Títulos de alto risco voltam ao radar de investidores

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Aumento da confiança a partir da apuração de melhores prognósticos econômicos ajuda na retomada dos mercados emergentes

Foto de Tech Daily na Unsplash

Os títulos de dívida de alto rendimento emitidos por países emergentes voltaram a ser atraentes no mercado internacional, conforme os investidores ficam mais confiantes em torno de indicadores como perspectivas econômicas.

Segundo índice calculado pela Bloomberg, os chamados junk-rated bonds de países em desenvolvimento apresentaram o maior ganho em um período de cinco dias em dois meses até a última segunda-feira, puxados por Egito, Angola e Equador.

Esse aumento levou o índice de US$ 752 bilhões a uma alta recorde que remonta aos patamares vistos em 1993, após várias semanas de movimentações limitadas por conta de uma possível volta da turbulência política nos mercados emergentes.

Tais preocupações, somadas aos menores retornos dos resgates do FMI (Fundo Monetário Internacional) e acordos de reestruturação de dívida, levaram os títulos emergentes de alto rendimento a um desempenho inferior aos títulos com investiment grade (grau de investimento) entre o início de abril até o início de julho.

Porém, a busca por rendimentos melhores tem levado os investidores a comprarem novamente títulos de países que viram as preocupações sobre eventuais crises econômicas perderem força conforme a trajetória de recuperação se consolida.

Os últimos ganhos levam o avanço do índice de alto rendimento da Bloomberg neste ano para 6,8%, superando em muito o aumento de 0,7% para títulos de grau de investimento, ofuscando inclusive os títulos soberanos em moeda local, que estão com perdas neste ano.

A maioria dos ganhos na medida de classificação ‘junk’ de títulos soberanos, que respondem por 78,5% do índice por peso. Corporações ocupam o saldo de 21,5%.

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