e consideram positiva. Ainda na área econômica, foram confirmados Romero Jucá, no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, e Marcos Pereira, na pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Na agenda econômica, internamente, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o volume do setor de serviços, na comparação ano contra ano, divulgado registrou queda de 5,9% em março, ligeiramente baixo do projetado pelo mercado, em 5,7%. Já na agenda internacional, destaque para o BoE (Bank of England), que manteve a taxa interna da economia do Reino Unido em 0,50%.

O dólar, que encerrou os últimos dois dias em queda, encerrou as operações em alta de 0,78% e terminou cotado a R$ 3,47. A moeda norte-americana teve máxima de R$ 3,50 no dia. Desta forma, a moeda norte-americana quebra uma sequência de duas quedas, mas ainda acumula perda de 0,86% na semana. No mês, tem alta de 0,95% e, no ano, desvalorização de 12,04%.

Assim como aconteceu com a bolsa, os agentes que operam no mercado cambial também repercutiram o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, um ano e quatro meses depois de assumir seu segundo mandato. Como o afastamento já era esperado, a cotação da moeda não sofreu grandes mudanças durante o dia.

O dólar também foi influenciado pelas atuações do Banco Central no mercado de câmbio. A autoridade monetária voltou a fazer leilões de swap cambial reverso (equivalentes à compra futura de dólares).

Para sexta-feira, os agentes aguardam a publicação dos números de atividade econômica e confidência industrial no Brasil; vendas no varejo e índice de preços ao produtor nos Estados Unidos; PIB (Produto Interno Bruto) e o índice de preços ao consumidor na Alemanha; e o PIB da zona do euro.

 

 

(com Reuters)

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